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IRS: Salários até 1.175€ livres de descontos em setembro e outubro

O Governo já publicou as novas tabelas de retenção na fonte para o Imposto sobre Rendimentos Singulares (IRS). Tal como o Ministério das Finanças tinha adiantado, os contribuintes teriam de ser compensados pelos descontos realizados a mais nos salários desde o início do ano, por ser uma descida com retroativos a janeiro.

Em setembro e outubro, todos os trabalhadores dependentes vão ver o valor líquido do salário subir. Na prática, o Estado vai devolver – em duas parcelas – todo o valor que foi pago a mais em IRS e que não está em conformidade com as novas tabelas de retenção na fonte. Acima de tudo, a meta é que todos passem a descontar menos a partir de novembro

Assim, todos os trabalhadores dependentes com salários até 1.175 euros brutos ficam isentos de pagamento deste imposto durante dois meses. A medida tem caráter extraordinário apenas para colocar em marcha o mecanismo de correção dos nove salários recebidos com as anteriores tabelas (oito meses + subsídio de férias).

Depois, a partir de novembro passam a ser aplicadas as novas tabelas de retenção na fonte, para fazer cumprir a descida do IRS votada no Parlamento. Os descontos voltam a incluir todos os rendimentos a partir dos 935 euros. No caso dos reformados, a partir dos 937 euros para não casados sem filhos. A isenção extraordinária nas pensões é aplicada até aos 1.202 euros brutos. Nessa altura, passam a ser aplicadas novas taxas inferiores às que estiveram em vigor entre janeiro e agosto.

As alterações foram aprovadas no Parlamento com os votos a favor do PS e do Chega e o PSD (no Governo) votou contra.

Salários com menos IRS. Mas quanto?

O Ministério das Finanças publicou alguns exemplos para explicar como será feito o cálculo do reajuste de salários em setembro/outubro e a partir de novembro.

Por exemplo: Um contribuinte solteiro sem filhos com um salário até 1.000 euros brutos descontava até agora 82 euros para IRS (à taxa de 8,2%). Em setembro e outubro passa a pagar zero mas em novembro e dezembro volta a descontar. Porém, a taxa de imposto desce para os 7,6% e passa a entregar ao Estado 76 euros. A poupança real será de apenas 8 euros.

Do mesmo modo, um trabalhador também solteiro sem filhos mas que aufere um ordenado de 1.500 euros brutos, descontava até agora 203 euros de IRS. Com o ajuste de setembro e outubro, vai pagar apenas 12 euros. Em novembro, volta a aproximar-se do que pagava antes (189 euros). A taxa cobrada era de 13,5% e passa para 12,6%.

No caso dos pensionistas e reformados, o período de ajuste de rendimentos pode estender-se até novembro

Quem ficou desempregado durante o ano de 2024 não terá direito a reembolso. Os trabalhadores que receberam aumentos salariais saem beneficiados, porque o fisco vai considerar que aqueles contribuintes obtiveram os novos rendimentos desde janeiro.

Todas os casos que não sofrerem ajustes agora, serão tratados em 2025, na campanha de apuramento de IRS.

IRS tem taxas mais baixas. Mas mudanças só a partir de setembro

Já estão em vigor novas taxas e escalões relativos ao Imposto sobre Rendimentos Singulares (IRS), mas efeitos desta alteração só serão sentidos a partir de setembro. Só nesse mês deverão estar disponíveis as novas tabelas de retenção na fonte.

O Parlamento aprovou a proposta do PS contra a vontade do Governo. As novas taxas foram agora divulgadas mas, na prática, sem as tabelas de retenção na fonte – que hão-de ser divulgadas em setembro – não será possível perceber qual o ganho real para os portugueses.

Para já, sabe-se que a maioria dos trabalhadores vai poder contar com mais dinheiro disponível ao final de cada mês. Pode ser muito ou pouco – dependendo da perspetiva e de quanto cada contribuinte ganha. No entanto, não é um aumento. Os portugueses vão descontar menos.

As mudanças terão retroatividade a janeiro. O Governo ainda terá de explicar a forma como vai funcionar.

A redução das taxas aplica-se até ao sexto escalão do IRS. Ou seja, aos contribuintes cujo rendimento coletável é 39.791€ por ano. Mas como o IRS é um imposto progressivo, todos os trabalhadores acabaram por beneficiar.

Novos escalões e taxas de IRS

1º escalão (até 7.703€/ano)
– A redução será de meio ponto percentual, passa dos 13,5% para 13%. 

