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Author Archive by Tomás Cascão

Inteligência Artificial já consegue identificar diabetes com um áudio de 10 segundos

A Inteligência Artificial (IA) veio para ficar! E, se para uns é um ‘bicho papão’, para outros é uma ferramenta extremamente valiosa. É precisamente isso que uma recente investigação veio provar ao demonstrar que já é possível identificar a diabetes tipo 2 simplesmente ao ouvir um paciente falar por durante um período de seis a dez segundos.

Nesse sentido, o estudo demonstrou uma precisão de 89% no diagnóstico para mulheres e 86% para homens, conforme explicado em comunicado pelos responsáveis. “A nossa investigação destaca variações vocais significativas entre indivíduos com e sem diabetes tipo 2 e pode transformar a forma como a comunidade médica faz o rastreio da diabetes“, começa por explicar a principal autora do estudo, Jaycee Kaufman.

Os métodos atuais de deteção podem exigir muito tempo, deslocações e custos. A tecnologia de voz tem o potencial de eliminar totalmente essas barreiras“, acrescenta Kaufman.

Um telemóvel foi tudo o que os participantes precisaram

No estudo, foi pedido aos 267 participantes – diabéticos e não diabéticos – gravassem vocalmente frases nos respetivos telemóveis seis vezes por dia ao longo de duas semanas. Assim, foram analisadas mais de 18 mil áudios que foram avaliados de acordo com múltiplas características acústicas distintas. Além disso, os voluntários indicaram dados básicos de saúde, como idade, altura e peso.

Assim, as tecnologias de processamento de sinais foram capazes de identificar certas nuances tonais indetetáveis ao ouvido humano. Estes sons ofereceram pistas decisivas para o diagnóstico posterior. A etapa seguinte envolve replicar o estudo e expandir a análise vocal para identificar pré-diabetes, hipertensão e outras condições.

O déjà vu explicado pela neurociência

A resposta mais comum a esta questão é a sensação de estar a viver novamente uma situação que já antes aconteceu. No entanto, muitos neurocientistas argumentam que essa explicação é demasiado simplista. De acordo com o Dr. Akira O’Connor, psicólogo da Universidade de St Andrews, o déjà vu é mais do que uma sensação de familiaridade; é o reconhecimento metacognitivo de que essa familiaridade é… descabida.

O déjà vu é basicamente um conflito entre a sensação de familiaridade e a consciência de que essa familiaridade é incorreta. E é a consciência de que se está a ser enganado que torna o déjà vu tão único em comparação com outros eventos de memória“, explica.

 

Tal acontece quando áreas como o lobo temporal sinalizam que uma experiência passada se repete, seguido pela verificação pelas áreas frontais do cérebro. Estas áreas de tomada de decisão verificam se o sinal é consistente com a realidade recorrendo à seguinte ‘pergunta’: “Já estive aqui antes?”. Se sim, há uma tentativa de recuperar a memória; se não, pode dar-se a tal sensação de déjà vu.

Como tal, para a maioria da população, este é um sinal de que estas regiões cerebrais estão a funcionar corretamente. “Numa pessoa saudável, esses erros de memória acontecem todos os dias. Isto é de esperar porque a memória envolve milhões e milhares de milhões de neurónios. É muito confusa“, salienta.

Déjà vécu e jamais vu

O especialista estima que uma pessoa saudável tenha, em média, uma experiência de déjà vu todos os meses. Porém, fatores como o cansaço, stress, dopamina e envelhecimento, podem influenciar a sua frequência. A sensação persistente de déjà vu, conhecida como déjà vécu pode ser prejudicial, especialmente em casos de demência. Estas pessoas têm a sensação constante de já terem vivido a situação atual. Portanto, nada é novo para elas.

Por outro lado, jamais vu é a sensação de não reconhecer uma situação que lhe deveria ser familiar. Embora muito associado à amnésia, é, na verdade, mais do que um simples lapso de memória momentâneo. 

