Título para tag

Autem vel eum iriure dolor in hendrerit in vulputate velit esse molestie consequat, vel illum dolore eu feugiat nulla facilisis at vero eros et dolore feugait.

Arquivo de tag BE

Legislativas: Saiba se o seu voto elegeu deputados

673.382 votos não foram convertidos em eleição de deputados à Assembleia da República. Ainda que provisórios, os dados referentes às legislativas deste ano são apresentados ao Expresso por Luís Humberto Teixeira, responsável pelo portal “O Meu Voto”

No site, cada eleitor pode consultar a informação disponível, a fim de perceber se o voto efetivamente contou. É tido em conta, em primeiro lugar, o círculo eleitoral e, logo depois, o partido votado. Por conseguinte, é dada a informação sobre a utilidade do voto no sufrágio.

Os dados sobre o número de votos não convertidos não incluem os referentes aos círculos eleitorais do estrangeiro (Europa e Fora da Europa). Essa informação é conhecida mais tarde.

Ao todo, estima-se que já tenham sido desperdiçados cerca de 9 milhões de votos desde a primeira eleição em democracia para a Assembleia da República, em 1975.

BE foi o mais castigado. Partido elegeu cinco deputados

Aconteceu o mesmo que há dois anos. Em 2024, 126.500 votos no Bloco de Esquerda (BE) não serviram para eleger deputados ao Parlamento. É um número superior ao registado na última eleição, com mais de 112 mil votos perdidos.

Ao Expresso, Luís Humberto Teixeira explica que, só no círculo eleitoral de Braga, mais de 21 mil votos no BE não foram convertidos. Todavia, o Bloco de Esquerda elegeu cinco deputados, tal como em 2022. “Há locais em que, por muito pouco, os partidos não conseguem nenhuma representação. Esso faz diferença para a contagem final”.

Em contrapartida, PS viu todos os votos contribuírem para eleger deputados no hemiciclo. No caso do Chega e da Aliança Democrática, o número de votos desperdiçados foi residual.

Será que o meu voto serviu para eleger alguém?

Basta uma pesquisa no portal “O Meu Voto” para perceber se o voto colocado nas urnas serviu para eleger deputados ou se foi deitado fora.

É necessário colocar o círculo eleitoral juntamente com o partido votado e poderão aparecer duas mensagens.

  • Parabéns! O seu voto elegeu alguém
  • Lamentamos, mas o seu voto não elegeu ninguém.

Fotografia: parlamento.pt

Legislativas: Abstenção é a mais baixa em 30 anos. Votaram 6,1 milhões de pessoas

Nunca tantas pessoas votaram em Portugal. Segundo os dados da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, mais de 6,1 milhões de portugueses foram às urnas para exercer o direito de voto nas legislativas antecipadas. Um dos resultados foi uma taxa de abstenção mais baixa, quando comparada com eleições anteriores.

Assim, é um recorde que ultrapassa o número de votantes em qualquer eleição para o Parlamento em tempo de democracia. Em 1979 e 1980, votaram 6 milhões de pessoas.

A abstenção, de 33,8%, foi a mais baixa em 30 anos, apenas superada pelo registo de 1995. Nesse ano, 32,9% dos eleitores recenseados decidiram não ir às urnas. Há dois anos a abstenção situou-se nos 42%. À época, o Partido Socialista venceu com maioria absoluta, mas o Governo caiu pouco depois de completar dois anos de mandato.

No entanto, os dados das Legislativas de 10 de março ainda não incluem os dois círculos eleitorais referentes aos portugueses residentes no estrangeiro. Ao todo são eleitos 4 deputados pelos círculos “Europa” e “Fora da Europa”.

Abstenção baixa mas vitória sem maioria. Montenegro reforça o “Não é não” ao Chega

A Aliança Democrática (PSD/CDS/PPM) venceu as eleições legislativas com 29,5% dos votos, mas ficou longe de garantir a maioria absoluta no Parlamento, com 79 deputados eleitos. Longe da vista ficou também a possibilidade de uma maioria de direita no Governo (PSD e Chega), que André Ventura pediu durante toda a campanha eleitoral.

No discurso de vitória, Luís Montenegro voltou a dizer que não fará nenhum acordo de Governo ou de incidência parlamentar com o Chega. “Assumi dois compromissos na campanha e naturalmente cumprirei a minha palavra. Nunca faria tamanha maldade”, garantiu o Presidente do PSD. Montenegro esclareceu ainda que o próximo programa de Governo terá de estar assente no diálogo.

O partido encabeçado por André Ventura alcançou 18,1% dos votos e reafirmou-se como terceira força política em Portugal. Conseguiu eleger 48 deputados. O resultado é histórico e representa, em número de mandatos, quatro vezes mais do que tinha conseguido em 2022. Ventura reclamou o “fim do bipartidarismo em Portugal” e insistiu na formação de um executivo à direita com PSD e Chega. 

André Ventura enviou ainda recados ao Presidente da República, que acusou de ter querido condicionar o sentido de voto à última hora. Segundo o Expresso, Marcelo Rebelo de Sousa tudo fará para evitar o Chega num Governo à direita.

Derrota perto de uma vitória. PS “fará oposição”

Já o PS foi o grande derrotado da noite eleitoral, assim o assumiu Pedro Nuno Santos. O partido arrecadou 28,7% dos votos e elegeu 77 deputados. Fica em segundo e à tangente da Aliança Democrática, mesmo que em número de deputados eleitos ainda possa superar a AD. Faltam contar os votos dos círculos eleitorais do estrangeiro.

O nosso caminho começa agora. Vamos liderar a oposição”. Não vamos aprovar moções de censura. Não vamos apoiar um Governo da AD. Que fique claro”, esclareceu Pedro Nuno Santos.

Livre com destaque entre os mais pequenos. PAN e CDU escapam e CDS regressa

Outra surpresa foi o resultado obtido pelo Livre. A força liderada por Rui Tavares obteve 3,3% dos votos e, por isso, quadruplicou também o número de deputados eleitos à Assembleia da República. Subiu de 1 para 4 , o que forma um grupo parlamentar.

A Iniciativa Liberal, o Bloco de Esquerda e o PAN mantiveram o número de deputados eleitos (IL com 8, BE com 5e PAN com 1). Ambos cresceram em número de votos.

Pelo contrário, a CDU (PCP+PEV) emagreceu ainda mais a representação parlamentar, passando de 6 para 4 deputados. O partido resiste, ainda que com um dos piores resultados de sempre.

O CDS-PP (que entrou na corrida sob designação de AD) consegue regressar à Assembleia da República, com a eleição de 2 deputados. O partido estava afastado do Parlamento desde as eleições legislativas de 2022.

parlamento2024-300x200 Legislativas: Abstenção é a mais baixa em 30 anos. Votaram 6,1 milhões de pessoas