Taxas de Juro voltam a descer. BCE confiante quanto à Inflação

As expectativas dos analistas estavam corretas e o Banco Central Europeu (BCE) voltou a cortar em 25 pontos base as taxas de juro de referência para a Zona Euro. A decisão foi tomada com o voto a favor de todos os membros do Conselho do BCE. 

Assim, a principal taxa de facilidade permanente de depósito abranda para os 3,5%, depois de ter estado nos 3,75% desde junho. Já a principal taxa de refinanciamento desce 60 pontos base, de 4,25% para 3,65%. As alterações têm efeitos a partir de 18 de setembro.

“Tendo em conta a avaliação atualizada quanto às perspetivas de inflação, à dinâmica da inflação subjacente e à força da transmissão da política monetária. É agora apropriado dar mais um passo no sentido de moderar o grau de restritividade da política monetária”, refere o BCE, em comunicado.

O corte das taxas anunciado em setembro é o segundo realizado em 2024. O primeiro aconteceu em junho e, no mês seguinte, as taxas mantiveram-se inalteradas. Agora, pouco ou nada se pode antecipar sobre o que vai acontecer até dezembro. Aliás, é a Governadora do Banco Central Europeu que o diz. Ao mesmo tempo, Christine Lagarde está confiante que, no próximo ano, a Zona Euro vai mesmo alcançar a meta de 2% de inflação. 

Além disso, a trajetória definida pelo BCE prevê que a inflação possa abrandar para 1,9% em 2026.

Alívio nas Taxas de Juro… e no Crescimento

O Conselho de Governadores do BCE está ciente que a atividade económica na Zona Euro está a fraquejar. Lagarde utiliza a expressão “está a enfrentar ventos contrários”. Por isso, as estimativas de crescimento foram revistas em baixa tanto para 2024 como para o próximo ano. 

O Banco Central Europeu continua, por isso, muito vigilante mas admite que os riscos para o crescimento estão enviesados para o lado negativo. “Os inquéritos apontam para uma maior moderação na procura de mão-de-obra”, referiu Lagarde.

A mudança de ventos na economia dos 27 pode mesmo influenciar a própria análise do regulador em relação às taxas de juro no futuro. Os analistas estimam que haverá mais uma descida até ao final do ano. Porém, fica a pergunta: Em outubro ou dezembro?

Sérgio Aleluia
Sérgio Aleluia
sergio.aleluia2013@gmail.com

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