É uma sensação desorientadora de não reconhecer algo quando se sabe que se deveria reconhecer. O que é realmente importante é o elemento de consciencialização – sabemos que esta sensação é factualmente errada. Se não nos apercebermos disso, não estamos a sentir jamais vu“, alerta o psicólogo. Curiosamente, é mais frequente nos jovens e é espoletado pelo cansaço.

Banhos de água fria: rejuvenescedores ou apenas moda?

Os banhos de água fria, embora possam ser desagradáveis para muitos, a verdade é que têm ganho popularidade nos últimos anos devido aos alegados benefícios para a saúde física e mental. Este costume, porém, não é novo. Se no século 19 eram usados como forma de tortura, para castigar reclusos, foi durante durante a Era Vitoriana que passaram a ter uma utilidade mais agradável e higiénica.

Um estudo realizado na Holanda, que contou com três mil voluntários, chegou à conclusão de que aqueles que tomaram um banho de água fria evidenciaram menos probabilidade de adoecer do que aqueles que tomaram um banho de água quente.

Além disso, uma outra investigação feita na República Checa mostrou que imergir o corpo em água fria três vezes por semana – durante seis semanas – tem efeitos positivos no reforço do sistema imunitário.

Estas pessoas devem ter cuidado com os banhos frios

Mas os benefícios não parecem ficar por aqui. Um estudo sugere que aumenta o metabolismo em até 350%. Tal traduz-se em mais energia queimada e pode contribuir para a perda de peso. A prática também pode beneficiar a saúde mental, já que alivia sintomas de depressão graças ao estímulo que resulta do contacto da água fria com a pele.

Apesar dos benefícios, convém também salientar que existem riscos associados, especialmente para quem tem problemas de coração. Isto porque este choque de temperatura pode desencadear um ataque cardíaco ou irregularidades no ritmo cardíaco. Portanto, embora o banho de água fria ofereça várias vantagens, é essencial praticá-lo com moderação e estar ciente dos próprios limites.

Dorme pouco? Pode vir a desenvolver esta doença

Não é propriamente novidade que a falta de sono pode prejudicar gravemente a saúde mental. No entanto, sabe-se agora que quem dorme cinco horas ou menos por noite tem 2,5 vezes mais probabilidade de desenvolver depressão, revela uma inivestigação levada a cabo por um grupo de cientistas do Reino Unido. 

O estudo acompanhou 7.146 participantes – recrutados pelo English Longitudinal Study of Ageing – ao longo de um período que variou entre os quatro a 12 anos. Os voluntário dormiam, em média, sete horas por noite. Cerca de 10% dormiam menos de cinco horas por noite no início do período de estudo. Esse número subiu para mais de 15% no final. A percentagem de pessoas que sofriam de sintomas de depressão passou de cerca de 9% para 11%.

O conselho da investigadora

Assim, graças a esta monitorização foi possível concluir que aqueles geneticamente propensas a dormir pouco tinham maior probabilidade de desenvolver depressão. No entanto, a predisposição à depressão não aumentou a probabilidade de problemas de sono.

Apesar de estas conclusões possam ser desanimadoras, Odessa Hamilton encoraja as pessoas que sofrem de um ou outro problema a não considerarem a situação irreversível.

O meu conselho seria dar prioridade ao sono e evitar a procrastinação do sono”, explica uma das autoras do estudo. “Há um ditado comum em genética que diz que os genes carregam a arma e o ambiente puxa o gatilho. Podemos estar geneticamente predispostos a isto, mas podemos tomar medidas para mitigar o risco“, salienta.

Diário, a nova aplicação do iPhone a pensar na saúde mental

Foi em junho que a Apple anunciou o iOS 17. Durante o evento, houve uma aplicação que chamou a atenção: o Diário. No entanto, a gigante da tecnologia não lançou a aplicação juntamente com o iOS 17 em 18 de setembro, nem com a nova gama de smartphones, o iPhone 15

Apesar de ainda não ter data concreta de lançamento, a Apple, no site oficial, garante que estará disponível até ao final do ano. Ou seja, no prazo máximo de 57 dias, a aplicação chegará aos iPhones. O que se sabe é que sairá juntamente com o iOS 17.2, não sendo necessário qualquer download extra.

