Os dentistas estão a alertar sobre os riscos de mastigar gelo, destacando que esta prática pode causar lascas ou até fraturas nos dentes. Mas os riscos não ficam por aqui. Isto porque pode aumentar a sensibilidade a temperaturas quentes e frias. Roopali Kulkarni, porta-voz da Associação Dentária Americana, explica ao USA Today que “o esmalte dos dentes é composto […] por milhares de cristais microscópicos. O gelo também é um cristal, então, quando dois cristais chocam, um deles cede”.
O consumo compulsivo de gelo é chamado de pagofagia, um distúrbio psicológico em que as pessoas ingerem objetos não alimentares. Mastigá-lo pode ocorrer por vários motivos, incluindo tédio, fome, stress, tentativa de deixar de fumar, desejos de gravidez ou simplesmente pelo prazer do som da trituração. A pagofagia tem sido associada à anemia por deficiência de ferro.
A recomendação dos dentistas
A prática prolongada deste hábito pode levar a microfraturas “extremamente dolorosa, e o tratamento inclui extração, enxerto ósseo e colocação de implantes”, alerta a médica.
Para aqueles que mastigam gelo como substituto para deixar de fumar, os especialistas sugerem deixar o gelo derreter na língua em vez de o mastigar, ou evitar completamente o gelo nas bebidas para não ceder à tentação. Granizados ou raspadinhas são alternativas mais suaves para os dentes. Quem procura algo crocante pode optar por cenouras ou fatias de maçã.