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Aumento de pornografia infantil: O Papel da Inteligência Artificial

Recentemente foi publicado um relatório pela Fondation pour l’enfance (Fundação para a Infância francesa), cujos dados divulgados são preocupantes, segundo os especialistas da fundação, no que se refere ao papel da Inteligência Artificial (IA) na disseminação de pornografia infantil online, que está a aumentar.

De acordo com a notícia do portal SAPO Tek, o uso de ferramentas de IA, facilitam a criação de conteúdo ilícito sem limites e de forma mais rápida, que envolvem menores de idade, nomeadamente “vídeos de crianças a serem violadas ou imagens de adolescentes nuas, apenas baseando-se em imagens de rostos reais”.

O apelo dos especialistas sobre a Inteligência Artificial

Devido à acessibilidade e sofisticação dessas tecnologias, o crime de violência sexual contra crianças é banalizado, com uma proliferação em massa desses conteúdos, com o consumo facilitado.

Angèle Lefranc, advogada e responsável da Fundação adverte que “as pessoas não percebem que as fotografias dos seus filhos em fato de banho publicadas nas redes sociais podem ser utilizadas para treinar a inteligência artificial”.

A fundação e os especialistas sublinham a importância de uma abordagem colaborativa entre governos, empresas de tecnologia e jurídicos para atenuar os danos causados por esse uso indevido da Inteligência Artificial, de forma “forte, rápida e coordenada”, apelando ainda para maior uma conscientização pública sobre os riscos associados à utilização irresponsável da IA.

Inteligência Artificial já consegue identificar doenças só ao olhar para a língua

Um grupo de investigadores do Iraque e da Austrália anunciaram a criação de um algoritmo de Inteligência Artificial que pode analisar a cor da língua de uma pessoa para avaliar o estado de saúde em tempo real, com uma precisão de 98%.

Segundo Ali Al-Naji, professor da Middle Technical University em Bagdá e da University of South Australia, a cor da língua pode revelar diversas condições de saúde. “Pessoas com diabetes geralmente apresentam uma língua amarela, enquanto pacientes com cancro podem ter uma roxa com uma camada espessa e oleosa. Já aqueles que sofreram um AVC agudo frequentemente exibem uma língua vermelha com uma forma incomum”, explicou.

Além disso, uma língua branca pode ser um sinal de anemia. Pessoas com Covid-19 grave tendem a ter uma tom de vermelho intenso. Uma língua em tons de índigo ou violeta pode indicar problemas vasculares, gastrointestinais ou asma.

Como funciona?

O sistema desenvolvido inspira-se na medicina tradicional chinesa, que há muito tempo usa a observação da língua como um meio de identificar doenças. Para treinar o modelo de inteligência artificial, foram utilizadas mais de 5.200 imagens. Posteriormente, o algoritmo foi testado com 60 imagens de línguas recolhidas em dois hospitais-escola no Oriente Médio.

Javaan Chahl, coautor do estudo e professor na University of South Australia, destacou que a tecnologia poderá ser incorporada numa aplicação de smartphone capaz de diagnosticar doenças como diabetes, AVC, anemia, asma, problemas no fígado e vesícula biliar, entre outras. Chahl enfatizou que a análise computadorizada oferece um método seguro, eficiente, fácil de usar e acessível para o rastreamento de doenças, combinando práticas tradicionais com técnicas modernas.

Afinal, o que é a Inteligência Artificial?

A Inteligência Artificial (IA) é um campo fascinante da tecnologia que abrange software sofisticado capaz de realizar tarefas de maneira semelhante ao funcionamento do cérebro humano. Esta tecnologia avança ao detetar e responder a características específicas do ambiente, o que inclui a capacidade de aprender a resolver problemas de maneiras inovadoras, reconhecer subtilezas na fala ou demonstrar uma criatividade comparável à humana.

Assim como não existe uma definição única para o pensamento humano, também não há uma linha clara que separe os programas de computador básicos da verdadeira IA. A inteligência artificial pode ser melhor compreendida como um ideal, inspirado na nossa capacidade intrínseca de aprendizagem e resolução de problemas, e não como uma categoria fixa. Esse ideal impulsiona o desenvolvimento de tecnologias avançadas destinadas a tentar resolver algumas das questões mais complexas da humanidade.

A IA manifesta-se em várias formas, entre as quais a “aprendizagem automática”. Esta técnica permite que um programa use informações prévias para aperfeiçoar o seu desempenho em novas situações, aprendendo com experiências passadas e aplicando esse conhecimento em futuras ações. A aprendizagem automática é particularmente eficaz em identificar padrões em grandes volumes de dados, que poderiam passar despercebidos aos olhos humanos.

