Título para tag

Autem vel eum iriure dolor in hendrerit in vulputate velit esse molestie consequat, vel illum dolore eu feugiat nulla facilisis at vero eros et dolore feugait.

Arquivo de tag IA

Nuno Boavida e os efeitos da Inteligência Artificial no trabalho: “Todos aqueles fatores de discriminação que já existem podem ser amplificados”

“A emergência da Inteligência Artificial (IA) tem o potencial de criar efeitos disruptivos nos sistemas de emprego em todo o mundo. A futura implantação de algoritmos de largo espectro […] pode levar a mudanças consideráveis nos atuais padrões de trabalho, originar rapidamente muitos desempregados em todo o mundo e desestabilizar profundamente as relações laborais”, pode ler-se na descrição do projeto.

Começo por lhe perguntar o que é a Inteligência Artificial?

É o recurso a programação e algoritmos que permitem aos seres humanos obter informação mais facilmente sistematizada. Normalmente é aliada à tomada de decisão ou a processos de tomada de decisão. É o recurso a técnicas de computação para ajudar os seres humanos. 

Quais os objetivos desta investigação?

O Projeto InteliArt nasce de uma equipa multidisciplinar que encara os últimos desenvolvimentos na IA como podendo vir a ser problemáticos para o emprego, para o trabalho e para a organização em torno destes que existem nas sociedades, particularmente as mais industrializadas. É uma problemática que já há muitos anos estudamos, mas que agora se revela um bocadinho mais acutilante porque existe a aplicação de vários algoritmos considerados de largo espectro, isto é, que poderão ter efeitos em vários sistemas ao mesmo tempo que podem, de um momento para o outro, causar grandes danos nas estruturas económicas e de emprego. Este grupo tem vindo a trabalhar desde janeiro de 2021 e já ganhou vários prémios, como o Prémio Santander e do Ministério da Economia e do Mar em colaboração com a Google.

O projeto pretende analisar três setores em Portugal: o automóvel – porque tem impactos sobre muitas estruturas produtivas e muitas estruturas de trabalho nas sociedades mais industrializadas; o da banca e da logística. Nós temos trabalhado nestes últimos dois anos mais à volta do setor automóvel. Temos já vários artigos publicados sobre essa matéria que resumem um poucos os resultados que temos vindo a alcançar numa perspetiva de compreender qual é a capacidade que a IA tem de realmente ser aplicada às empresas portuguesas dado o elevado contraste na indústria automóvel entre empresas extremamente desenvolvidas e abertas ao mercado Internacional e empresas que simplesmente vivem para o mercado nacional. De facto, a aplicação da IA requer, do ponto de vista da gestão, que exista um conjunto de capacidades instaladas já na empresa, nomeadamente ao nível dos recursos humanos, para que se possa introduzir mais essa camada de tecnologia dentro das empresas. Nem todas as empresas estão capacitadas para receberem IA a sério. 

profnunoboavida_11 Nuno Boavida e os efeitos da Inteligência Artificial no trabalho: “Todos aqueles fatores de discriminação que já existem podem ser amplificados”

“Não é tanto um perigo de despedimento. Não seria por introdução de mais automação e IA que as pessoas perderiam o seu emprego, mas veriam o seu trabalho reafetado”

O primeiro passo foi perceber qual era a taxa de penetração que estes novos algoritmos podem ter na indústria portuguesa e nos serviços associados. Conseguimos perceber que há dois tipos de empresas diferentes: aquelas tecnologicamente mais avançadas que podem de facto receber algoritmos de apoio à produção ou de apoio à gestão. E aí pode haver mudanças nas estruturas do trabalho bastante significativas, embora no setor automóvel as alterações na estrutura do trabalho sejam mais ao nível da organização do trabalho e não tanto ligadas ao despedimento. Ou então à realocação de trabalhadores para outras atividades da mesma empresa. Não é tanto um perigo de despedimento. Não seria por introdução de mais automação e IA que as pessoas perderiam o seu emprego, mas veriam o seu trabalho reafetado. Por exemplo, na produção automóvel a aplicação de IA para a distribuição da cola nos vidros, deixou de ser o operador a pôr a cola e passou a ser um robô a aplicá-la, a analisá-la com IA. O operador passou para trás de um computador e só intervém em caso de défice ou de excesso de cola. Normalmente, são funções mais leves, mais de controlo ou de coordenação.

