Um novo estudo publicado no Journal of Alzheimer’s Disease sugere que a prática de exercício físico pode estar associada a um maior volume cerebral. O estudo teve em consideração exames cerebrais de mais de 10 mil indivíduos e descobriu que mesmo níveis moderados de atividade física, como dar menos de quatro mil passos por dia, podem ter um efeito muito positivo na saúde do cérebro.
O volume cerebral está reolacionado com a saúde do cérebro. Assim, menos volume indica declínio cognitivo e, subsequentemente, pode levar à demência. Um aumento ou manutenção da massa cerebral poderia, portanto, ter “potenciais efeitos neuroprotectores”, explica a equipa de investigadores.
Os resultados do estudo
Os participantes, com uma idade média de 52 anos, foram submetidos a exames de ressonância magnética (MRI) de corpo inteiro para determinar o volume do cérebro em relação aos seus níveis de exercício. Quer caminhassem, corressem ou praticassem desporto, as pessoas que praticavam uma atividade moderada a vigorosa – exercício que aumenta a pulsação e a respiração durante um mínimo de 10 minutos – tinham mais massa cerebral em várias regiões, como o hipocampo, responsável pela memória; a massa cinzenta, que ajuda a processar a informação; e os lobos occipital, frontal e parietal.
Os resultados do estudo apoiam investigações anteriores que mostram que ser fisicamente ativo é bom para o cérebro. O exercício não só reduz o risco de demência, como também ajuda a manter o tamanho do cérebro, o que é crucial à medida que envelhecemos. Os especialistas recomendam que todos os adultos façam pelo menos 150 minutos de atividade física moderada ou 75 minutos de atividade física vigorosa por semana. No entanto, mesmo níveis moderados de atividade física, como dar alguns milhares de passos por dia, podem ter benefícios para a saúde do cérebro.