A escrita de diários tem sido associada a vários benefícios para a saúde mental, incluindo a gestão da ansiedade, a redução do stress e o auxílio no tratamento da depressão. No entanto, algumas pessoas podem ter dificuldade em se lembrar de escrever um diário ou simplesmente não saber sobre o que escrever. Assim, a app facilita o registo de pensamentos e até oferece sugestões de escrita e lembretes sobre o que aconteceu durante o dia.

O que é o Diário?

Trata-se de uma aplicação desenvolvida pela Apple que permite escrever, inserir imagens, vídeos e outros conteúdos. Pode também sugerir que escrevas sobre determinados assuntos, chamadas de “Reflexões” com base nos dados a que tem acesso. Porém, não há motivo para alarme! É o utilizador quem define que dados quer que sejam tratados e, de acordo com a empresa, a app é encriptada de ponta a ponta. “Ninguém além de si pode aceder ao seu diário, nem mesmo a Apple”, pode ler-se. 

Como escrever no Diário?

Na página inicial do Diário, surge um ícone de adição (+) na parte inferior do ecrã. Tudo o que tem de fazer é clicar nesse ícone, que vai dar a um menu. Aí, vai encontrar as “Reflexões” sugeridas, bem como momentos do dia sobre os quais pode escrever, como uma fotografia que tirou ou um podcast que ouviu.

Basta carregar num desses momentos para obter uma breve descrição da sugestão, como a hora em que o registo fotográfico foi feito. Depois, só tem de selecionar “Começar a Escrever” para dar início a esta aventura! Caso queira ignorar as sugestões, também pode. No menu vai encontrar uma opção chamada de “Nova Entrada”. No fim de escrever, só precisa de clicar em “Concluído”. É sempre possível editar ou atualizar a entrada que criou.

Os melhores alimentos para combater o stress

Nos dias de hoje, é uma realidade inegável que as pessoas vivem cada vez mais sob stress. Este fenómeno é uma consequência da vida moderna, que, embora repleta de confortos e conveniências, também trouxe consigo uma série de desafios que afetam o bem-estar e a saúde mental.

Uma das principais razões para o aumento dos níveis de stress é o acelerado ritmo de vida. As pessoas estão constantemente a ‘correr’, tendo que lidar com responsabilidades profissionais, familiares e pessoais. A pressão para cumprir prazos e alcançar objetivos, muitas vezes impostos por uma sociedade orientada para o sucesso, também contribui para isso.

Outro fator que não pode ser menosprezado prende-se com preocupações financeiras. O custo de vida cada vez mais alto é uma fonte de grande insegurança. A verdade é que, perante o contexto atual, não é fácil gerir o stress. No entanto, a alimentação desempenha um papel crucial nesse processo.

A alimentação e o stress

A quantidade e a qualidade dos nutrientes que ingerimos ao longo do tempo podem influenciar os circuitos neurais que controlam as nossas emoções, motivação e humor, revela um estudo. Além disso, é sugerido que a comida pode impactar a nossa saúde mental, tal como a nossa saúde mental pode afetar nossos hábitos alimentares.

Outras investigações apontam o microbioma intestinal como um elo crucial entre o que consumimos e a forma como nos sentimos. As bebidas quentes, por exemplo, têm um efeito calmante, independentemente do sabor. Ervas como a lavanda e a camomila demonstraram ter efeitos relaxantes. Também o chá verde pode ser um aliado importante. Isto porque, quando é necessário, proporciona uma pequena dose de cafeína já que está cheio de flavonóides – uma classe de plantas e fungos com propriedades benéficas –, que os estudos mostram que ajuda na saúde do cérebro.

O chocolate negro, rico em antioxidantes, pode diminuir os níveis de hormonas de stress presentes no corpo. Porém, o consumo deve ser moderado. Além disso, escolher chocolate negro de elevada qualidade e que não contenha excesso de açúcar adicionado é fundamental. Não obstante, deve dar prioridade àqueles que têm um alto teor de cacau. Um estudo de 2022 chegou à conclusão de que o chocolate negro com 85% de cacau pode melhorar mais o seu humor do que aquele com 70% de cacau.