Está a ser dada formação adequada em Portugal?

Temos visto que as pessoas estão a sair formadas para mecatrónica automóvel, mas não lhes são dados conhecimentos de eletricidade que lhes permitam, por exemplo, agarrar a manutenção dos carros elétricos. Continuam com uma formação antiga para a manutenção de carros a diesel ou a gasolina, mas não saem com qualificações suficientes para poderem lidar com carros elétricos. Meter as mãos num carro elétrico, a pessoa habilita-se a morrer. Torna-se quase um imperativo formar as pessoas com o mínimo para que assegurem a sua segurança. Essa formação mecatrónica automóvel não está a ser dada e estamos preocupados com isso.

profnunoboavida_5 Nuno Boavida e os efeitos da Inteligência Artificial no trabalho: “Todos aqueles fatores de discriminação que já existem podem ser amplificados” 

“A Volkswagen queria instalar uma fábrica de baterias em Portugal, França ou Espanha e fugiu para Espanha. Passou completamente ao lado das autoridades portuguesas”

Por último, o projeto tem permitido também termos um contato mais aprofundado com as estruturas de representação coletiva dos trabalhadores da indústria. Temos feito várias reuniões com sindicatos e comissões de trabalhadores das grandes empresas da indústria automóvel em Portugal para percebermos até que ponto é que estes representantes estão preparados para as transformações que vão ocorrer. Não só do carro elétrico, mas também da microeletrónica que é introduzida dentro dos carros, da preparação para o hidrogénio como alternativa aos carros elétricos. No fundo, a nossa preocupação é perceber qual é o nível de formação e qual é a capacidade que eles têm de também pressionarem as entidades portuguesas para captar investimento direto estrangeiro. 

A Volkswagen queria instalar uma fábrica de baterias em Portugal, França ou Espanha e fugiu para Espanha. Representaria em Portugal um brutal investimento, mas também uma capacidade de projetar a indústria e os serviços nacionais em torno de uma fábrica de baterias. Passou completamente ao lado das autoridades portuguesas. Não vamos conseguir dar o salto para a eletrificação do setor em Portugal.

Medidas para mitigar o impacto da IA no trabalho e emprego

Sabemos de estudos anteriores que existe alguma capacidade de introdução da IA no tecido económico português, mas esse será sempre nas empresas que são mais desenvolvidas ou que têm maior capacidade para se inovar e introduzir estes sistemas. Sabemos que os efeitos no emprego também têm muito que ver com a sensibilização de quem toma essas decisões para acautelar a introdução dessa tecnologia de várias formas. Primeiro, em diálogo com quem, de alguma forma, possa ajudar a pensar e mitigar os efeitos negativos que a IA pode causar. Como é o caso das comissões de trabalhadores e dos delegados sindicais. Por um lado, quem prepara a introdução da IA deve falar com quem vai trabalhar ou com quem representa as pessoas que vão trabalhar de forma a interiorizar essa nova organização do trabalho e ser produtivo. Caso contrário esbarram nos medos da tecnologia, na má vontade, na alienação. Na banca, assim como na logística, poderia ter-se ido muito mais além em termos de introdução de IA. Não se foi por razões de paz social. Se, por má vontade, se quisesse introduzir tudo o que se poderia introduzir, isto levaria a despedimentos, em particular, no setor dos serviços.

profnunoboavida_4 Nuno Boavida e os efeitos da Inteligência Artificial no trabalho: “Todos aqueles fatores de discriminação que já existem podem ser amplificados”

Fala-se em despedimentos e promoções com base em algoritmos. Faz sentido?

