Está aprovada a proposta do Governo que introduz alterações ao IRS Jovem. A partir de 1 de janeiro de 2025, todos os contribuintes jovens até aos 35 anos de idade terão um teto máximo de imposto de 15%.
A redução na taxa aplica-se a todos os trabalhadores com rendimentos até ao 8º escalão. Ou seja, que ganham até cerca de 6.000 euros brutos mensais (81.199 euros por ano). Aliás, o primeiro-ministro assume que os baixos salários dos jovens portugueses fazem com que a taxa a pagar pela maioria se situe, em média, entre os 4,4% e os 8%.
“A verdade é que a maioria dos jovens ganha muito menos que os rendimentos do 8º escalão”, reconheceu o chefe de Governo. Ainda assim, o executivo garante que nenhum jovem fica pior e até os rendimentos mais baixos vão sentir a medida.
A ministra da Juventude explica que um jovem com um salário bruto de 1.000 euros vai conseguir poupar cerca de 940 euros por ano. No caso de um vencimento de 1.500 euros, a poupança anual é de quase 2.000, exemplificou Margarida Balseiro Lopes.
Ao todo, a alteração agora aprovada ao IRS Jovem tem um impacto previsto de 1.000 milhões de euros nas contas públicas.
Governo precisa dos jovens… e do Parlamento
“Nós portugueses, nós Governo, nós comunidade precisamos dos jovens portugueses em Portugal, para termos todos mais futuro. A frase é do primeiro-ministro.
Mas se o Governo precisa que os jovens fiquem, para fazer entrar em vigor esta alteração, o Governo também vai precisar do Parlamento. Mas o PSD/CDS não tem a maioria no hemiciclo. Eventualmente será necessário negociar ou convencer o PS (ou o Chega) a votar a favor da proposta.
Jovens podem escolher
O Governo garante que os jovens até aos 35 anos que já beneficiam do IRS Jovem podem optar por se manter no regime atual ou escolher migrar, consoante o que for mais favorável.