Uma vertente ainda mais avançada é a aprendizagem “profunda”, que se baseia em redes neurais complexas inspiradas no cérebro humano. Estas podem, eventualmente, operar a um nível muito além do nosso, superando-nos da mesma forma que superamos outras espécies. Espera-se que esses sistemas sejam capazes de tomar decisões que levem a novas formas de aprendizagem, criando arte ou inventando jogos após analisar vastos bancos de dados.

As vozes contra

Contudo, a ascensão da IA não está isenta de riscos. Personalidades como Stephen Hawking e Elon Musk têm alertado sobre os perigos potenciais de uma IA superinteligente, que poderia, eventualmente, tornar-se independente dos humanos. Esta preocupação levou mais de 100 líderes e especialistas em IA a solicitarem à ONU a proibição de robôs assassinos, temendo as consequências imprevisíveis dessa tecnologia.

Além disso, o uso malicioso de IA avançada é uma preocupação crescente. Recentemente, um sistema de previsão de linguagem foi reduzido pelos próprios cientistas que o desenvolveram, devido ao seu potencial perigoso se disponibilizado ao público.

A inteligência artificial já está a transformar o mundo de maneiras inimagináveis há poucas décadas. A questão que permanece é como a humanidade irá escolher fazer uso desta tão poderosa ferramenta. A responsabilidade de moldar o futuro da IA, garantindo que o impacto seja positivo e benéfico, está nas nossas mãos. O desafio será equilibrar a inovação com a ética, garantindo que a IA é usada para o bem comum e não se torne uma ameaça à nossa própria existência.

Inteligência Artificial já consegue identificar Alzheimer com um áudio

Embora as causas da doença de Alzheimer ainda não sejam totalmente compreendidas, os seus efeitos são cada vez mais conhecidos. Como tal, a deteção precoce está cada vez mais eficaz. Um estudo recente da Universidade de Boston apresenta um avanço promissor neste campo. Graças à criação de um algoritmo de inteligência artificial (IA) é possível analisar padrões de discurso e prever a progressão do Alzheimer.

Este novo algoritmo foi desenvolvido para analisar o discurso de pessoas com défice cognitivo ligeiro (DCL) e consegue prever a progressão para a doença de Alzheimer com uma precisão de 78,5%, num período de seis anos. O estudo baseou-se em gravações de voz de 166 indivíduos, com idades entre 63 e 97 anos. Desta forma, a equipa consegue identificar sinais específicos no discurso que estão associados ao declínio cognitivo.

O algoritmo foi treinado utilizando gravações transcritas de voz, e os investigadores sabiam previamente quem tinha desenvolvido Alzheimer, o que facilitou a criação de um modelo de aprendizagem automática. Este modelo consegue agora aplicar-se a novas amostras de discurso, prevendo o risco de Alzheimer com base em padrões identificados. Para uma previsão ainda mais precisa, fatores como a idade e o sexo dos indivíduos foram também incluídos.

Alzheimer: A importância da deteção precoce

“O algoritmo pode calcular a probabilidade de alguém manter a estabilidade cognitiva ou evoluir para a demência”, explica Ioannis Paschalidis, cientista informático da Universidade de Boston. “Queríamos prever o que iria acontecer nos próximos seis anos e conseguimos fazê-lo com uma precisão considerável. Isto demonstra o poder da IA.”

Apesar de não existir cura para a doença de Alzheimer, a deteção precoce oferece várias vantagens. Tratamentos que ajudam a gerir a doença podem ser iniciados mais cedo. Nesse sentido, a deteção antecipada permite mais oportunidades para estudar a progressão da doença e desenvolver tratamentos eficazes. Participantes com alto risco de Alzheimer podem ser incluídos em ensaios clínicos precocemente.

Assim, esta abordagem apresenta-se como uma solução prática e económica, podendo futuramente ser implementada através de aplicações para smartphone. “Se conseguirmos prever o que vai acontecer, temos mais oportunidades para intervir com medicamentos e tentar manter a estabilidade da doença, evitando a progressão para formas mais graves de demência”, acrescenta Paschalidis.

Embora as gravações usadas no estudo fossem de baixa qualidade, espera-se que a precisão do algoritmo melhore com dados mais refinados, levando a uma melhor compreensão das fases iniciais da doença de Alzheimer e das razões pelas quais ela se desenvolve em alguns casos de DCL, mas não em outros.