2º escalão (de 7.703€ até 11.623€)
A taxa passa dos 18% para os 16,5%. 

3º escalão (de 11.623€ até 16.472€)
Passa a ser aplicada uma taxa de 22%. Antes era 23%.

4º escalão (16.472€ até 21.321€)
A descida da taxa é de 1% e passa a ser de 25%.

5º escalão (21.321€ até 27.146)
Passa a ser tributado a 32%. A tributação antiga era de 32,75%.

6º escalão (27.146€ até 39.791€)
A taxa reduz de 37% para 35,5%.

Os três últimos escalões não sofrem mexidas nas taxas, mas sim nos limites. O sétimo escalão passa a ter um limite máximo de 43.000€ (43,5%) e o oitavo situa-se no intervalo seguinte até aos 80.000€ (45%).

O nono escalão engloba todos os rendimentos coletáveis superiores a 80 mil euros por ano. Assim, nestes casos aplica-se uma taxa de 48%.

Dedução específica

A alteração ao código do IRS traz outra novidade. Há mais de uma década que a parcela de rendimento isenta do IRS estava congelada. Passa a evoluir em função do Indexante dos Apoios Sociais (IAS). O IAS é um valor que serve de referência à atribuição de diversos subsídios e apoios sociais.

Dessa forma, a dedução específica passa para 4.350,24€. Uma subida de 6%, ou seja, 246,24€.

Segundo o jornal ECO, que cita um representante de uma sociedade de advogados, o bónus “irá beneficiar os ganhos obtidos em 2024 com efeitos na liquidação do IRS de 2025, aquando da entrega da declaração do imposto.”

Explica o ECO que a dedução específica “é um instrumento que permite descontar um determinado montante ao rendimento anual declarado, baixando assim os ganhos sujeitos a IRS. Assim, quanto maior for a dedução, menor será a carga fiscal sobre salários e pensões”.

IRS: Estado reembolsa 3,1 mil milhões de euros aos contribuintes

O Estado reembolsou aos contribuintes mais de três mil milhões de euros relativos ao apuramento do IRS do ano passado. O valor divulgado pelo Ministério das Finanças representa um aumento de quase 60 milhões de euros comparativamente a 2022.

A campanha de liquidação do Imposto sobre Rendimentos Singulares decorreu entre 1 de abril e 30 de junho deste ano. Dessa forma, foram entregues e liquidadas mais de seis milhões de declarações.

Numa nota enviada às redações, o Ministério das Finanças destaca o aumento do número de declarações entregues. “Até ao dia 1 de agosto, a Autoridade Tributária e Aduaneira liquidou cerca de seis milhões de declarações de IRS relativas aos rendimentos obtidos em 2023, verificando-se um aumento de 1,1% face ao ano anterior.”

Ao todo, 2,9 milhões de declarações deram origem a um reembolso do IRS. Ou seja, significa que, ao longo do ano, os contribuintes retiveram imposto a mais e, feitas as contas, o Estado tem agora de o devolver.

No sentido contrário, houve 1,2 milhões de notas de cobrança de IRS, no valor total de 2,2 mil milhões de euros. O valor cobrado foi menor em relação a 2023. No próximo ano, o cenário pode alterar-se devido à mexida nas tabelas de retenção na fonte durante este ano.

Aliás, o alívio adicional do IRS que o atual Governo vai introduzir em setembro (votado pelo PS e Chega no Parlamento), pode acentuar ainda mais os efeitos da retenção na fonte dos contribuintes até ao 6º escalão (até 39.791€ anuais). Assim, há contribuintes que poderão receber menos, não receber, ter de pagar ou vir a pagar mais.

Prazo de reembolso do IRS

Ao contrário da previsão inicial do Governo, o prazo médio de reembolso do IRS foi de 24 dias. Inicialmente, havia uma previsão de 15 dias para reembolso aos contribuintes.

Nos casos em que foi utilizado o IRS Automático, o prazo de reembolso não ultrapassou os 13 dias.

Terminada a fase de apuramento, o Estado tem agora até 31 de agosto para liquidar o IRS na totalidade, o que inclui os reembolsos. Por sua vez, os contribuintes que tiverem de pagar imposto ao Estado, têm até à mesma data para o fazer. 

Reembolso de propinas: Tens ou não direito?

Os estudantes que terminaram as licenciaturas e os mestrados em 2023 já estão a receber o reembolso do valor que pagaram pelas propinas nas contas bancárias. O Governo anterior implementou a medida mas só tem efeitos práticos agora, já sob gestão do executivo social-democrata.

