1 em cada 3 alunos apresentam sinais de sofrimento psicológico

No âmbito do Plano de Recuperação das Aprendizagens 21|23 Escola +, o Ministério da Educação apresentou o estudo Observatório Escolar: Monitorização e Ação | Saúde Psicológica e Bem-estar, uma iniciativa inédita que permitiu concluir que uma fração significativa da população escolar (um terço dos alunos e cerca de metade dos professores) está em situação de sofrimento e mal-estar emocional. 

Estes resultados são apoiados pela investigação levada a cabo pela Escola Superior de Enfermagem de Coimbra que, no âmbito do Programa + Contigo, avaliou a presença e a severidade de sintomas depressivos numa população de adolescentes em meio escolar e verificou que 32,2% dos adolescentes apresentam depressão e, destes, 17,7% apresentam sofrimento de sintomatologia grave. Também a Universidade de Évora e a Universidade Nova de Lisboa (que estudaram, respectivamente, alunos do ensino superior e docentes) obtiveram resultados numa direção semelhante, com a depressão (7%) a apresentar-se como uma das doenças mais mencionadas pelos estudantes universitários que tinham algum diagnóstico mental e com 60% dos 15 mil docentes estudados a sofrer de exaustão emocional. Finalmente, num artigo por Diogo Costa et. alia, estudou-se a presença de sintomas depressivos em crianças do 1º ciclo do ensino básico, sendo possível associar esses sintomas a fatores como o local de residência e características individuais.

A prevenção e a deteção precoce de doenças como a depressão nas crianças e adolescentes é uma conclusão comum dos estudos referidos, medidas que poderão ser necessárias para evitar o insucesso tanto no ensino como na aprendizagem, uma vez que, de acordo com a Ordem dos Psicólogos, os jovens com perturbação mental estão em maior risco de apresentarem problemas como absentismo, retenção escolar, más notas e mesmo o abandono escolar.

Artigo escrito em colaboração com Raquel Lopes

Imagem: Pixabay

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