Já existe, sejamos claros. Poderão não estar disseminados em todos os setores de atividade económica ou em todas as empresas, mas qualquer empresa de média ou grande dimensão já os tem [algoritmos] a funcionar. Outro lado da mesma moeda é que o recrutamento de novos empregados é feito com IA. A questão é, se no final, quem recebe uma lista de pessoas a despedir tem um juízo a fazer sobre elas, uma monitorização da decisão e capacidade de voltar atrás na decisão ou não. 

“Todos aqueles fatores de discriminação que já existem na sociedade podem ser amplificados com a inteligência artificial”

Quais são os principais riscos da inclusão da IA no trabalho e emprego?

Há vários riscos associados. Uma máquina não é um ser humano pensante com capacidade reflexiva e com capacidade crítica. Não há um ser humano, uma entidade com vida por trás da máquina. Os riscos são também gerados pelas pessoas que criam, mantêm e implementam estes sistemas. Por exemplo: a não informação aos trabalhadores que estão a ser avaliados por IA cria suspeitas, mau ambiente que depois são muito difíceis de contornar. Pode levar à exclusão (sistémica). No fundo, todos aqueles fatores de discriminação que já existem na sociedade podem ser amplificados com a IA. Um erro feito por um ser humano pode ser corrigido; um erro feito por IA muitas vezes é uma caixa negra sobre o qual não se consegue refletir porque não se sabe o que é que se passa lá dentro. Só quem a criou é que consegue explicar. 

O ChatGPT tem despertado enorme fascínio, mas também receios sobre a dissolução de certas profissões. Estamos assim tão perto de ser substituídos por ‘máquinas’?

Em tom de brincadeira, a profissão de jornalista é talvez a mais debatida (risos). Primeiro, do ponto de vista de quem analisa isto há alguns anos, do ponto de vista histórico, não há um salto revolucionário. Quando fizemos a nossa investigação do ChatGPT fizemos uma pergunta sobre a qual somos especialistas e o ChatGPT dá uma resposta que não faz sentido para um especialista. Na melhor das hipóteses, diz umas generalidades. Na pior das hipóteses, diz umas enormidades que não fazem sentido algum. Aparecer – hipoteticamente – um algoritmo de IA que nos vai permitir dar um salto na sociedade da informação, não é verdade. Há de facto alguns desenvolvimentos, em particular do ponto de vista da comunicação, mas não há capacidade de agregar e sistematizar informação. O que há é cada vez mais informação não validada na Internet. Não sou dos que alinha que já há uma revolução em marcha. Claro que pode haver algumas áreas onde isso aconteça. Para já, ainda não aconteceu. Tem havido uma transição natural para a nova economia. Há um adaptar das novas tecnologias, onde o saldo entre os postos de trabalho, que desaparecem, e os novos, que são criados, é igual ou perto de zero.

O mercado de trabalho está a mudar. Onde ficam as pessoas?

A inteligência artificial (IA) constitui um dos maiores desafios da ciência e da tecnologia da última década e, dia a dia, vai dando passos de gigante sem que a população em geral se aperceba, principalmente afetando o mundo do trabalho. Recentemente – muito graças a ferramentas como o ‘ChatGPT’, o ‘Google Bard’ ou o ‘Bing Chat’ – descobriu-se a ‘AI’ Generativa (IAG) que, através de múltiplas plataformas, torna já possível a um dispositivo produzir conteúdo novo como músicas, desenhar qualquer coisa por indicação de um ser humano ou produzir textos de forma autónoma. Tudo com recurso a modelos, “matemáticas” muito complexas com base em instruções dadas por pessoas.

É só pedir e ele faz. Faz mesmo. É só testar.

ai1 O mercado de trabalho está a mudar. Onde ficam as pessoas?

Imagem do Papa Francisco criada através de Inteligência Artificial Generativa, de Pablo Xavier.

Vários especialistas têm garantido que as IA e IAG podem efetivamente vir a auxiliar o mercado de trabalho num futuro próximo. Aliás, de certa forma, já o fazem. E apesar de vir a potenciar capacidades e tarefas, existe o risco de comprometer parâmetros como a autenticidade e a humanidade das coisas. Acredita-se que os efeitos a longo prazo no mercado de trabalho estarão ainda longe de ser conhecidos.

