O novo governo já tomou posse e a primeira mudança implementada logo nos primeiros minutos foi o regresso do antigo logótipo do executivo. O símbolo com elementos referentes à bandeira nacional regressa à página oficial do Governo e às redes sociais. Aliás, já fez também parte da imagem do primeiro Conselho de Ministros no palacete de São Bento.
A imagem gráfica “repõe símbolos essenciais da nossa identidade, da nossa história e da nossa cultura. Volta a ter a esfera armilar, com escudo, quinas e castelos, em que o povo português se identifica”, explicou o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, logo a seguir à reunião com todos os membros do novo Governo.
A decisão já tinha sido tomada anteriormente durante a campanha eleitoral. Por isso, se a Aliança Democrática vencesse as eleições, Luís Montenegro daria ordem para que a imagem gráfica implementada, em dezembro, por António Costa, fosse deitada fora. Assim foi e o Governo volta a ter o mesmo símbolo que executivos anteriores tiveram.
A polémica com o logótipo extinto
Uma imagem “inclusiva, plural e laica”, justificou à época, o executivo de António Costa para a implementação do símbolo, em dezembro. “O logótipo foi alterado perante a sua falta de legibilidade e complexidade para as atuais plataformas digitais. Esta nova marca respondia de forma eficaz aos novos contextos”, explicou uma fonte do gabinete de António Costa à revista Sábado.
No entanto, a alteração da imagem provocou inúmeras críticas da oposição. A de Luís Montenegro soou durante a campanha. O então candidato da AD acusou o anterior executivo de sucumbir a referências históricas e identitárias. “Já chega de política de plástico”, disse o Presidente do PSD
Aliás, a grande polémica relacionada com a anterior imagem gráfica esteve relacionada com o preço que o Governo pagou por ela. O trabalho encomendado ao designer Eduardo Aires custou 74 mil euros + IVA. O contrato foi celebrado por ajuste direto no ano passado.
Ao Polígrafo, António Costa justificou que a proposta de Eduardo Aires tinha “o preço mais baixo e a equipa mais qualificada”.
Imagem: XXIV Governo Constitucional de Portugal, no “X”