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Eco-ansiedade, o receio provocado pelas alterações climáticas

Todos os anos, os impactos devastadores das alterações climáticas causadas pelo homem aumentam globalmente. Contudo, a relação entre saúde mental e mudanças climáticas é, por vezes, insuficientemente abordada pelos investigadores, dada a amplitude e variedade dos seus efeitos.

A linha entre saúde física e mental é, frequentemente, ténue. De acordo com a American Psychiatric Association (APA), “a poluição atmosférica e as temperaturas mais elevadas que acompanham o aumento dos gases com efeito de estufa aumentam significativamente o risco de problemas neurológicos e psiquiátricos, como acidentes vasculares cerebrais e demência.

As consequências das mudanças climáticas são multifacetadas, incluindo alterações na oferta e conteúdo nutricional dos alimentos, contribuindo para condições psiquiátricas, stress decorrente de perda de emprego e até migração forçada.

O luto ecológico e a eco-ansiedade

Assim, emergiram novos termos como o luto ecológico e eco-ansiedade que são utilizados para descrever sentimentos de perda ou ansiedade em relação às mudanças climáticas, incluindo incerteza quanto ao futuro, conforme destacado pela APA.

Um inquérito em 2019 revela que 48% dos inquiridos afirmam ter sofrido impactos em sua saúde mental devido às mudanças climáticas, especialmente nas gerações mais jovens. Um estudo do Lancet mostra que 84% das crianças e jovens adultos, entre 16 e 25 anos, estão pelo menos moderadamente preocupados com as mudanças climáticas, sendo que 59% estão muito ou extremamente preocupados.

Greta Thunberg presa durante protestos

Aconteceu na terça-feira dia 16 de janeiro nas imediações da aldeia alemã de Lützerath, por causa da exploração nas minas de carvão. Greta Thunberg estava presente no meio dos manifestantes e foi afastada pela polícia que em comunicado informou que 50 manifestantes aproximaram-se da mina e por não acatar as ordens de afastamento do local foram presos. 

A ativista Greta Thunberg  foi fotografada a sorrir dentro do veículo da polícia pouco depois de ser detida, o que fortaleceu a presença dos 35 mil manifestantes que protestam agora contra a mina a céu aberto. Prevê-se que a mina ocupe toda a aldeia, implicando o despejo dos moradores.

Economia e urgência climática: tema base em Davos

De acordo com o relatório de sustentabilidade climática Climate Check Survey da Deloitte, 62% dos executivos sentem-se pressionados pelas mudanças climáticas. Estamos num momento histórico na luta pela redução de emissão de gases de efeito estufa, na crise global de energia, guerra e instabilidade económica pós-pandemia.

Os eventos climáticos extremos por todo o mundo são tema em Davos nos próximos dias. Com o lema “Cooperação num mundo fragmentado”, o futuro da economia global vai ser discutida por mais de 2.700 participantes. Entre os portugueses presentes podemos citar António Guterres, Mário Centeno, os presidentes da EDP e da GALP, os CEOs da Sonae e da Jerónimo Martins Agro-Alimentar.

Adaptar e mitigar

Já é realidade para as empresas que as mudanças climáticas estão em curso e que as suas consequências serão sentidas a curto, medio e longo prazo. Os esforços com medidas de adaptação para tornar as estruturas mais resilientes aos impactos ambientais são urgentes. Apesar de alguns líderes considerarem os custos reais dos esforços, a adaptação e a mitigação representa uma oportunidade inexplorada para o setor privado. Até 2070 a inação poderia custar mais de US$ 178 triliões além da fome, seca, pandemias e perda de empregos (Deloitte). Entretanto é claro que aqueles que investirem agora terão atuado na transformação da economia para a construção de um mundo mais forte e resiliente aos impactos catastróficos e ainda poderão lucrar US$ 43 triliões com ações no presente.

Para fazer progressos significativos, o setor privado deve ajudar a desenvolver e implementar estratégias de adaptação. Temos o know-how, influência e escala para fazer isso. E acho que o melhor lugar para começar é envolver o ecossistema mais amplo para criar soluções que facilitem a transição para uma economia de baixo carbono. A compreensão dos riscos locais e a execução de planos são as condições básicas para a adaptação e mitigação que incluem ainda a consideração da diversidade de culturas a garantia das infra-estruturas que suportem os novos padrões climáticos e a ajuda às comunidades na redução dos riscos com o aumento do nível do mar e as inundações.