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Author Archive by Sérgio Aleluia

CTT passam a entregar encomendas também ao domingo

Os CTT passam, a partir de agora, a fazer entregas de encomendas também ao domingo. A extensão no horário de serviço deverá preencher uma lacuna que já se fazia notar por milhares de consumidores: Como posso receber uma encomenda se não estou em casa durante a semana?

“O serviço de entrega ao domingo vem responder a uma necessidade de conveniência e comodidade para quem não consegue estar em casa durante a semana para receber as suas encomendas, destacam os CTT em comunicado.

A novidade “acompanha a evolução e exigência do crescimento do e-commerce”. Aliás, a empresa anuncia esta extensão como uma novidade absoluta. Até agora, as entregas não eram realizadas ao domingo. O domingo é, tradicionalmente, um dia de descanso para milhares de portugueses. 

Porém, a entrega só está disponível, inicialmente, em Lisboa e no Porto. Os correios consideram-nas como áreas “de maior densidade populacional”.

Este sãos os horários de entregas dos CTT

Por isso, para além dos habituais horários aos dias úteis, aos domingos o serviço dos CTT funciona entre as 9h00 e as 19h00.

De segunda a sexta “há três janelas horárias disponíveis em todo o território nacional: na parte da manhã entre as 08h00 e as 13h00, no período da tarde das 13h00 às 19h00 e à noite, entre as 19h00 e as 22h00.”

Promessa cumprida. Antigo logótipo do Governo está de volta

O novo governo já tomou posse e a primeira mudança implementada logo nos primeiros minutos foi o regresso do antigo logótipo do executivo. O símbolo com elementos referentes à bandeira nacional regressa à página oficial do Governo e às redes sociais. Aliás, já fez também parte da imagem do primeiro Conselho de Ministros no palacete de São Bento.

A imagem gráfica “repõe símbolos essenciais da nossa identidade, da nossa história e da nossa cultura. Volta a ter a esfera armilar, com escudo, quinas e castelos, em que o povo português se identifica”, explicou o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, logo a seguir à reunião com todos os membros do novo Governo.

A decisão já tinha sido tomada anteriormente durante a campanha eleitoral. Por isso, se a Aliança Democrática vencesse as eleições, Luís Montenegro daria ordem para que a imagem gráfica implementada, em dezembro, por António Costa, fosse deitada fora. Assim foi e o Governo volta a ter o mesmo símbolo que executivos anteriores tiveram.

logotipo_governo_01-300x200 Promessa cumprida. Antigo logótipo do Governo está de volta

A polémica com o logótipo extinto

Uma imagem “inclusiva, plural e laica”, justificou à época, o executivo de António Costa para a implementação do símbolo, em dezembro. “O logótipo foi alterado perante a sua falta de legibilidade e complexidade para as atuais plataformas digitais. Esta nova marca respondia de forma eficaz aos novos contextos”, explicou uma fonte do gabinete de António Costa à revista Sábado.

No entanto, a alteração da imagem provocou inúmeras críticas da oposição. A de Luís Montenegro soou durante a campanha. O então candidato da AD acusou o anterior executivo de sucumbir a referências históricas e identitárias. “Já chega de política de plástico”, disse o Presidente do PSD

Aliás, a grande polémica relacionada com a anterior imagem gráfica esteve relacionada com o preço que o Governo pagou por ela. O trabalho encomendado ao designer Eduardo Aires custou 74 mil euros + IVA. O contrato foi celebrado por ajuste direto no ano passado.

Ao Polígrafo, António Costa justificou que a proposta de Eduardo Aires tinha “o preço mais baixo e a equipa mais qualificada”.

Imagem: XXIV Governo Constitucional de Portugal, no “X”

Morreu Mário Pardo, o português que desafiava todas as alturas

Morreu o paraquedista português Mário Pardo, aos 63 anos. O conhecido base jumper e instrutor de queda livre estava internado no hospital de Santa Maria, em Lisboa. Segundo o Correio da Manhã, foi vítima de uma complicação gerada por uma infeção pelo vírus da dengue.

A notícia foi primeiramente avançada na página ‘Boinas Verdes e Pára-quedistas’, no Facebook e, mais tarde, confirmada por pessoas próximas.

