“No DinoParque temos expostas cerca de 200 espécies de dinossauros, cientificamente comprovados, sendo que alguns dos fósseis vêm do Museu da Lourinhã”, refere Tiago Marques, salientando ainda que “temos a preocupação que os nossos visitantes venham a repetir a visita, e isso implica apostar na comunicação, mas também na inovação”.
O diretor de Marketing explica, também, que criaram um trilho alusivo à Idade do Gelo com um mamute exposto com a recriação do pêlo que esta espécie teria, sendo a mais recente de uma série de iniciativas da mesma natureza que vêm implementando a um ritmo quase anual.
“Até agora tivemos cerca de 1 milhão de visitantes, com um investimento essencialmente privado, mas que aposta na dinamização da Lourinhã. Em estreita parceria com o Museu da Lourinhã, empregando recursos humanos locais, tentamos ao máximo que os nossos fornecedores sejam também desta região e os indicadores de dormidas e refeições comprovam o impacto positivo que o DinoParque teve, e continua a ter, na Lourinhã”, finaliza.
Ao longo de toda a conversa, fomos percebendo o que está exposto no DinoParque e, para isso, quem melhor do que o paleontólogo Simão Mateus para nos explicar? “As extinções de espécies existiram e podem ocorrer por diversos motivos, a paleontologia ajuda-nos a compreender as razões e não nos podemos esquecer de que nós podemos ser os próximos fósseis”, assegura, enquanto vemos os restos fossilizados do Miragaia, um mamífero imponente, descoberto na Lourinhã, que ficará eternizado numa moeda de 5€, lançada precisamente no dia 1 de Junho.
Talvez por isso, a missão do DinoParque é, por um lado, sensibilizar para os potenciais efeitos em cadeia das nossas decisões, mas também estudar a fundo as espécies que já existiram na Terra, tendo um laboratório onde qualquer visitante pode observar o estudo paleontológico dos fósseis por parte de uma equipa que já identificou uma nova espécie de dinossauros e vai a caminho de identificar a segunda espécie.
“Trabalhamos com a Universidade de Aveiro e a Universidade NOVA de Lisboa. Tivemos, até agora, 55 estágios curriculares e temos um estudante de mestrado a fazer aqui a sua investigação”, revela Simão. Resta-nos perceber o que tem a Lourinhã de especial para albergar o DinoParque.
“A Lourinhã está na bacia Lusitaniana, epicentro das fossilizações, e é a vila portuguesa com mais paleontólogos. Além disso, tem arribas vivas com marcas dos dinossauros que aqui habitaram no Jurássico Superior, o tempo dos grandes carnívoros”.
É no DinoParque que podemos ver as reproduções em tamanho real daqueles monstros como o T-Rex, o Superssaurus ou o Tricerátops, mas a grande atração, na opinião de Simão, são os ovos de dinossauros com as marcas dos esqueletos dos embriões da altura do Jurássico, descobertas únicas no Mundo. Por todas estas razões e muitas mais pode agendar a sua visita ao DinoParque no dia da criança, em que as visitas guiadas são gratuitas, pode fazer um piquenique e até os seus animais de estimação.