Economia e urgência climática: tema base em Davos

De acordo com o relatório de sustentabilidade climática Climate Check Survey da Deloitte, 62% dos executivos sentem-se pressionados pelas mudanças climáticas. Estamos num momento histórico na luta pela redução de emissão de gases de efeito estufa, na crise global de energia, guerra e instabilidade económica pós-pandemia.

Os eventos climáticos extremos por todo o mundo são tema em Davos nos próximos dias. Com o lema “Cooperação num mundo fragmentado”, o futuro da economia global vai ser discutida por mais de 2.700 participantes. Entre os portugueses presentes podemos citar António Guterres, Mário Centeno, os presidentes da EDP e da GALP, os CEOs da Sonae e da Jerónimo Martins Agro-Alimentar.

Adaptar e mitigar

Já é realidade para as empresas que as mudanças climáticas estão em curso e que as suas consequências serão sentidas a curto, medio e longo prazo. Os esforços com medidas de adaptação para tornar as estruturas mais resilientes aos impactos ambientais são urgentes. Apesar de alguns líderes considerarem os custos reais dos esforços, a adaptação e a mitigação representa uma oportunidade inexplorada para o setor privado. Até 2070 a inação poderia custar mais de US$ 178 triliões além da fome, seca, pandemias e perda de empregos (Deloitte). Entretanto é claro que aqueles que investirem agora terão atuado na transformação da economia para a construção de um mundo mais forte e resiliente aos impactos catastróficos e ainda poderão lucrar US$ 43 triliões com ações no presente.

Para fazer progressos significativos, o setor privado deve ajudar a desenvolver e implementar estratégias de adaptação. Temos o know-how, influência e escala para fazer isso. E acho que o melhor lugar para começar é envolver o ecossistema mais amplo para criar soluções que facilitem a transição para uma economia de baixo carbono. A compreensão dos riscos locais e a execução de planos são as condições básicas para a adaptação e mitigação que incluem ainda a consideração da diversidade de culturas a garantia das infra-estruturas que suportem os novos padrões climáticos e a ajuda às comunidades na redução dos riscos com o aumento do nível do mar e as inundações.

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