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4 dicas para preparar o seu filho para os exames nacionais

O mês de maio marca o início das últimas semanas do ano letivo, trazendo consigo os momentos cruciais de avaliação, as provas de aferição e os exames nacionais. Estes provocam grande stress e ansiedade, tanto nos estudantes como nos próprios pais (e encarregados de educação). Assim, a pensar tanto nas crianças como nos adultos, a SaveFamily oferece algumas sugestões para organizar os estudos neste período.

Planificar os estudos

Criar um horário de estudos é fundamental para conseguir distribuir melhor os esforços dos mais novos nesta altura. Para os alunos do primeiro ciclo, que com apenas 7 ou 8 anos já se debatem com tais responsabilidades, é importante mantê-los focados. Contudo, não os deve deixar demasiado stressados com o tempo disponível;

Priorizar por calendário

Ao organizar os estudos, deverão ser consideradas as datas de realização dos diferentes momentos de avaliação. O IAVE disponibilizou já o calendário completo de todas as provas e exames do ensino básico e secundário, o que permite organizar melhor o tempo;

Determinar momentos de descontração

Para uma boa prestação é essencial um estudo organizado, mas também compreender que as crianças precisam de momentos de descontrair e relaxar, de forma a que quando regressem ao estudo, estejam mais motivados para se focarem adequadamente;

Apoiar

O suporte que os pais podem dar aos mais novos é essencial para o sucesso nas provas e exames. Para além do contributo único dos professores, os pais e encarregados devem apoiar e motivar os mais pequenos, seja ajudando a estudar e esclarecendo dúvidas, seja com simples palavras de apoio e motivação.

Além do apoio e organização, é importante implementar estratégias para manter o foco durante os estudos. Com o uso crescente da tecnologia entre os jovens, é fundamental que os pais exerçam um controlo (mais) ativo sobre o conteúdo acessado pelos filhos. Assim, o controlo parental é uma ferramenta indispensável que permite limitar o acesso a conteúdos específicos relacionados com os estudos, preparando os alunos para as próximas avaliações.

1 em cada 3 alunos apresentam sinais de sofrimento psicológico

No âmbito do Plano de Recuperação das Aprendizagens 21|23 Escola +, o Ministério da Educação apresentou o estudo Observatório Escolar: Monitorização e Ação | Saúde Psicológica e Bem-estar, uma iniciativa inédita que permitiu concluir que uma fração significativa da população escolar (um terço dos alunos e cerca de metade dos professores) está em situação de sofrimento e mal-estar emocional. 

Estes resultados são apoiados pela investigação levada a cabo pela Escola Superior de Enfermagem de Coimbra que, no âmbito do Programa + Contigo, avaliou a presença e a severidade de sintomas depressivos numa população de adolescentes em meio escolar e verificou que 32,2% dos adolescentes apresentam depressão e, destes, 17,7% apresentam sofrimento de sintomatologia grave. Também a Universidade de Évora e a Universidade Nova de Lisboa (que estudaram, respectivamente, alunos do ensino superior e docentes) obtiveram resultados numa direção semelhante, com a depressão (7%) a apresentar-se como uma das doenças mais mencionadas pelos estudantes universitários que tinham algum diagnóstico mental e com 60% dos 15 mil docentes estudados a sofrer de exaustão emocional. Finalmente, num artigo por Diogo Costa et. alia, estudou-se a presença de sintomas depressivos em crianças do 1º ciclo do ensino básico, sendo possível associar esses sintomas a fatores como o local de residência e características individuais.

A prevenção e a deteção precoce de doenças como a depressão nas crianças e adolescentes é uma conclusão comum dos estudos referidos, medidas que poderão ser necessárias para evitar o insucesso tanto no ensino como na aprendizagem, uma vez que, de acordo com a Ordem dos Psicólogos, os jovens com perturbação mental estão em maior risco de apresentarem problemas como absentismo, retenção escolar, más notas e mesmo o abandono escolar.

