Um estudo recente da Universidade de Cincinnati, publicado na revista Molecular Psychiatry em 20 de dezembro, debruçou-se sobra os efeitos da estimulação elétrica da medula espinal para o tratamento da depressão.
O principal autor da investigação, Francisco Romo-Nava explica que as vias neuronais da medula espinal transmitem informações do corpo para áreas cerebrais relacionadas com o humor. Um equilíbrio nesse fluxo é vital para regular o estado emocional. Ainda que o transtorno depressivo maior possa ter diferentes causas, uma delas pode passar pelo facto de esta via estar sobrecarregada de informação.
O estudo
O estudo envolveu 20 pacientes, divididos aleatoriamente em dois grupos para receber estimulação ativa ou uma versão inativa. Realizaram-se 24 sessões de estimulação em oito semanas, com foco na segurança e tolerância à intervenção.
Segundo Romo-Nava, a corrente utilizada foi mínima, dez vezes menor do que a que poderia causar danos nos tecidos. Esta abordagem permitiu ajustes na dose, embora todos os pacientes tenham tolerado bem a dose inicial. O estudo sugere uma promissora direção terapêutica para a depressão. Contudo, Romo-Nava sublinha a necessidade de mais investigações sobre a dose ideal e a frequência das sessões.