Os reembolsos não são automáticos. Nesse sentido, era necessário que os estudantes preenchessem um formulário eletrónico para os receber e a data limite era 31 de maio

Assim, milhares de jovens candidataram-se e muitos são elegíveis a receber o dinheiro. O Ministério da Educação recebeu mais de 175 mil pedidos. O prémio salarial oscila entre os 697 euros – pago por cada ano de licenciatura – e os 1.500 euros – igualmente reembolsados aos estudantes –  por cada ano de mestrado.

Quem tem direito ao reembolso?

A devolução de dinheiro pago pelas propinas obedece a várias regras que, desde logo, tornam milhares de estudantes inelegíveis a recebê-lo. 

O prémio aplica-se a jovens trabalhadores residentes em Portugal, com idade até aos 35 anos à data de atribuição do benefício. Quem completar 36 perde direito ao apoio. É necessário completar a licenciatura ou o mestrado a partir do ano de 2023 e seguintes. Estão, ainda, incluídos os graus académicos obtidos no estrangeiros, desde que reconhecidos em Portugal.

É igualmente necessário que os jovens tenham rendimentos por trabalho dependente ou independente (categorias A ou B). Além disso, a declaração de IRS (preenchida isoladamente dos pais) teria de ser entregue no prazo legal. Os candidatos devem ter também a situação tributária regularizada.

O prémio também se aplica a licenciados e mestres que tenham obtido o grau académico em data anterior a 2023, desde que o número de anos decorridos desde a atribuição do grau académico seja inferior ao número de anos do ciclo de estudos.

Assim, um jovem que tenha concluído o mestrado em 2021 já não tem direito a receber de volta o valor pago pelas propinas, uma vez que já passaram os referidos dois anos sobre o grau académico.

Outra dúvida surge em relação aos recém-graduados que se encontram em situação de desemprego. Nestes casos, os jovens só podem pedir o apoio quando começarem a trabalhar, desde que não tenham passado os anos correspondentes à duração do curso.

Como é feita a devolução das propinas?

O reembolso das propinas é feito através de transferência bancária. O IBAN deve estar devidamente atualizado no portal da Autoridade Tributária e Aduaneira.

Tem IRS para pagar? Pode fazê-lo em prestações

Para muitos portugueses, chegou o momento de fazer contas para pagar o IRS. A entrega da declaração anual nem sempre significa um reembolso. Aliás, 2024 pode mesmo marcar o início da cobrança do imposto pelo Estado para muitos contribuintes. Representa quase sempre um encargo adicional sobre as famílias. Mas para esses casos, as Finanças têm disponíveis planos de pagamento em prestações.

A liquidação do IRS fracionada é, geralmente, destinada a agregados em maiores dificuldades. São, por norma, os que não conseguem pagar de uma só vez. Porém, também há quem decida fazê-lo por opção. Mas atenção: o pagamento em prestações implica a cobrança de juros de mora.

“São uma taxa aplicada sobre o valor de uma dívida ou obrigação financeira que não é paga dentro do prazo acordado. Assim, esses juros são aplicados sobre o valor devido e destinam-se a compensar o credor pelos danos causados pelo atraso”, explica o banco Santander no portal online.

Quem pode pagar o IRS em prestações?

Ainda que exista esta saída, o contribuinte deve, primeiramente, refletir se opta pelo pagamento do IRS em prestações. Depois, há situações em que os contribuintes não são elegíveis. Por exemplo, quando existem outras dívidas ao fisco.

Para pedir a liquidação do IRS nesta modalidade deve saber:
– A declaração anual deve ser entregue dentro do prazo (30 de junho);
– O valor em dívida não pode ser inferior a 204€ nem maior que 5.000€.
– Os contribuintes com IRS automático também estão incluídos.
– Datas: Entre 31 de agosto e 15 de setembro.

Quanto se paga de juros?

Segundo o Santander, “a taxa de juro de mora aplicável às dívidas do Estado em 2024 é de 8,876%

Os juros de mora associados ao IRS têm vindo a aumentar nos últimos anos. São, por norma, bastante altos. Por isso, o valor final que os agregados acabam por pagar é substancialmente superior ao valor da dívida que tinham.

Fracionamento do valor em dívida

Segundo a DECO Proteste, existe um máximo de 12 prestações, mediante o volume da dívida. O valor é dividido em parcelas iguais. Será, depois, pago um adicional correspondente aos juros de mora.

