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O déjà vu explicado pela neurociência

A resposta mais comum a esta questão é a sensação de estar a viver novamente uma situação que já antes aconteceu. No entanto, muitos neurocientistas argumentam que essa explicação é demasiado simplista. De acordo com o Dr. Akira O’Connor, psicólogo da Universidade de St Andrews, o déjà vu é mais do que uma sensação de familiaridade; é o reconhecimento metacognitivo de que essa familiaridade é… descabida.

O déjà vu é basicamente um conflito entre a sensação de familiaridade e a consciência de que essa familiaridade é incorreta. E é a consciência de que se está a ser enganado que torna o déjà vu tão único em comparação com outros eventos de memória“, explica.

 

Tal acontece quando áreas como o lobo temporal sinalizam que uma experiência passada se repete, seguido pela verificação pelas áreas frontais do cérebro. Estas áreas de tomada de decisão verificam se o sinal é consistente com a realidade recorrendo à seguinte ‘pergunta’: “Já estive aqui antes?”. Se sim, há uma tentativa de recuperar a memória; se não, pode dar-se a tal sensação de déjà vu.

Como tal, para a maioria da população, este é um sinal de que estas regiões cerebrais estão a funcionar corretamente. “Numa pessoa saudável, esses erros de memória acontecem todos os dias. Isto é de esperar porque a memória envolve milhões e milhares de milhões de neurónios. É muito confusa“, salienta.

Déjà vécu e jamais vu

O especialista estima que uma pessoa saudável tenha, em média, uma experiência de déjà vu todos os meses. Porém, fatores como o cansaço, stress, dopamina e envelhecimento, podem influenciar a sua frequência. A sensação persistente de déjà vu, conhecida como déjà vécu pode ser prejudicial, especialmente em casos de demência. Estas pessoas têm a sensação constante de já terem vivido a situação atual. Portanto, nada é novo para elas.

Por outro lado, jamais vu é a sensação de não reconhecer uma situação que lhe deveria ser familiar. Embora muito associado à amnésia, é, na verdade, mais do que um simples lapso de memória momentâneo. 

É uma sensação desorientadora de não reconhecer algo quando se sabe que se deveria reconhecer. O que é realmente importante é o elemento de consciencialização – sabemos que esta sensação é factualmente errada. Se não nos apercebermos disso, não estamos a sentir jamais vu“, alerta o psicólogo. Curiosamente, é mais frequente nos jovens e é espoletado pelo cansaço.