Referência maior do paraquedismo nacional e internacional, exímio praticante e instrutor de queda livre, de tandem e igualmente uma verdadeira referência mundial de saltos de base jumping, o primeiro português neste tipo de saltos. Cumpriu o serviço militar nas Tropas Pára-quedistas, tem o brevet paraquedista n° 19406, Curso 109 de 1981”, lê-se na publicação.

As marcas de Mário Pardo, o homem que desafiou tudo

Símbolo do paraquedismo e da atividade de queda livre dentro e fora de fronteiras, Mário Pardo ficou igualmente conhecido por representar Portugal em várias competições. Mas foram os icónicos saltos que o tornaram ainda mais famoso.

Aliás, um dos episódios mais conhecidos aconteceu em 2005 quando saltou do tabuleiro da ponte 25 de abril, a partir de um camião em movimento. Pouco depois, em 2009, repetiu o feito, já com autorização. Em contrapartida, atirou-se do ponto mais alto da estrutura.

Numa entrevista ao Diário de Notícias, em 2018, disse: “Eu olho para uma ponte e penso: “era giro saltar daqui”, depois vejo um prédio e penso: “dava para saltar daqui”. A Ponte 25 de Abril é a da minha cidade e não podia escapar.

“Na Ponte não é possível andar a pé, portanto se eu fosse a pé estaria a infringir uma lei e por isso fui um pouco mais criativo e meti-me em cima de um camião. Foi preciso planear. Passei inúmeras vezes por cima e por baixo para avaliar não só o salto, como a amaragem”, disse ao DN. 

Em 2014, surpreendentemente, saltou do Padrão dos Descobrimentos, também em Lisboa. Todos os saltos foram registados em vídeo e publicados no Youtube.

“O céu não é o limite. É o ponto de partida”

Em outras palavras, Mário Pardo era um verdadeiro “homem-pássaro”. Eternizou-se sobretudo com a frase “O céu não é o limite. É o ponto de partida”, e justificou-o.

“Achei que devia reinventar esse conceito. Para mim o céu não era o limite, era o ponto de partida. Não é só uma frase gira, tem um significado real. Os limites podem sempre ser empurrados um pouquinho. O que entendemos hoje como limite não o é, é o ponto de partida para chegar mais além.” terminou Mário Pardo, em entrevista ao Diário de Notícias.

Fotografia: Facebook Boinas Verdes e Pára-quedistas

Prejuízo no 4º trimestre mancha ano (ainda assim) histórico para a TAP

A TAP fechou 2023 com um lucro recorde de 177,3 milhões de euros. É, por isso, o melhor resultado líquido de sempre da companhia aérea portuguesa. Ainda assim, os números poderiam ter sido muito melhores se a empresa não tivesse tido prejuízos nos últimos quatro meses do ano.

Segundo o comunicado enviado aos mercados, entre outubro e dezembro de 2023, a TAP registou um resultado negativo de 26,3 milhões de euros. A justificação prende-se com o aumento dos custos operacionais da empresa na ordem dos 300 milhões de euros. Os retroativos relativos ao fim dos cortes salariais (que remontam ao plano de reestruturação acordado com o anterior Governo) e os novos acordos penalizaram as contas da companhia.

Mas em termos de endividamento, a TAP conseguiu manter um rumo positivo de redução. A dívida financeira líquida encolheu 7,3% para 651,1 milhões de euros.

“Os bons resultados de 2023 confirmam o caminho de recuperação efetuado nos últimos anos pela TAP. Recorde de receitas, ultrapassando a marca dos 4 mil milhões de euros, margens operacionais robustas e resilientes confirmam a solidez financeira do grupo”, afirma Luís Rodrigues, CEO da TAP, citado em comunicado.

TAP é a companhia mais pontual em Lisboa

É um feito que não se registava, pelo menos, desde 2018. Nos primeiros meses deste ano, a TAP foi a companhia aérea mais pontual a operar no aeroporto de Lisboa.

Segundo dados a que o Expresso teve acesso, a TAP foi pontual em 64% dos voos que fez até ao início de março, numa amostra de 9972 voos. No ranking, aparece em primeiro lugar e em segundo a Vueling Airlines e a British Airways (62%). A transportadora portuguesa ficou à frente da Air France (61%), da Lufthansa (59%), da Ryanair (57%) e da EasyJet (55%).

Por isso, reorganização da operação da empresa terá sido fundamental para garantir voos mais pontuais. No entanto, a falta de espaço no aeroporto Humberto Delgado continua a condicionar a atividade da companhia, ainda que a TAP ocupe uma parte significativa da infraestrutura.