Artigo escrito em colaboração com Raquel Lopes

Imagem: Pixabay

Esta é a melhor forma de estudar eficazmente

Nos últimos anos, com a popularidade crescente da dark academia asthectic, entre outros fenómenos, ter-se-á dispersado, nas redes sociais, uma certa romantização do estudo – mais especificamente práticas de estudo excessivas e obsessivas (por exemplo: estudar de manhã até à noite, sem quaisquer – ou pouquíssimos – intervalos para conviver, relaxar ou sequer dormir). Contudo, além de tais práticas não serem saudáveis e estarem relacionadas com casos de esgotamentos nervosos, depressão e ansiedade, é de fazer notar o facto de que estudar muito não equivale a estudar bem.

Como será explorado no seguinte artigo, os métodos de estudo mais eficazes são sempre aqueles que exigem a atenção total do seu utilizador, desafiando o real conhecimento que este detém do material; por outras palavras: estudo ativo, em vez de passivo. Além disso, certas atividades não diretamente relacionadas com o ato de estudar podem ajudá-lo a alcançar melhores resultados académicos e/ou a aumentar a sua produtividade.

Outras atividades para melhorar o estudo

Dormir 8 horas por dia: passar noites em claro a tentar assimilar, em tempo recorde, a matéria de um semestre inteiro não vai contribuir para a sua educação a longo prazo, além de estar a correr o risco de chumbar. Cientistas da Universidade do Arizona concluíram que, durante o sono, o cérebro treina as tarefas e “revê” os conhecimentos aprendidos ao longo do dia.

Em 2008, a neurologista Teresa Paiva analisou cerca de mil alunos do Instituto Superior Técnico, em Lisboa, tendo concluído que os melhores dormiam 8 horas por noite. Ou seja, o sono é essencial para consolidar conhecimento, então, evite ao máximo fazer diretas antes dos exames – mesmo que tenha adquirido algum conhecimento durante a noite vai estar de tal modo exausto(a) que se poderá esquecer de responder a uma questão, ler mal o enunciado, cometer erros ortográficos ou ter uma “branca” a meio do exame.

Exercício físico: ao realizar atividades físicas de caráter aeróbico (tais como caminhar, correr, nadar ou saltar à corda), aumenta-se a produção de uma proteína chamada BDNF, responsável por formar novos neurónios e mantê-los saudáveis. Como tal, fazer uma caminhada antes dos estudos poderá, em geral, melhorar a sua memória e a capacidade de compreensão.

Repetição espaçada: Herman Ebbinghaus, ao analisar a sua própria memória, desenhou a conhecida “curva do esquecimento”, que demonstra o processo gradual de esquecimento que decorre logo após o nosso cérebro ter captado qualquer evento – o que inclui, naturalmente, a caracterização das personagens d’Os Maias, as queixas do Velho do Restelo (Os Lusíadas) e as tuas fórmulas de química. No entanto, caso reavivemos determinada memória frequentemente – isto é, antes do completo ou total esquecimento da mesma –, é possível mantê-la a longo prazo.

No que concerne aos estudos, pode aplicar a repetição espaçada de diversos modos: desde rever ‘flashcards’ no Metro antes das aulas a discutir múltiplas vezes com alguém sobre o mesmo tópico (de preferência com pessoas diferentes, para que seja obrigado a adaptar os seus argumentos ou a seguir uma nova linha de raciocínio).

Muitos alunos também têm o hábito de rever as notas que tomaram durante as aulas pouco após estas findarem, bem como de as completar enquanto a memória ainda está fresca. Deste modo, é possível recordar diversos factos importantes sem ter de “marrar” a matéria toda na véspera do teste, além de aprender e compreender a matéria em vez de a decorar.

Técnicas para melhorar o estudo

Sistema Leitner: O alemão Sebastian Leitner sugeriu dividir os ‘flashcards’ em 5 caixas. Inicialmente, todos os cartões devem ser depositados na caixa 1. Após rever todos os cartões, aqueles cujo conteúdo não foi memorizado são mantidos na primeira caixa e os restantes cartões passarão para a caixa 2. O processo repete-se até que todos os cartões cheguem à quinta caixa. Normalmente, ao criar flashcards a maioria dos estudantes usa o formato questão-resposta. Caso, durante uma revisão, responda incorretamente à questão de um cartão pertencente à caixa 2, 3, 4 ou 5, o ‘flashcard’ retorna à caixa anterior.  

