Entre 8 e 11 de novembro de 2023, em Torres Vedras, acontece o X Congresso Nacional da Rede Territorial Portuguesa das Cidades Educadoras. Com o tema «Cidades educadoras, cidades das crianças, cidades para todos!», nestes dias propõe-se uma reflexão sobre o papel da cidade educadora enquanto território que pretende oferecer não só às crianças, mas a todos os grupos da sociedade, um ambiente ideal para que possam viver de forma plena a sua cidadania e encontrar no espaço urbano um lugar de realização individual e coletiva.
Mas o que são cidades educadoras? São aquelas que adotam uma abordagem holística e inclusiva da educação, reconhecendo que a aprendizagem não se limita apenas ao ambiente escolar, mas ocorre em todos os aspectos da vida de uma pessoa. Em Portugal existem 93 municípios espalhados no continente e nas ilhas, que formam uma rede de Cidades Educadoras com vários projetos.
Essas cidades procuram criar condições que estimulem o conhecimento, a criatividade, a participação ativa dos cidadãos e o desenvolvimento pessoal dos seus habitantes. As cidades educadoras representam uma abordagem inovadora para a educação, rompendo com a visão tradicional de que a escola é o único lugar onde ocorre a aprendizagem. Ao criar um ambiente propício para a educação ao longo da vida, promovendo a cidadania e o desenvolvimento integral dos indivíduos, essas cidades estão envolvidas no futuro da educação.
Helena Cardoso de Menezes e Allan Mark Sousa, consultores e formadores no projeto Elos Saudáveis, estarão presentes nesta edição. O trabalho desta parceria está baseado na formação para a comunicação consciente e relações saudáveis. Para eles, é fundamental que mais cidades em todo o mundo adotem essa abordagem, criando uma sociedade mais justa, inclusiva e preparada para enfrentar o desafio de romper com a visão tradicional de que a escola é o único lugar onde ocorre a aprendizagem isolada da comunidade envolvente.
Helena Menezes afirma que este espaço de inclusão nas cidades vai além das questões de raça e género. Passa também pela criação de espaços públicos intergeracionais que acolhem e integram todos os cidadãos sem exclusão de grupos por vezes marginalizados, como por exemplo adolescentes. É fundamental a escuta ativa e efetiva das necessidades das crianças e jovens num saudável convívio com a diferença.
Ressalta ainda que “sem a comunidade participativa e coesa não é possível haver cidades educadoras. É preciso promover em todos o desenvolvimento competências como a inteligência emocional, a comunicação consciente e as relações saudáveis.”