Imagem: Pexels (Pedro Rebelo Pereira)

Ponte 25 de Abril aguentaria o embate de um navio?

A opinião é unânime entre os especialistas. Se um navio cargueiro ou de cruzeiro embatesse num dos pilares da ponte 25 de Abril, dificilmente a estrutura estaria preparada para resistir ao impacto.

Em declarações à TSF, o engenheiro Luís Simões explica: “Não há ponte que esteja preparada para sofrer o embate de um cargueiro”. Nestes casos, aliás, “o defeito é da trajetória que o cargueiro seguiu”.

“Os pilares têm proteções para pequenos embates de pequenas embarcações. A ponte sobre o Tejo tem uma base de betão que está ligeiramente saliente fora de água para eventuais embates de pequenas embarcações. Mas se um cargueiro ou até mesmo um navio cruzeiro chocasse contra um dos pilares, a maior probabilidade é que também caísse“.

Ao Observador, o engenheiro António Adão da Fonseca explica que o colapso do tabuleiro seria inevitável num acidente em contexto semelhante. “Cai um pilar, caem os vizinhos, pelo menos. Isso é garantido”, assegura. À CNN, um outro especialista nota que já houve outros embates na travessia sobre o Tejo, mas que não provocaram danos estruturais. 

O acidente na ponte de Baltimore

O Governador do Estado norte-americano de Maryland diz que o navio cargueiro que embateu na ponte Francis Scott Key teve um problema elétrico. A embarcação ainda emitiu um pedido de socorro mas não a tempo de evitar o acidente.

Segundo a Euronews, as autoridades tiveram cerca de 90 segundos para cortar o tráfego automóvel em segurança, depois de ter sido informada que o navio tinha perdido o controlo da direção. O embate aconteceu por volta das 1h30 mas ainda havia carros a circular no momento. Ainda há várias pessoas desaparecidas.

As imagens do acidente tornaram-se virais na internet. Mostram a estrutura a cair após o embate do navio.

A ponte de Baltimore tem 2,6 quilómetros de comprimento, mais 300 metros do que a 25 de abril, em Lisboa. O navio cargueiro seguia a apenas 15 km/hora, mas o peso foi crucial para a dimensão do desastre.

Domingo muda a hora, mas isso não ia acabar?

Portugal continental, os Açores e a Madeira voltam a atualizar os relógios na madrugada do próximo domingo. No dia 31 de março – que este ano coincide com a Páscoa – os ponteiros são adiantados e o país entra na hora de verão. Portanto, quando for 1h00, os relógios são adiantados para as 2h00.

Nos Açores, o processo é idêntico mas acontece da meia-noite para a uma da manhã. Assim, os dias ficam maiores. No domingo, o pôr do sol já só deverá acontecer por volta das 20h00.

Aliás, com esta mudança, os portugueses vão ter menos 60 minutos de sono , ao contrário do que acontece com a passagem para o horário de inverno. 

Mas a mudança de hora não ia terminar?

Sim. A discussão da mudança de hora esteve durante vários meses em debate entre os Estados-membros da União Europeia. Em 2018, vários países levantaram questões sobre a utilidade de adiantar e atrasar os relógios duas vezes por ano.

Ainda foi realizado um inquérito –  favorável à abolição – mas em Portugal respondeu menos de 1% da população. O Governo português, à época liderado por António Costa, mostrou-se contra a abolição.

Um ano depois, a mudança bianual da hora foi aprovada pelo Parlamento Europeu. mas a discussão ficou suspensa porque a decisão final deveria ter sido tomada em abril de 2020. Um mês antes, a pandemia de Covid-19 colocou a Europa em alerta.

Até agora, não há indicações de quando é que o assunto voltará a ser debatido.

Quando é que a hora muda outra vez?

Além da alteração que tem lugar este domingo, a hora volta a mudar em Portugal no último domingo de outubro. Ou seja, a dia 27.

A origem dos horários de verão e inverno

A mudança de hora foi implementada na Alemanha em 1916 durante a 1º Guerra Mundial. O objetivo era poupar energia.

O hábito começou a ser seguido por outros países, incluindo Portugal, mas teve várias oscilações ao longo do tempo. Uma diretiva europeia de 2001 tornou obrigatória a mudança de hora em todos os Estados-membros da UE.