Mas… porque é que isso haveria de facilitar os estudos? Bem, a verdade é que cada caixa exige a revisão do seu conteúdo a cada X dias: ou seja, os ‘flashcards’ que se revelam mais desafiantes terão de ser revistos todos ou quase todos os dias até que interiorize a informação, enquanto aqueles que estão nas caixas 2 a 5 devem ser revistos com progressivamente maiores intervalos de tempo entre si, de modo a derrotar a já referida curva do esquecimento e, assim, construir memória de longo prazo.

Pode seguir o seguinte cronograma:

– Caixa 1: rever todos os dias

– Caixa 2: rever a cada 3 dias

– Caixa 3: rever a cada 5 dias

– Caixa 4: rever a cada 7 dias

– Caixa 5: rever de 10 a 14 dias 

Técnica de Feynman: Este método foi desenvolvido por Richard Feynman, físico norte-americano que revolucionou a eletrodinâmica quântica e foi laureado com o Prémio Nobel. Para colocar esta técnica em prática basta que explique, em voz alta ou por escrito, um conceito da forma mais simples possível, repetidas vezes. Com cada explicação, dar-se-á conta de alguns erros que lhe haviam passado ao lado previamente e, assim, conseguirá, progressivamente, compreender melhor o tópico em estudo. Esta é uma excelente forma de testar o seu conhecimento, evitar o esquecimento de detalhes relevantes e também de compreender melhor a matéria. 

Pomodoro: A técnica pomodoro parte do princípio cientificamente comprovado de que os seres humanos apenas se conseguem concentrar ininterruptamente por períodos de 25 a 90 minutos. Seguidamente, o mais correto é fazer uma pequena pausa para que o cérebro possa recarregar energia e só depois voltar ao trabalho. Após 4 ciclos de estudo e descanso, é recomendável um intervalo maior antes de voltar aos livros. Na internet, existem ‘pomodoro timers’, já com todas estas particularidades incluídas.

Papel e caneta: por mais prático que seja para muitos escrever num tablet ou computador, múltiplos estudos sugerem que estudar com livros e cadernos em formato físico em detrimento do digital é mais benéfico à retenção de conteúdo, particularmente no que concerne a tirar apontamentos durante as aulas.

Leitura ativa: quer esteja o leitor na faculdade e tenha 5 páginas de bibliografia por cadeira, quer precise de ler o Memorial do Convento este ano, ler de forma ativa é essencial para criar, desde já, apontamentos sobre as suas leituras e também para que leia sempre “com olhos de ler”. Isto pois, caso leia enquanto questiona o texto, resume o conteúdo de cada parágrafo, sublinhe e explique por palavras próprias os conceitos mais relevantes,  vai obrigar-se a prestar atenção ao que está a ler, além de tornar a sua vida mais simples quando precisar de estudar para uma avaliação ou de realizar um trabalho sobre a obra.

Intercalar matéria: O título é auto-explicativo. Consiste na prática de alternar o estudo de um tópico com outro, em vez de bloquear um longo período de tempo para apenas um assunto. A literatura científica sugere que esta estratégia é particularmente útil em disciplinas/cadeiras que requerem resolução de problemas, como física, química ou matemática, uma vez que facilita o estabelecimento de ligações, semelhanças e diferenças entre ideias. O mesmo se aplica a qualquer curso minimamente especializado: por exemplo, se está no ensino secundário e escolheu o curso humanístico-científico de línguas e humanidades, deve ter reparado que o que a matéria de História A muitas vezes coincidente com a que está a ser lecionada nas aulas de Português ou Literatura Portuguesa.

Em conclusão, a busca por métodos de estudo eficazes é essencial para potencializar a aprendizagem e, como resultado, maximizar o sucesso académico, sem recurso a medidas extremas e, como foi explicado acima, desnecessárias. No entanto, é crucial reconhecer que a eficácia destas abordagens pode variar de pessoa para pessoa e a personalização do método de estudo às necessidades de cada um é fundamental, particularmente em casos de TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade), dislexia, dentre outros factores.