Ademais, os hidratos de carbono saudáveis, como batata-doce e cereais integrais, podem temporariamente aumentar os níveis de serotonina, o que se vai refletir na melhoria do humor e da concentração. No entanto, é importante evitar hidratos de carbono simples, como bolachas, pão branco e bolos.

As melhores vitaminas

É fã do abacate em guacamole ou na salada? Fique a saber que são ricos em ácidos gordos Ómega-3 e contêm fitoquímicos, fibras e nutrientes essenciais. Várias investigações concluíram que este super alimento tem o poder de melhorar a saúde do coração, a função cerebral e a saúde intestinal. Tudo isso graças à baixa densidade calórica e uma baixa proporção de gorduras saturadas.

O peixe gordo, como o salmão, atum ou cavala, é recomendável para prevenir doenças cardíacas graças aos seus Ómega-3 e ajuda também a aliviar sintomas de stress. Se não é particularmente fã de peixe, pode obter esta gordura insaturada em alimentos como algas marinhas, sementes de chia, sementes de linhaça e nozes.

As nozes são ricas em vitaminas do complexo B e ácidos gordos saudáveis. Também contêm magnésio, que pode ajudar a gerir a ansiedade e o stress. Se pretende adicionar frutos secos à sua dieta, deve limitar as porções a uma mão cheia por dia de forma a evitar o excesso de calorias.

Alimentos ricos em vitamina C, como laranjas e morangos, ajudam a reduzir o stress e fortalecem o sistema imunitário, assim como probióticos – microrganismos vivos, conhecidos como bactérias “boas” –, encontrados em alimentos fermentados como kefir, iogurte e kombucha.

Em suma, a comida desempenha um papel importante na gestão do stress. Introduzir alimentos saudáveis e equilibrados na dieta pode melhorar a sua saúde mental e bem-estar geral. Lembre-se de que a moderação e a variedade são essenciais para manter uma dieta equilibrada e saudável.

É isto que acontece quando uma bomba nuclear explode

À medida que as preocupações globais com o risco de conflitos nucleares se intensificam, é importante compreender o que acontece com a explosão de uma bomba atómica.

Rússia e Estados Unidos são responsáveis por, sensivelmente, 90% do arsenal nuclear global, conforme explica a Federação de Cientistas Americanos. Um eventual conflito levaria a um cenário apocalíptico. Não apenas pela tragédia imediata, que resultaria na morte de milhões de pessoas, como também pelo arrefecimento global, conhecido como inverno nuclear.

Quando uma quantidade específica de bombas é detonada, a fuligem proveniente das explosões e dos incêndios que delas resultam sobe até a estratosfera e bloqueia a luz solar. Teoricamente, esse bloqueio pode ser tão intenso a ponto de reduzir as temperaturas globais por vários anos, que prejudica a produção agrícola. O resultado seria a escassez de alimentos generalizada, independentemente das áreas onde as bombas tenham sido detonadas.

Num cenário alternativo, mais plausível, proposto por alguns especialistas em política externa, pode ocorrer um nuclear em escala limitada, com recurso a armas nucleares táticas. Aproximadamente 30% a 40% do arsenal nuclear dos Estados Unidos e da Rússia consistem em bombas menores, menos destrutivas, com alcance limitado, tanto em terra quanto no mar ou no ar. Embora estas armas causem muitos estragos, não seriam responsáveis por um cenário de holocausto nuclear global catastrófico.

A explosão de uma bomba nuclear

Quando uma bomba nuclear explode começa com uma reação de cisão, que envolve a divisão de núcleos de átomos pesados em núcleos mais leves, libertando assim neutrões. Estes podem colidir com os núcleos atómicos próximos, desencadeando uma reação em cadeia incontrolável. Tal resulta na explosão ‘final’, absolutamente destrutiva. 

