Foi um acontecimento no mínimo espetacular para os amantes de astronomia. No dia 13 de outubro, Portugal pôde testemunhar “de perto” a passagem de um cometa. O corpo celeste “C/2023 A3 Tsuchinshan-ATLAS”, passou a sensivelmente 80 milhões de quilómetros de distância da Terra.
Dessa forma, foi possível observar o cometa a olho nu entre as 19h35 e um pouco antes das 20h00, nomeadamente nas áreas de mais baixa luminosidade. Ainda assim, para os mais atentos, foi possível testemunhar o fenómeno, que só volta a repetir-se daqui a centenas de milhares de anos. Alguns especialistas apostam na teoria de que a aproximação nunca mais volta a acontecer.
Foi, aliás, a única oportunidade para ver o cometa a olho nu. Nos próximos dias, ainda será possível fazê-lo, mas só com recurso a telescópios.
Veja aqui algumas imagens do cometa, partilhadas nas redes sociais pela @MeteoTrasMontPT, de Márcio Santos.
Cometa visto desde Vila Franca de Xira, Área Metropolitana de Lisboa ☄️
©️Rosa Carvalho pic.twitter.com/jHw6Ljo51A— Márcio Santos – Meteorologia e Ambiente (@MeteoTrasMontPT) October 13, 2024
Costa da Caparica, Almada, Península de Setúbal ☄️
©️Adília Vicente pic.twitter.com/0ga23miPMB— Márcio Santos – Meteorologia e Ambiente (@MeteoTrasMontPT) October 13, 2024
Cometa desde a Quinta do Anjo, Palmela, Península de Setúbal ☄️
©️ Salvador Macedo pic.twitter.com/SNlEH4Wp6f— Márcio Santos – Meteorologia e Ambiente (@MeteoTrasMontPT) October 13, 2024
Em Bragança está top!#Cometa
©️ Ferdinando Silva pic.twitter.com/fwrWalft4i— Márcio Santos – Meteorologia e Ambiente (@MeteoTrasMontPT) October 13, 2024
“Cometa do Século” visto no mundo
Já antes, o corpo celeste visto e fotografado a leste dos Estados Unidos. Algumas imagens divulgadas pela agência Reuters, mostram o cometa a sobrevoar os céus da Califórnia.
O cometa “C/2023 A3 Tsuchinshan-ATLAS” foi detetado no espaço, pela primeira vez, em fevereiro do ano passado pelos telescópios chineses da Tsuchinshan. A existência do corpo celeste foi depois confirmada pelo telescópio sul-africano da ATLAS.
Assim, depois da curta passagem pela Terra, o cometa continuará o seu percurso pelo sistema solar, podendo aproximar-se de outros planetas ou satélites naturais. Os cometas são corpos celestes formados por gelo, poeiras e pequenos fragmentos ou partículas rochosas. Dessa forma, tornam-se visíveis ao aproximarem-se do Sol.
Recentemente, Portugal testemunhou a passagem de um meteoro. Ainda se lembra?
Imagem: Hernani Cavaco, partilhada por @MeteoTrasMontPT