Em síntese, segundo os cálculos da Caixa Geral de Depósitos, um agregado que tenha 1.000€ de IRS em dívida e decida pagá-los em quatro prestações, terá um encargo mensal adicional de 22,19€. A prestação fica em 272,19€. 

Assim, ao fim dos quatro meses terão sido pagos quase 90 euros a mais.

Depois de pedido e aprovado, é enviada mensalmente uma carta para a morada do contribuinte com  o respetivo valor a pagar. Qualquer falha implica o vencimento das restantes que estavam previstas. Além disso, é instaurado um processo de execução fiscal, com a cobrança coerciva da dívida em causa.

IRS Jovem: Salvador Martinha questionou, Montenegro respondeu

O anúncio da redução do IRS Jovem para os contribuintes até aos 35 anos está a gerar uma onda de reações nas redes sociais. E não passou ao lado de quem mais gosta de comentar a atualidade. Ainda mais de Salvador Martinha, que aproveitou a deixa e, no dia do anúncio das alterações, escreveu no “X”: “Digam-me como posso perder 6 anos.”

“Vocês que percebem disto, esta medida do IRS para os jovens é incrível, certo? Se sim, digam-me como posso perder 6 anos.”

Contudo, o comentário do humorista teve resposta. Aliás, vinda precisamente da conta do chefe de Governo, Luís Montenegro. “A redução é grande: 2/3 do IRS para jovens até aos 35 anos. Mas não conseguimos reduzir a idade…”, rematou também no “X”, antigo Twitter.

IRS Jovem: “Não me estou a sentir incluído”

A resposta de Salvador Martinha à reação do primeiro-ministro surgiu depois através do Instagram e em forma de reposta no “X”. Salvador Martinha publicou um vídeo. “Muito obrigado por ter respondido à minha mensagem. Fiquei contente. Sinto-me lisonjeado”.

Nesse reels, mostra-se contente com a medida, porém excluído. E até fez uma referência a um conhecido jogo de tabuleiro para explicar que há medidas que deviam ser para todos.

“Qual é o segredo do Monopoly? É que era para toda a gente. Está lá nas instruções do jogo: dos 0 aos 99. Diz mesmo. O que é que eu gostava? Toda a gente estava incluída naquele jogo. Neste novo Monopoly não me estou a sentir incluído.” Por fim, remata: “Se pudesse esticar um bocadinho a medida dos 0 aos 99, eu agradecia”, concluiu. 

A publicação de Salvador Martinha, que completou 41 anos em abril, recebeu inúmeras reações e comentários dos seus seguidores.

Imagem: @salvasmartinha no Facebook

Jovens até 35 anos passam a pagar, no máximo, 15% de IRS

Está aprovada a proposta do Governo que introduz alterações ao IRS Jovem. A partir de 1 de janeiro de 2025, todos os contribuintes jovens até aos 35 anos de idade terão um teto máximo de imposto de 15%. 

A redução na taxa aplica-se a todos os trabalhadores com rendimentos até ao 8º escalão. Ou seja, que ganham até cerca de 6.000 euros brutos mensais (81.199 euros por ano). Aliás, o primeiro-ministro assume que os baixos salários dos jovens portugueses fazem com que a taxa a pagar pela maioria se situe, em média, entre os 4,4% e os 8%

“A verdade é que a maioria dos jovens ganha muito menos que os rendimentos do 8º escalão”, reconheceu o chefe de Governo. Ainda assim, o executivo garante que nenhum jovem fica pior e até os rendimentos mais baixos vão sentir a medida.

A ministra da Juventude explica que um jovem com um salário bruto de 1.000 euros vai conseguir poupar cerca de 940 euros por ano. No caso de um vencimento de 1.500 euros, a poupança anual é de quase 2.000, exemplificou Margarida Balseiro Lopes.

Ao todo, a alteração agora aprovada ao IRS Jovem tem um impacto previsto de 1.000 milhões de euros nas contas públicas.

Governo precisa dos jovens… e do Parlamento

“Nós portugueses, nós Governo, nós comunidade precisamos dos jovens portugueses em Portugal, para termos todos mais futuro. A frase é do primeiro-ministro. 

Mas se o Governo precisa que os jovens fiquem, para fazer entrar em vigor esta alteração, o Governo também vai precisar do Parlamento. Mas o PSD/CDS não tem a maioria no hemiciclo. Eventualmente será necessário negociar ou convencer o PS (ou o Chega) a votar a favor da proposta.

