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Olhar para o Futuro da Psicologia: Congresso da Ordem dos Psicólogos Portugueses em Lisboa

O 6.º Congresso da Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP) e o XIII Congresso Ibero-americano de Psicologia realizaram-se em Lisboa, nos dias 25, 26 e 27 de setembro de 2024, no Centro Cultural de Belém. O evento acolheu mais de dois mil participantes e 500 oradores de vários países de todo o Mundo.

O primeiro dia foi marcado pela visita de mais de 400 congressistas a projetos locais, reconhecidos pelo seu esforço e contributo de boas práticas, entre os quais, a Associação CRESCER, galardoada com o Prémio Nacional de Psicologia 2024.

Psicologia: Saúde mental em destaque

WhatsApp-Image-2024-10-01-at-13.23.08-1-225x300 Olhar para o Futuro da Psicologia: Congresso da Ordem dos Psicólogos Portugueses em Lisboa

O CCB abriu as portas à Psicologia. Durante três dias foram abordados vários temas como a saúde mental, novas tendências de intervenção psicológica, impacto das novas tecnologias e inteligência artificial na prática psicológica e questões sociais como o discurso de ódio, quotas de género e a liberalização da cannabis, discutidos em debates e mesas redondas com representantes de entidades públicas, privadas e sociais.

De notar que foi um evento que almejou ser sustentável, com a utilização reduzida de plástico e papel, sendo necessário o uso integral de uma aplicação móvel para aceder a toda a programação do Congresso. Este evento contou ainda com o alto patrocínio do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, contributo que reforça o reconhecimento e relevância do trabalho desenvolvido pela Ciência Psicológica.

1 em cada 3 alunos apresentam sinais de sofrimento psicológico

No âmbito do Plano de Recuperação das Aprendizagens 21|23 Escola +, o Ministério da Educação apresentou o estudo Observatório Escolar: Monitorização e Ação | Saúde Psicológica e Bem-estar, uma iniciativa inédita que permitiu concluir que uma fração significativa da população escolar (um terço dos alunos e cerca de metade dos professores) está em situação de sofrimento e mal-estar emocional. 

Estes resultados são apoiados pela investigação levada a cabo pela Escola Superior de Enfermagem de Coimbra que, no âmbito do Programa + Contigo, avaliou a presença e a severidade de sintomas depressivos numa população de adolescentes em meio escolar e verificou que 32,2% dos adolescentes apresentam depressão e, destes, 17,7% apresentam sofrimento de sintomatologia grave. Também a Universidade de Évora e a Universidade Nova de Lisboa (que estudaram, respectivamente, alunos do ensino superior e docentes) obtiveram resultados numa direção semelhante, com a depressão (7%) a apresentar-se como uma das doenças mais mencionadas pelos estudantes universitários que tinham algum diagnóstico mental e com 60% dos 15 mil docentes estudados a sofrer de exaustão emocional. Finalmente, num artigo por Diogo Costa et. alia, estudou-se a presença de sintomas depressivos em crianças do 1º ciclo do ensino básico, sendo possível associar esses sintomas a fatores como o local de residência e características individuais.

A prevenção e a deteção precoce de doenças como a depressão nas crianças e adolescentes é uma conclusão comum dos estudos referidos, medidas que poderão ser necessárias para evitar o insucesso tanto no ensino como na aprendizagem, uma vez que, de acordo com a Ordem dos Psicólogos, os jovens com perturbação mental estão em maior risco de apresentarem problemas como absentismo, retenção escolar, más notas e mesmo o abandono escolar.

Artigo escrito em colaboração com Raquel Lopes

Imagem: Pixabay

O déjà vu explicado pela neurociência

A resposta mais comum a esta questão é a sensação de estar a viver novamente uma situação que já antes aconteceu. No entanto, muitos neurocientistas argumentam que essa explicação é demasiado simplista. De acordo com o Dr. Akira O’Connor, psicólogo da Universidade de St Andrews, o déjà vu é mais do que uma sensação de familiaridade; é o reconhecimento metacognitivo de que essa familiaridade é… descabida.

O déjà vu é basicamente um conflito entre a sensação de familiaridade e a consciência de que essa familiaridade é incorreta. E é a consciência de que se está a ser enganado que torna o déjà vu tão único em comparação com outros eventos de memória“, explica.

 

Tal acontece quando áreas como o lobo temporal sinalizam que uma experiência passada se repete, seguido pela verificação pelas áreas frontais do cérebro. Estas áreas de tomada de decisão verificam se o sinal é consistente com a realidade recorrendo à seguinte ‘pergunta’: “Já estive aqui antes?”. Se sim, há uma tentativa de recuperar a memória; se não, pode dar-se a tal sensação de déjà vu.

Como tal, para a maioria da população, este é um sinal de que estas regiões cerebrais estão a funcionar corretamente. “Numa pessoa saudável, esses erros de memória acontecem todos os dias. Isto é de esperar porque a memória envolve milhões e milhares de milhões de neurónios. É muito confusa“, salienta.

Déjà vécu e jamais vu

O especialista estima que uma pessoa saudável tenha, em média, uma experiência de déjà vu todos os meses. Porém, fatores como o cansaço, stress, dopamina e envelhecimento, podem influenciar a sua frequência. A sensação persistente de déjà vu, conhecida como déjà vécu pode ser prejudicial, especialmente em casos de demência. Estas pessoas têm a sensação constante de já terem vivido a situação atual. Portanto, nada é novo para elas.

Por outro lado, jamais vu é a sensação de não reconhecer uma situação que lhe deveria ser familiar. Embora muito associado à amnésia, é, na verdade, mais do que um simples lapso de memória momentâneo. 

É uma sensação desorientadora de não reconhecer algo quando se sabe que se deveria reconhecer. O que é realmente importante é o elemento de consciencialização – sabemos que esta sensação é factualmente errada. Se não nos apercebermos disso, não estamos a sentir jamais vu“, alerta o psicólogo. Curiosamente, é mais frequente nos jovens e é espoletado pelo cansaço.