Prova disso mesmo são os acontecimentos nas cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, em que foi libertada energia equivalente a 15 a 20 quilotoneladas do explosivo trinitrotolueno, mais conhecido como TNT. As bombas termonucleares modernas vão mais além: utilizam a energia da reação inicial para fundir átomos de hidrogénio dentro da arma. Essa reação de fusão irá resultar numa bola de fogo com temperaturas comparáveis ao núcleo do sol. 

As trágicas consequências

Estar no epicentro de uma explosão deste tipo resulta, naturalmente, na morte instantânea. Por exemplo, uma arma nuclear de 10 quilotoneladas, equivalente ao tamanho das bombas de Hiroshima e Nagasaki, mataria imediatamente cerca de 50% das pessoas num raio de três quilómetros, principalmente devido a incêndios, exposição a radiação e também ferimentos fatais resultantes do desabamento de edifícios e de estilhaços. Na ínfima hipótese de sobrevivência a uma catástrofe dessa magnitude, os níveis de radiação após a explosão representariam um obstáculo significativo para os primeiros socorros.

Finalmente, as consequências ambientais e de saúde de um conflito nuclear são significativas. Dependendo da escala do conflito, as explosões podem até afetar o clima.

Pareidolia, o fenómeno que nos faz ver rostos em objetos

A pareidolia é um fenómeno cerebral no qual as pessoas identificam algo significativo em imagens ou padrões aleatórios, sejam visuais ou auditivos. É responsável por criar a ilusão de reconhecimento em objetos inanimados, como ver o rosto da Virgem Maria numa tosta.

A palavra “pareidolia” deriva das palavras gregas “para” que significa algo incorreto ou diferente e “eidōlon” que se traduz como imagem, forma ou aparência. A pareidolia é uma forma de apofenia, que é um termo mais amplo que descreve a tendência de encontrar padrões em dados aleatórios.

Exemplos de Pareidolia

Aparece frequentemente em casos nos quais as pessoas veem rostos ou formas humanas em objetos inanimados. Por exemplo, o famoso caso do Sudário de Turim, que se acredita retratar uma figura semelhante a Jesus após a crucificação. Da mesma forma, um tronco de árvore em St. Mary’s, na Irlanda, é visto por alguns como tendo a silhueta da Virgem Maria. 

A pareidolia também se pode manifestar de maneira auditiva, como no caso das teorias de conspiração sobre mensagens ocultas em certas músicas dos Beatles reproduzidas ao contrário. 

A pareidolia e Figuras Religiosas

A pareidolia muitas vezes leva as pessoas a verem figuras religiosas em objetos comuns. Alguns exemplos incluem a aparição de Jesus numa tortilha de farinha encontrada em 1977, ou uma imagem de Jesus num sanduíche de queijo que foi vendida por um avultado valor no eBay em 2004. Até Madre Teresa foi vista num pão de canela num café.

Causas da Pareidolia

Existem várias teorias sobre a causa desse fenómeno. Estudos sugerem que a pareidolia facial é uma adaptação cerebral que nos permite identificar rostos numa cena visual cheia de gente. Além disso, o nosso cérebro tende a atribuir características emocionais a essas imagens, o que contribui para a sensação de reconhecimento.

A pareidolia também pode estar relacionada com distúrbios cerebrais, como o autismo e a doença de Parkinson, com diferentes impactos nas perceções das pessoas. Há evidências de que pessoas propensas à pareidolia podem ter experiências paranormais ou acreditar em percepções extrasensoriais.

Estas são as principais teorias da conspiração

As teorias da conspiração podem ser difíceis de desmontar, algumas até têm elementos de verdade, mas que são frequentemente distorcidos. A crença nestas histórias pode ser atribuída a várias razões. Em primeiro lugar, surgem como uma tentativa de explicar eventos sociais complexos. Em segundo lugar, oferecem um senso de identidade e pertença a determinados grupos.