Dos carros elétricos à Inteligência Artificial, este é o futuro da condução

Um estudo conduzido pela Escolha do Consumidor revelou as preferências e tendências dos consumidores no setor automóvel, destacando a crescente preocupação com a sustentabilidade. Com uma amostra diversificada, as conclusões refletem opiniões de várias faixas etárias e regiões de Portugal.

Os resultados mostram que 35,6% dos consumidores portugueses acreditam que a Inteligência Artificial (IA) substituirá os condutores humanos no futuro. No entanto, em relação aos veículos autónomos, 26,7% têm uma visão negativa, enquanto apenas 4,4% expressam uma opinião positiva.

O papel da Inteligência Artificial

Assim, prevê-se que em 2043 seja comum o uso do carro mediante um pagamento mensal fixo (22,5%) e que algoritmos e IA escolham o modelo de automóvel mais adequado para cada cliente (18,8%). Espera-se também que a venda de carros seja feita online (16,3%) e inclua experiências virtuais, como showrooms online e realidade aumentada (13,75%). A personalização de carros (11,3%) também deverá ser uma tendência.

Ler depois: As 8 características humanas que a Inteligência Artificial não pode substituir

Daqui a 20 anos, os consumidores acreditam que os veículos elétricos ou movidos a energia renovável (43,4%) serão predominantes, assim como a condução autónoma (16,8%). Quanto à composição dos automóveis, os inquiridos creem que serão mais leves e compactos (10,8%) e que as estradas inteligentes vão ligar-se com os veículos (10,8%).

A percentagem de veículos elétricos em Portugal

No estudo, os consumidores destacaram a sustentabilidade como a principal vantagem dos veículos elétricos (32,1%), seguida da poupança a longo prazo (29,6%) e dos baixos custos de manutenção (17,3%). Para veículos a gasolina/gasóleo, uma ampla rede de abastecimento (28,7%) e tempos de “recarga” mais rápidos (26,4%) foram apontados como vantagens significativas.

Relativamente à propriedade de veículos, 77,8% dos inquiridos afirmam possuir um carro próprio. Entre estes, 51,4% têm veículos a diesel e 42,9% têm veículos a gasolina, sendo que apenas 5,7% possuem veículos elétricos.

Dos consumidores que não possuem veículos, 80% têm planos de adquirir um carro num futuro próximo, com 37,5% a preferirem veículos elétricos. Quanto à alternativa mais adequada, 42,2% dos inquiridos não têm a certeza, 31,1% consideram veículos elétricos a melhor escolha, enquanto 26,7% discordam.

ChatGPT recebe funcionalidade há muito desejada e é grátis

A chegada do ChatGPT representa uma das maiores revoluções tecnológicas da era digital, tornando-se uma referência na inteligência artificial. Esta ferramenta Inteligência Artificial continua a evoluir, oferecendo funcionalidades cada vez mais importantes e úteis para os utilizadores.

A presença da IA na sociedade é inegável, como evidenciado pelo recente Mobile World Congress em Barcelona, onde os dispositivos eletrónicos estavam repletos de tecnologia artificial, desde telemóveis a televisões. Grandes empresas tecnológicas como a OpenAI, Microsoft e Google estão a aproveitar este crescimento, implementando sistemas poderosos como o ChatGPT, Microsoft Copilot e Google Gemini.

A novidade trazida pelo ChatGPT

Estes sistemas não só estão a transformar os nossos computadores, como também os nossos smartphones. O ChatGPT, por exemplo, agora permite que as respostas sejam lidas em voz alta, melhorando a interação através de dispositivos móveis.

Para experimentar esta funcionalidade, basta descarregar a aplicação, escrever uma pergunta e selecionar a opção “Ler em voz alta”. Pode até personalizar a voz utilizada nas definições da aplicação. Com a contínua evolução do ChatGPT, a OpenAI visa dominar o mercado de chatbots, melhorando constantemente a comunicação e a linguagem natural. No entanto, vai enfrentar a concorrência acirrada de outros sistemas como o Copilot e o Gemini.

As 8 características humanas que a Inteligência Artificial não pode substituir

A Inteligência Artificial, também conhecida como IA, é uma revolução tecnológica que, nos últimos tempos, tem transformado profundamente a forma como interagimos com o mundo digital. Os impactos são evidentes e cada vez mais notórios na vida quotidiana. Não há dúvidas de que tem inúmeras vantagens, nomeadamente no que toca a setores que vão desde a saúde e a educação até a indústria e a investigação.

Este rápido crescimento tem motivado diversos debates sobre a possível substituição de alguns postos de trabalhos humanos por estas máquinas. No entanto, a verdade é que a IA não substitui a singularidade humana, que desempenha um papel preponderante em muitos setores. 