“É cedo para saber ao certo o efeito da inteligência artificial generativa no mercado de trabalho. A tecnologia por trás do ChatGPT não é nova, mas a popularidade do programa está relacionada com o facto de ter surgido gratuitamente e de qualquer pessoa com um dispositivo ligado à internet o poder experimentar”, explica à Tejo Mag, Flávio Nunes, jornalista editor do ECO – Economia Online.

Hoje há exemplos de como a inteligência artificial já substitui a mão humana em várias tarefas. Nos armazéns da Amazon, por exemplo, as funções antes atribuídas a pessoas já estão delegadas a robôs que – previamente programados – processam encomendas. E há outros casos de sucesso no mercado.

“Há muitos anos que o ser humano inventa máquinas para tentar facilitar o seu trabalho e, numa sociedade capitalista, é natural que as empresas procurem adotar algumas destas tecnologias para aumentar a produtividade e reduzir custos, tornando-se mais competitivas”, acrescenta. “Este processo, provavelmente, não acontecerá subitamente e não começou agora. É uma adaptação constante que vai acontecendo.”

E quanto aos postos de trabalho, Flávio Nunes considera improvável “que se torne na origem de uma vaga de despedimentos em massa ou coisa parecida”.

Mas pode efetivamente ser mais vantajoso para uma empresa ter uma máquina que trabalhe 24 horas por dia? Sim, porque não faz pausas para refeições, não precisa de tempo para atividades externas ao trabalho e não exige um aumento salarial porque no fundo, não o recebe. Mas onde fica a humanidade?

Luís Carlos Batista, psicólogo ouvido pela Tejo Mag, acredita que a mediação da tecnologia será fundamental para garantir, em primeiro lugar, a segurança no mercado de trabalho e, a posteriori, que cada pessoa possa assegurar que se sente útil para a sociedade. O aumento das taxas de desemprego será um problema a resolver.

“Em termos civilizacionais, nunca tivemos os números que temos atualmente. Somos já 8 mil milhões de pessoas. Mas continuamos a desenvolver tecnologia para substituir o homem. Isto cria um conflito interno nas pessoas e na sociedade: onde ficam as pessoas? Que trabalho vão desempenhar depois?”

Luís Carlos Batista explica que o ser humano é racional e emocional, sendo sempre preciso um equilíbrio entre os dois conceitos.

“Numa empresa, não haver emoção e haver apenas a racionalização do trabalho é claramente mais vantajoso, porque a emoção influencia sempre o racional. Se a retirarmos, o rendimento é maior. É isto que queremos? Esperamos que haja tarefas que continuem a ser desenvolvidas por pessoas.”

O BOM E O MAU MEDIADOR

Uma das capacidades que a Tejo Mag testou com recurso a Inteligência Artificial foi a construção de escalas de trabalho para uma equipa. Porém, o assunto não é tão linear como parece. Não basta escrever: “Faz uma escala horária com X e Y a desempenhar as tarefas A e B”. É necessário fornecer a informação o mais completa possível ao ‘Bot’ para que possa desempenhar de forma mais eficaz o trabalho para que foi convocado.

ai2 O mercado de trabalho está a mudar. Onde ficam as pessoas?

Chat GPT 4 – Uma das versões mais recentes da plataforma ‘ChatGPT’, de Inteligência Artificial Generativa.

Com a IA Generativa, o sistema já começa aos poucos a “reconhecer” comandos utilizados para os trabalhos sugeridos e começa a dar respostas mais “humanizadas”. Mas ainda está longe de atingir o nível de raciocínio de um ser humano. Pelo menos por agora.