Imagem: Pixabay

Estas são as perguntas a que o Governo deverá responder

Luís Montenegro já foi indigitado primeiro-ministro. Vai ter agora o desafio de formar o Governo que decide os destinos do país nos próximos quatro anos. Assim, o grupo de novos ministros é apresentado a 28 de março. A tomada de posse está prevista para abril, a seguir à Páscoa.

Durante o processo de escolha, o líder da Aliança Democrática será responsável por decidir se aplica o questionário de 36 perguntas criado pelo anterior executivo. Contudo, o mecanismo de verificação pode ajudar a determinar se quem é convidado está em condições para assumir o cargo.

Ainda que não seja obrigatório por lei, é considerado politicamente essencial por muitos analistas. Aliás, foi criado depois da demissão da secretária de Estado da Agricultura, Carla Alves. Saiu do Governo apenas 25 horas depois de ter sido empossada por Marcelo Rebelo de Sousa. Foi, à época, a 12ª saída do executivo de António Costa.

A avaliação para o Governo não é obrigatória, mas…

Aprovado no ano passado através de uma resolução do Conselho de Ministros, o regulamento não tem peso de lei. Por isso, o primeiro-ministro indigitado não é obrigado a aplicá-lo. Aliás, o jornal ECO questionou o PSD se  há intenção de revogar essa resolução depois da nomeação dos novos membros. Não houve resposta.

Mas há quem entenda que, por ser um ato administrativo (e, por isso, não legislativo), o próximo executivo nem terá de se dar ao trabalho de o revogar. Ou seja, aplica se quiser.

As principais perguntas

  • Presta, ou desenvolveu nos últimos três anos, atividade suscetível de gerar conflitos de interesses com o cargo a que é proposta/o?
  • Algum membro do seu agregado familiar detém capital em sociedades ou empresas que prosseguem atividades no setor diretamente tutelado pela área governativa?
  • Algum membro do seu agregado familiar detém alguma empresa, ou participação em alguma empresa, que tenha celebrado contratos públicos com entidades abrangidas pelo Código dos Contratos Públicos e que vão ser diretamente tuteladas pela área governativa do cargo a que é proposta/o?
  • É titular de património e/ou contas bancárias sediadas no estrangeiro?
  • A sociedade ou empresa detida por algum membro do seu agregado familiar, ou em que estes detenham capital, ou participação em capital, ou em que, ainda, exerçam cargo social, tem a situação fiscal regularizada junto da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT)?
  • Alguma vez foi condenado por qualquer infração penal ou contraordenacional?
  • Tem conhecimento de que seja objeto de investigação criminal qualquer situação em que tenha estado envolvido?

Imagem: @LMontenegroPSD no “X”

Emigração confirma vitória da AD. Luís Montenegro indigitado

Luís Montenegro já foi indigitado primeiro-ministro de Portugal. O encontro com o Presidente da República durou poucos minutos e aconteceu já durante a madrugada de 20 para 21 de março.  Contudo, Marcelo Rebelo de Sousa quis ser cauteloso e esperar pelos resultados finais dos dois círculos da emigração para confirmar o convite ao líder da Aliança Democrática (AD). Montenegro acabou por se deslocar duas vezes ao Palácio de Belém, antes de partir para Bruxelas, para a cimeira do Partido Popular Europeu.

“Tendo a Aliança Democrática vencido as eleições em mandatos e em votos, e tendo o Secretário-Geral do Partido Socialista reconhecido e confirmado que seria líder da oposição, o Presidente da República decidiu indigitar o Dr. Luís Montenegro como Primeiro-ministro, apresentando oportunamente ao Presidente da República a orgânica e composição do XXIV Governo Constitucional”, lê-se na nota publicada no site da presidência.

O novo Governo toma posse no dia 2 de abril, mas Luís Montenegro comprometeu-se a apresentar o grupo de ministros antes dessa data. Está previsto que a apresentação ocorra a 28 de março.

A coligação PSD/CDS/PPM confirma assim a vitória nas eleições legislativas, com 28,9%, depois de conhecidos os resultados dos círculos da Europa e Fora da Europa.

Mais de 330 mil portugueses residentes no estrangeiro exerceram o direito de voto. No entanto, perto de 40% dos votos da emigração foram declarados nulos pela Comissão Nacional de Eleições (CNE). 