As características humanas que não são possíveis de substituir

Empatia: É uma qualidade intrinsecamente humana. A tecnologia carece da capacidade de compreender e partilhar sentimentos. O ser humano é sensível à situação dos outros, demonstrando a aptidão de se colocar no lugar do próximo;

Iniciativa: Estas máquinas não têm o dom da iniciativa, que é uma característica humana que transborda em qualquer área de trabalho e que impulsiona a proatividade;

Criatividade: A criatividade é mais um traço humano que pode ser uma ferramenta valiosa na tomada de decisões e no crescimento econômico de uma empresa, uma qualidade que a IA ainda não pode replicar;

Trabalho em Equipa: Mais uma vez, é uma capacidade exclusivamente humana, permitindo a junção de forças e ideias para alcançar metas definidas;

Adaptabilidade: As pessoas têm a capacidade de se adaptar a novos ambientes de trabalho e funções, enquanto as máquinas operam dentro daquilo que é a sua programação;

Compreensão do Ambiente: Os seres humanos interpretam fatores e circunstâncias do mundo real, algo que a IA ainda não é capaz de decifrar;

Consciência, Moral e Ética: Os princípios éticos e os valores pessoais desempenham um papel vital na tomada de decisões, especialmente em situações complexas e ambíguas;

Pensar “Fora da Caixa”: A capacidade de pensar de forma disruptiva e inovadora é uma característica inerentemente humana, embora a IA possa ser programada para realizar tarefas específicas, carece da originalidade e da perspicácia humana;

Portanto, se não há dúvidas de que a Inteligência Artificial traz inovações extremamente valiosas para o ambiente de trabalho, não é menos verdade que as características exclusivamente humanas continuam a ser indispensáveis para o sucesso empresarial e o progresso da sociedade.

WhatsApp rende-se à Inteligência Artificial e ChatGPT ganha concorrente

Mark Zuckerberg, o visionário por trás das gigantes tecnológicas, como o WhatsApp, Facebook e Instagram, anunciou recentemente que algumas funcionalidades em breve estarão disponíveis para todos os utilizadores. Assim, há uma ferramenta que há muito tempo era pedida pelos mais de 3 mil milhões que usam o WhatsApp diariamente que será, finalmente, integrada.

Estamos a falar de Inteligência Artificial (IA). Agora, o WhatsApp apresenta uma adição empolgante à sua lista de contactos. Prepare-se para dar as boas-vindas ao AI Agent, um serviço de IA incorporado que funcionará como um contacto virtual.

O conceito é simples, mas revolucionário: qualquer utilizador poderá conversar com este AI Agent e fazer-lhe perguntas sobre uma variedade de tópicos. Se já usou assistentes de chat com IA, como o ChatGPT ou o Bard da Google, terá uma ideia do que esperar. No entanto, há uma grande diferença: esta IA foi treinada e é gerida pela própria Meta.

Quem é e o que faz o AI Agent?

Este AI Agent estará disponível 24 horas por dia, proporcionando um recurso de consulta contínuo. Os utilizadores poderão usá-lo para diversos fins, nomeadamente obter respostas, ter conversas ou até mesmo dar instruções específicas. Surpreendentemente, esta IA também será capaz de interagir com conteúdo multimédia, como fotos e vídeos, proporcionando respostas contextuais com base no seu vasto treino.

Mas as novidades não terminam aqui! A Meta não pretende restringir este recurso ao uso individual. Nesse sentido, a empresa planeia permitir a integração do AI Agent em conversas de grupo, possibilitando desta forma a partilha de conhecimento com todos os participantes.

Esta funcionalidade promete ser uma resposta abrangente a uma variedade de questões, indo além do alcance dos motores de busca tradicionais. Em suma, o WhatsApp está a revolucionar a forma como interagimos com a IA, trazendo-a diretamente para as nossas conversas diárias. Esta novidade está atualmente em desenvolvimento e já foi detetada na versão beta do WhatsApp, o que indica que em breve estará disponível para Android e iOS.

Tecnologia usada em Fortnite ajuda pessoas com paralisia a voltar a falar

Um estudo realizado em parceria pelas Universidades de São Francisco e Berkeley, nos Estados Unidos, juntamente com o software de jogos Speech Graphics, revelou uma tecnologia inovadora destinada a auxiliar pessoas com paralisia a recuperar a capacidade de fala.

Este dispositivo utiliza eletrodos ligados ao cérebro do paciente para descodificar sinais por meio de inteligência artificial e, posteriormente, reproduzir palavras através de um avatar.