“Apesar de o ChatGPT, atualmente, precisar sempre de um humano do outro lado do ecrã, estas tecnologias podem ser adaptadas para substituírem os humanos em algumas tarefas. A história leva a crer que, a prazo, algumas tarefas poderão ficar obsoletas e novas funções serão criadas. Por exemplo, há sinais de que vai aumentar bastante a procura por especialistas que conheçam a melhor forma de apresentar um pedido para a máquina entregar os melhores resultados, porque, de certa forma, a qualidade do resultado também depende da qualidade do pedido”, conclui o jornalista Flávio Nunes.

EDUCAÇÃO: ACELERAÇÃO DESMEDIDA?

“O professor não é uma inteligência artificial”, remata Marlène Cavaleira, professora de Português e Francês há quase 30 anos. Foi, no final do milénio, uma das primeiras docentes em Portugal a recorrer a ferramentas digitais para revolucionar a forma de ensino. O objetivo era acrescentar valor à sala de aula. À época era professora numa escola em Sintra. Hoje dirige um centro de estudos em Rio de Mouro.

“Ao nível digital, antes de 2000 não conhecíamos absolutamente nada. Eu sou do tempo em que se faziam testes com corte-costura e fotocópias. Eu e outros professores acabámos por nos interessar pelo digital e tivemos formação em várias plataformas para que pudessemos aprender e ensinar alguma coisa aos alunos. Todos os dias íamos desbravando terreno”.

ai3 O mercado de trabalho está a mudar. Onde ficam as pessoas?

Fichas de trabalho desenvolvidas por Marlène Cavaleira em 2001

As fichas de trabalho eram construídas com recurso a sites na internet e plataformas de aprendizagem estrangeiras. O conteúdo em português não existia.

“Todos os sites serviam. Entregávamos, por exemplo, uma ficha com o nome de uma série de peças de roupa e os alunos tinham de ir ao site da ‘La Redoute’ para pesquisar e saber a que secção pertenciam. Tudo isto em francês. Claro que o conteúdo não era destinado à educação, mas era uma forma interessante de eles aprenderem.”

ai4 O mercado de trabalho está a mudar. Onde ficam as pessoas?

Em 2001, Marlène Cavaleira já dava aulas de francês com recurso à internet. 80% da aprendizagem já era feita com recurso a ferramentas digitais.

“Só mais tarde, quando passámos para o caderno eletrónico, com uma turma piloto, tirámos a prova dos nove. Todos os alunos tinham um computador portátil. Ou seja, o caderno diário estava lá. Realizaram depois os exames nacionais de forma tradicional – externos à escola – e destacaram-se”, acrescenta.

Na educação, há questões que têm sido levantadas nos últimos anos, sobretudo desde que a pandemia obrigou as escolas a reformular o conceito de sala de aula. Estamos perante uma desumanização do papel do professor com a inserção das ferramentas digitais? E de que forma pode a aceleração digital prejudicar o desempenho dos alunos?

“É preciso fazer uma reflexão e desmontar tudo.”, conta a professora à TejoMag. “Ver o que foi muito bom e menos bom e colocar numa balança. Do outro lado, temos de colocar o interesse e a interação do aluno. Temos de a equilibrar. Estamos demasiado focados no professor e estamos a esquecer a aprendizagem do aluno.”

Há 15 anos, o ‘Copy Paste’ foi um dos grandes inimigos dos professores. Hoje, a inteligência artificial na internet pode configurar um outro desafio, se não for utilizada da forma mais correta. “É um desafio para a educação e para o mundo do trabalho. Corre-se o risco de diminuir a própria inteligência. A ideia é utilizar o que temos e colocar em prática. É importante a humanização dos textos e dos trabalhos. Há competências que se estão a perder.” acrescenta.

Para Marlène Cavaleira, é importante inspirar os alunos para lhes ser permitido aprender através do erro. Mais que um trabalho, o professor tem uma missão.

Conclui: “Os alunos chegam à escola a cores e saem a preto e branco, embora tenhamos uma panóplia de conteúdos disponíveis como nunca houve. O professor tem de ser humano. Ser humano não se vai buscar ao computador. Temos de ensinar mas passar a mensagem. Tudo é gerido com os laços que se criam com os alunos.”