“Muitos destes votos nulos têm origem na falta da junção da fotocópia do Cartão de Cidadão ou a inclusão no envelope errado”, explicou à Agência Lusa Fernando Anastácio, porta-voz da CNE. 

Chega em destaque nos círculos da emigração

Apurados os votos da emigração, o Chega conseguiu eleger mais dois deputados, um por cada círculo eleitoral. Feitas as contas, o partido terá 50 mandatos na próxima legislatura e será a primeira força política fora do arco governativo a conseguir eleger um número tão alto de deputados.

O círculo Fora da Europa foi ganho pela Aliança Democrática. O Chega conseguiu ficar em segundo lugar e derrotar o Partido Socialista. Augusto Santos Silva, que concorreu por este círculo, não conseguiu a reeleição. É, aliás, a primeira vez que um Presidente da Assembleia da República em funções não assegura a reeleição como deputado.

Ainda antes de conhecidos os resultados finais da emigração, André Ventura chamou os jornalistas para reagir às projeções, que davam já como certo que Santos Silva não seria eleito.

“É o símbolo da vitória da humildade sobre a arrogância. Os emigrantes deram uma mensagem clara: não o querem no Parlamento. Livraram-nos de um ativo tóxico do socialismo. Podemos agora começar a limpeza que Portugal precisa, mais cedo do que se esperava”, disse o Presidente do Chega.

A composição do parlamento na nova legislatura

Conforme consta nos resultados finais, a coligação PSD/CDS/PPM obteve 28,9% dos votos e elegeu 80 deputados. Logo atrás, num resultado tangente, surge o Partido Socialista, com 28%. Assegura 78 mandatos no Parlamento.

Por fim, o Chega reforçou a posição na Assembleia com mais dois mandatos. Terá 50, com 18,1% dos votos dos portugueses.

Os restantes partidos mantém o número de deputados assegurados até agora:

  • Iniciativa Liberal: 8 deputados (4,9%);
  • Bloco de Esquerda: 5 deputados (4,4%);
  • CDU (PCP+PEV): 4 deputados (3,2%);
  • Livre: 4 deputados (3,2%);
  • PAN: 1 deputado (1,9%).

PARLAMENTO_01-300x199 Emigração confirma vitória da AD. Luís Montenegro indigitado

 

Fotografia: Presidência da República
Grafismo: Flourish

Legislativas: Saiba se o seu voto elegeu deputados

673.382 votos não foram convertidos em eleição de deputados à Assembleia da República. Ainda que provisórios, os dados referentes às legislativas deste ano são apresentados ao Expresso por Luís Humberto Teixeira, responsável pelo portal “O Meu Voto”

No site, cada eleitor pode consultar a informação disponível, a fim de perceber se o voto efetivamente contou. É tido em conta, em primeiro lugar, o círculo eleitoral e, logo depois, o partido votado. Por conseguinte, é dada a informação sobre a utilidade do voto no sufrágio.

Os dados sobre o número de votos não convertidos não incluem os referentes aos círculos eleitorais do estrangeiro (Europa e Fora da Europa). Essa informação é conhecida mais tarde.

Ao todo, estima-se que já tenham sido desperdiçados cerca de 9 milhões de votos desde a primeira eleição em democracia para a Assembleia da República, em 1975.

BE foi o mais castigado. Partido elegeu cinco deputados

Aconteceu o mesmo que há dois anos. Em 2024, 126.500 votos no Bloco de Esquerda (BE) não serviram para eleger deputados ao Parlamento. É um número superior ao registado na última eleição, com mais de 112 mil votos perdidos.

Ao Expresso, Luís Humberto Teixeira explica que, só no círculo eleitoral de Braga, mais de 21 mil votos no BE não foram convertidos. Todavia, o Bloco de Esquerda elegeu cinco deputados, tal como em 2022. “Há locais em que, por muito pouco, os partidos não conseguem nenhuma representação. Esso faz diferença para a contagem final”.

Em contrapartida, PS viu todos os votos contribuírem para eleger deputados no hemiciclo. No caso do Chega e da Aliança Democrática, o número de votos desperdiçados foi residual.

Será que o meu voto serviu para eleger alguém?

Basta uma pesquisa no portal “O Meu Voto” para perceber se o voto colocado nas urnas serviu para eleger deputados ou se foi deitado fora.

É necessário colocar o círculo eleitoral juntamente com o partido votado e poderão aparecer duas mensagens.

  • Parabéns! O seu voto elegeu alguém
  • Lamentamos, mas o seu voto não elegeu ninguém.

