Não é propriamente novidade que a falta de sono pode prejudicar gravemente a saúde mental. No entanto, sabe-se agora que quem dorme cinco horas ou menos por noite tem 2,5 vezes mais probabilidade de desenvolver depressão, revela uma inivestigação levada a cabo por um grupo de cientistas do Reino Unido.
O estudo acompanhou 7.146 participantes – recrutados pelo English Longitudinal Study of Ageing – ao longo de um período que variou entre os quatro a 12 anos. Os voluntário dormiam, em média, sete horas por noite. Cerca de 10% dormiam menos de cinco horas por noite no início do período de estudo. Esse número subiu para mais de 15% no final. A percentagem de pessoas que sofriam de sintomas de depressão passou de cerca de 9% para 11%.
O conselho da investigadora
Assim, graças a esta monitorização foi possível concluir que aqueles geneticamente propensas a dormir pouco tinham maior probabilidade de desenvolver depressão. No entanto, a predisposição à depressão não aumentou a probabilidade de problemas de sono.
Apesar de estas conclusões possam ser desanimadoras, Odessa Hamilton encoraja as pessoas que sofrem de um ou outro problema a não considerarem a situação irreversível.
“O meu conselho seria dar prioridade ao sono e evitar a procrastinação do sono”, explica uma das autoras do estudo. “Há um ditado comum em genética que diz que os genes carregam a arma e o ambiente puxa o gatilho. Podemos estar geneticamente predispostos a isto, mas podemos tomar medidas para mitigar o risco“, salienta.