A Associação para a Defesa do Consumidor (DECO) deixa várias críticas aos principais bancos portugueses, porque já estão a baixar a taxa de juro remuneratória associada aos depósitos a prazo. Ou seja, a percentagem que os clientes podem ganhar por investirem nos produtos financeiros disponibilizados pelas instituições.
Em comunicado, a DECO repudia esta atuação “reforçando que poderá ser necessária uma intervenção regulatória para se introduzir mecanismos que tragam mais justeza e proporcionalidade na transmissão da política monetária do Banco Central Europeu à economia real do nosso país”.
Em causa está o interesse dos depositantes. “A rapidez nas descidas contrasta significativamente com a demora que os mesmos bancos demonstraram em aplicar as subidas dos juros, refletindo as medidas do BCE, prejudicando os interesses dos depositantes”.
Taxas de juro: o contexto
Vários analistas acreditam que os bancos portugueses estarão já a antecipar a descida das taxas de juro de referência da zona Euro e, com isso, a limitar a percentagem de ganho para os clientes.
No início do ano, a Presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, admitiu que as taxas diretoras poderiam voltar a descer no verão.
“Com os recentes sinais de que o BCE poderá reduzir as taxas de juro, e embora ainda não o tenha feito, as descidas são imediatas, retirando a remuneração das novas aplicações e desincentivando a poupança“, escreve a DECO.