Fotografia: parlamento.pt

Legislativas: Abstenção é a mais baixa em 30 anos. Votaram 6,1 milhões de pessoas

Nunca tantas pessoas votaram em Portugal. Segundo os dados da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, mais de 6,1 milhões de portugueses foram às urnas para exercer o direito de voto nas legislativas antecipadas. Um dos resultados foi uma taxa de abstenção mais baixa, quando comparada com eleições anteriores.

Assim, é um recorde que ultrapassa o número de votantes em qualquer eleição para o Parlamento em tempo de democracia. Em 1979 e 1980, votaram 6 milhões de pessoas.

A abstenção, de 33,8%, foi a mais baixa em 30 anos, apenas superada pelo registo de 1995. Nesse ano, 32,9% dos eleitores recenseados decidiram não ir às urnas. Há dois anos a abstenção situou-se nos 42%. À época, o Partido Socialista venceu com maioria absoluta, mas o Governo caiu pouco depois de completar dois anos de mandato.

No entanto, os dados das Legislativas de 10 de março ainda não incluem os dois círculos eleitorais referentes aos portugueses residentes no estrangeiro. Ao todo são eleitos 4 deputados pelos círculos “Europa” e “Fora da Europa”.

Abstenção baixa mas vitória sem maioria. Montenegro reforça o “Não é não” ao Chega

A Aliança Democrática (PSD/CDS/PPM) venceu as eleições legislativas com 29,5% dos votos, mas ficou longe de garantir a maioria absoluta no Parlamento, com 79 deputados eleitos. Longe da vista ficou também a possibilidade de uma maioria de direita no Governo (PSD e Chega), que André Ventura pediu durante toda a campanha eleitoral.

No discurso de vitória, Luís Montenegro voltou a dizer que não fará nenhum acordo de Governo ou de incidência parlamentar com o Chega. “Assumi dois compromissos na campanha e naturalmente cumprirei a minha palavra. Nunca faria tamanha maldade”, garantiu o Presidente do PSD. Montenegro esclareceu ainda que o próximo programa de Governo terá de estar assente no diálogo.

O partido encabeçado por André Ventura alcançou 18,1% dos votos e reafirmou-se como terceira força política em Portugal. Conseguiu eleger 48 deputados. O resultado é histórico e representa, em número de mandatos, quatro vezes mais do que tinha conseguido em 2022. Ventura reclamou o “fim do bipartidarismo em Portugal” e insistiu na formação de um executivo à direita com PSD e Chega. 

André Ventura enviou ainda recados ao Presidente da República, que acusou de ter querido condicionar o sentido de voto à última hora. Segundo o Expresso, Marcelo Rebelo de Sousa tudo fará para evitar o Chega num Governo à direita.

Derrota perto de uma vitória. PS “fará oposição”

Já o PS foi o grande derrotado da noite eleitoral, assim o assumiu Pedro Nuno Santos. O partido arrecadou 28,7% dos votos e elegeu 77 deputados. Fica em segundo e à tangente da Aliança Democrática, mesmo que em número de deputados eleitos ainda possa superar a AD. Faltam contar os votos dos círculos eleitorais do estrangeiro.

O nosso caminho começa agora. Vamos liderar a oposição”. Não vamos aprovar moções de censura. Não vamos apoiar um Governo da AD. Que fique claro”, esclareceu Pedro Nuno Santos.

Livre com destaque entre os mais pequenos. PAN e CDU escapam e CDS regressa

Outra surpresa foi o resultado obtido pelo Livre. A força liderada por Rui Tavares obteve 3,3% dos votos e, por isso, quadruplicou também o número de deputados eleitos à Assembleia da República. Subiu de 1 para 4 , o que forma um grupo parlamentar.

A Iniciativa Liberal, o Bloco de Esquerda e o PAN mantiveram o número de deputados eleitos (IL com 8, BE com 5e PAN com 1). Ambos cresceram em número de votos.

Pelo contrário, a CDU (PCP+PEV) emagreceu ainda mais a representação parlamentar, passando de 6 para 4 deputados. O partido resiste, ainda que com um dos piores resultados de sempre.

O CDS-PP (que entrou na corrida sob designação de AD) consegue regressar à Assembleia da República, com a eleição de 2 deputados. O partido estava afastado do Parlamento desde as eleições legislativas de 2022.

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