O 11 de setembro

Os ataques de 11 de setembro são amplamente baseados em evidências que sustentam que se tratou de um ato terrorista. No entanto, há quem defenda que o então presidente, George Bush, e o vice-presidente, Dick Cheney, estiveram ligação aos ataques ao World Trade Center e ao Pentágono, supostamente impedindo que o Exército recuperasse os aviões dos sequestradores. Além disso, algumas teorias sugerem que as Torres Gémeas foram destruídas por demolição controlada. 

Morte da princesa Diana

O choque da morte repentina e trágica de uma figura tão amada levou a especulações. Mohamed Al-Fayed, pai de Dodi Al-Fayed, que também faleceu no acidente, alegou que a Família Real esteve envolvida naquilo que considera ter sido um homicídio planeado. No entanto, as investigações concluíram que essas alegações eram infundadas. Um júri determinou que Diana e Al-Fayed morreram devido à negligência do motorista, que estava embriagado, e devido ao assédio da imprensa.

A chegada à Lua

Em 1969, a NASA colocou astronautas na Lua pela primeira vez. Nos anos seguintes, surgiram teorias da conspiração alegando que se tratou de uma encenação. Tal deu origem a um livro intitulado We Never Went to the Moon: America’s $30 Billion Swindle e a um filme Capricorn One. Em 2002, o teórico da conspiração Bart Sibrel confrontou o astronauta Buzz Aldrin e chamou-o de “cobarde e mentiroso”. Aldrin agrediu-o com um murro no queixo.

Covid-19 e 5G

A pandemia da covid-19 gerou inúmeras teorias de conspiração. Muitos questionam a origem do vírus outros acusam os médicos de ocultar a verdade sobre as mortes. Uma dessas, apelidada de Covid 5G, combina medos relacionados à tecnologia 5G com o vírus, sugerindo que as frequências eletromagnéticas prejudicam o sistema imunitário. Há ainda quem garanta que as vacinas têm chips para monitorizar cada passo da população.

Terra plana

As teorias da Terra plana surgiram nos anos 1950 e ganharam força com o advento da internet. Apesar da evidência científica mostrar que a Terra é redonda, alguns continuam a acreditar que não. Eric Dubay, um defensor proeminente da Terra ser plana, argumenta que filmagens de balões, aviões e drones mostram um horizonte plano acima de 20 milhas de altitude. 

Jovem de 14 anos cria sabonete que trata cancro de pele

Heman Bekele, um adolescente do ensino secundário, recebeu o título de “Melhor Jovem Cientista da América” por uma descoberta notável: um sabonete com potencial no tratamento do melanoma, um tipo de cancro de pele que afeta anualmente aproximadamente 12 mil pessoas em Portugal e que mata cerca de 500.

Aos 14 anos, Heman Bekele, estudante do nono ano na cidade de Annandale, deixou palavras inspiradoras quando foi galardoado vencedor: “Queria fazer da minha ideia algo que não só fosse ótimo em termos científicos, mas que também pudesse ser acessível ao maior número possível de pessoas”.

A ideia genial de Bekele resultou num sabonete feito a partir de compostos capazes de reativar as células dendríticas, que desempenham um papel protetor na pele humana, capacitando-as a combater as células cancerígenas. A inspiração tem raízes profundas já que o jovem passou os primeiros anos de sua vida na Etiópia, onde viu pessoas a trabalhar sob um sol escaldante.

Pessoas brancas são bem mais afetadas

A mentora de Bekele na 3M, Deborah Isabelle, descreveu o adolescente como alguém comprometido em tornar o mundo um lugar melhor, mesmo para aqueles que ainda não conhece.Segundo a American Cancer Society (ACA), este é cancro da pele mais comum de todos os cancros nos EUA, sendo o melanoma responsável por apenas 1%, mas causando a maioria das mortes por cancro da pele.

A sociedade afirma que as taxas de melanoma têm vindo a aumentar rapidamente nas últimas décadas, especialmente entre as mulheres com mais de 50 anos, e é mais de 20 vezes mais comum em pessoas brancas do que em pessoas negras. Ao mesmo tempo, as taxas de mortalidade do melanoma diminuíram na última década devido aos avanços no tratamento.