Escolheu Lisboa porque o clima lhe faz lembrar o da sua cidade, Dhaka – onde deixou 5 irmãos com os quais fala todos os dias – e porque sabia que aqui existia uma grande comunidade bengali.
A sua integração foi lenta devido à língua, aos costumes e a uma certa desconfiança que a sua nacionalidade bengali faz despertar nos locais. Fazer amigos portugueses não é fácil, mas encontrou, no seu empregador, um. O primeiro emprego é importante para começar a tratar do visto de residência. No caso de Shahidul a sua experiência e o a sua formação garatiram que o processo fosse célere, no entanto, o mesmo não acontece com muitos outros migrantes que não reunem estas duas condições, atrasando, em longos meses, a sua regularização.
Shahidul, estudou em Moscovo onde completou uma licenciatura em Gás e Óleo na Academia Gubkin, na Russian State Universaty of Oil and Gas. Hoje trabalha numa loja portuguesa de reparação de telemóveis, a mesma loja que lhe deu o primeiro emprego quando chegou. O seu objetivo é abrir o seu prórpio negócio.
Já morou nos Restauradores, partilhando um apartamento T1 com oito pessoas, em Entre Campos e, há cerca de um mês, mudou-se para um apartamento em Telheiras que dividide com dois conterrâneos seus uma vez que o valor elevado das rendas não lhe permite viver só.
Casou-se no ano passado e espera trazer a sua mulher para a cidade ainda este ano. Juntos farão planos para o futuro. Um coisa é certa, querem ficar por cá.