Já está em vigor o regime que estabelece novas regras de entrada gratuita em museus, monumentos, palácios e equipamentos culturais do Estado. A partir de agora, passa a ser possível escolher 52 dias para aceder aos espaços. O controlo das entradas será feito através de uma base de dados e, em breve, numa app para smartphones.
Até agora, os residentes em Portugal só tinham direito a aceder gratuitamente a monumentos e museus aos domingos e feriados. No entanto, as longas filas à porta dos espaços aos fins de semana eram o grande problema. Ainda mais, quando acumulada com o acesso de turistas estrangeiros que, de modo geral, pagam bilhete.
A decisão tomada pela Ministra da Cultura entrou em vigor no início de agosto. Assim, todas os cidadãos passam a poder visitar os museus durante 52 dias, mas à escolha e sem pagar nada por isso.
Segundo Dalila Rodrigues, a finalidade é “levar os portugueses a visitar os nossos museus, a conhecer os seus acervos, a divulgar e valorizar o património”.
Por isso, o novo regime permite visitar mais de um monumento por dia, sendo apenas descontado um dia no “plafond” restante da pessoa. Em 2024, todos os residentes em território português terão direito a 22 dias de acesso gratuito.
Museus e monumentos abrangidos
O processo é simples: à entrada em cada museu ou monumento, cada visitante deve apresentar o Cartão de Cidadão e o número de contribuinte na bilheteira. Primeiramente é criado um registo, que passa depois a ser gerido através de uma base de dados.
Há 37 museus, monumentos e equipamentos do Estado abrangidos por esta medida. Na Grande Lisboa, é possível visitar gratuitamente perto de 15 espaços, desde o Palácio Nacional de Mafra, a Torres de Belém, o Panteão Nacional, o Palácio Nacional da Ajuda, bem como o Museu dos Coches/Picadeiro Real.
Fora do perímetro de Lisboa, saltam à vista o Mosteiro de Alcobaça e o Convento de Cristo, em Tomar, classificado como património da humanidade, pela UNESCO.
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