A tecnologia desenvolvida pela Speech Graphics, baseada naquela usada em jogos populares como Fortnite, The Last of Us e The Callisto Protocol, é capaz de expressar algumas emoções. Por enquanto, este estudo representa uma experiência, mas os investigadores acreditam que, em breve, poderá ser utilizado para melhorar a comunicação de pacientes.

O poder da Inteligência Artifical

A pesquisa, publicada na revista científica Nature em 23 de agosto, apresenta o caso de uma paciente de 47 anos chamada Ann, que perdeu a capacidade de fala após um acidente vascular cerebral (AVC) ocorrido há 18 anos.

Assim, foi implantada uma malha fina com 253 eletrodos próxima à região cerebral responsável pela fala de Ann. O dispositivo captava os sinais cerebrais e transmitia-os para um computador. Este dispositivo incluía um algoritmo de inteligência artificial treinado com um vocabulário de até 1.024 palavras. Quando Ann pensava nas frases, o avatar digital reproduzia as palavras com uma voz criada a partir de gravações feitas antes do AVC.

O software alcançou uma taxa de produção de 78 palavras por minuto, com uma média de erro de 25,5%, superando outros softwares usados anteriormente. Por comparação, uma conversa típica geralmente envolve cerca de 160 palavras por minuto. Ann comentou com os responsáveis que o simples ato de ouvir uma voz semelhante à sua era emocionante. Além disso, o avatar digital da Speech Graphics conseguiu reproduzir alguns músculos faciais de Ann para expressar emoções enquanto proferia as palavras.

Tecnologia usada em paciente com ELA

No mesmo dia, outra pesquisa semelhante foi publicada pela Universidade de Stanford, também nos Estados Unidos. Este estudo apresenta uma paciente chamada Pat Bennett, de 67 anos, que sofre de esclerose lateral amiotrófica (ELA), uma condição que resulta na perda de controlo muscular e dificuldades de movimentação e fala.

Nessa investigação, o programa foi treinada com um vocabulário maior com 125 mil palavras e outro mais reduzido com 50 palavras. A tecnologia foi capaz de gerar 62 palavras por minuto com uma taxa de erro de 9,1% para o vocabulário menor e 23,8% para o maior. No entanto, este método envolveu implantes de silicone mais invasivos em comparação com os usados com Ann.

Ambos os estudos apresentaram tecnologias mais rápidas e precisas do que as já existentes. O neurocientista Francis Willett, coautor do artigo de Stanford, comentou que já é possível vislumbrar um futuro em que as conversas com pessoas com paralisia se tornem mais fluídas, precisas e compreensíveis. Por outro lado, o neurocientista computacional da Universidade de Maastricht, na Holanda, Christian Herff, acredita que esses dispositivos poderão tornar-se produtos reais nos próximos anos.

WormGPT, o gémeo do mal do ChatGPT

Criado por um hacker, o WormGPT não se preocupa com ética ou moralidade, podendo ser instruído a realizar tarefas nefastas, como a criação de vírus e tudo o que está associado a práticas ilegais.

O WormGPT foi desenvolvido a partir do código aberto do LLM GPT-J de 2021 e foi treinado com dados relacionados à criação de malware. Basicamente, foi concebido para gerar malware e modelos de phishing por email. Este é claro um exemplo de como algumas ferramentas de Inteligência Artificial podem representar ameaças significativas.

Em muitos aspetos, o WormGPT funciona de maneira semelhante ao ChatGPT. Isto porque recebe pedidos em linguagem humana e, em poucos segundos, gera respostas que vão desde resumos até códigos. 

WormGPT foi “altamente persuasivo”

Num teste levado a cabo pela SlashNext, as capacidades do WormGPT foram descritas como “inquietantes”. Instruíram a IA do chatbot a desenvolver um e-mail de phishing, também conhecido como ataque de comprometimento de e-mail comercial (BEC).

Como era de esperar, o WormGPT foi capaz de produzir um resultado extremamente convincente. Criou algo “notavelmente persuasivo, mas também estrategicamente astuto, mostrando o potencial para ataques sofisticados de phishing e BEC”, conforme relatado.

Adrianus Warmenhoven, especialista em segurança cibernética da NordVPN, apelidou o WormGPT de “o lado maligno do ChatGPT”, conforme relatado pela PCGamer.Explica ainda que o WormGPT surgiu como resultado de um constante “jogo de gato e rato” entre as restrições impostas pela OpenAI ao ChatGPT e a procura dos agentes maliciosos para contorná-las.