Jovens podem escolher

O Governo garante que os jovens até aos 35 anos que já beneficiam do IRS Jovem podem optar por se manter no regime atual ou escolher migrar, consoante o que for mais favorável.

Reembolso de IRS até 10 euros não será pago

A regra não é nova e aplica-se novamente este ano aos cálculos do Imposto sobre os Rendimentos Singulares (IRS) relativos a 2023. Todos os contribuintes com direito a um reembolso inferior a 10 euros não o vão receber. O fisco relembra que, por lei, o mesmo se aplica às cobranças de IRS inferiores a 25 euros

A campanha de apuramento já decorre e termina a 30 de junho. Ao todo, o Estado espera receber mais de seis milhões de declarações. É, por isso, uma altura em que milhares de portugueses aguardam pelo reembolso de valores pagos a mais em sede de retenção na fonte.

Não faz sentido as pessoas receberem em casa valores pequenos para pagar. Quanto ao reembolso podemos argumentar porque há pessoas a quem nove euros de reembolso é dinheiro”, explica à SIC Gonçalo Rodrigues, Presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos.

Cobrança e reembolso de outros impostos

A Autoridade Tributária e Aduaneira recorda ainda que existem outros impostos que não são cobrados ao contribuinte se o apuramento final resultar num valor inferior a 10 euros.

O Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), o Imposto Único de Circulação (IUC) e o Imposto sobre Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT, no caso de transações de casas) são alguns exemplos.

Valor de reembolso poderá ser menor. Porquê?

Como a TejoMag já recordou anteriormente, o apuramento do IRS é sempre referente ao ano anterior. Ou seja, os cálculos que estão agora a ser feitos são relativos ao ano fiscal de 2023. Logo, as alterações feitas às tabelas de retenção na fonte no ano passado vão ter impacto nas contas de apuramento. 

A lógica é simples: Se descontou menos, recebe menos (isto se tiver direito a reembolso). Os especialistas em finanças pessoais recordam que o ideal é não receber nem pagar, pois significa que descontou exatamente o que era devido ao Estado.

Em 2025, as contas voltam a mudar. As alterações ao código do IRS (que ditaram e vão ainda ditar novas descidas na retenção na fonte) vão baixar ainda mais os reembolsos. Alguns contribuintes poderão vir ter de pagar IRS.

IRS e agora as portagens: o que se passa no Parlamento?

E já vão duas. Em apenas um mês em exercício, o Governo já soma derrotas na Assembleia da República. Primeiro com as propostas para redução do IRS e, depois, com a abolição das portagens nas ex-SCUT (Vias sem custos para o utilizador).

Os debates tensos não escondem a divisão que há no hemiciclo. Do primeiro grande teste a Luís Montenegro saiu uma nota negativa. O Parlamento aprovou, na generalidade, as propostas do PS, Bloco de Esquerda e PCP que introduzem alterações ao Imposto sobre Rendimentos Singulares, mas diferentes das que o Governo sugere implementar.

A proposta do executivo, que desceu à especialidade sem aprovação, prevê uma redução adicional entre 0,25 e 3 pontos percentuais nas taxas que incidem do 1.º ao 8.º escalões de rendimento. A maior descida incide assim sobre os rendimentos mais altos

Já a proposta do PS, aprovada com o sim de toda a esquerda e a abstenção do Chega e da Iniciativa Liberal, é construída em moldes distintos. Defende reduções mais acentuadas das taxas do IRS sobre os escalões de rendimento mais baixos, nomeadamente entre os 1.000 e 2.500 euros brutos.

A aprovação aconteceu dado que os os 80 votos do PSD e CDS foram insuficientes contra os 92 da esquerda, já que Chega e Iniciativa Liberal (IL) se abstiveram. A aproximação das propostas do Chega e do PS levaram o partido de André Ventura a abrir caminho à passagem da proposta socialista. O PSD acusa o partido de furar acordos.

Adeus portagens. Há hipocrisia e incoerência?

A segunda derrota do Governo resume-se numa sigla: SCUTS (ou ex-SCUTS). O fim da cobrança de portagens nas antigas autoestradas sem custos para os utilizadores foi também aprovada contra a vontade do executivo. Mas desta vez, o Chega votou ao lado de toda a esquerda e fez aprovar a proposta do PS (Aliás, foi uma das bandeiras de Pedro Nuno Santos durante a campanha eleitoral). 

O PSD e o CDS propunham um desagravamento gradual do valor a cobrar aos automobilistas. Ainda tentaram baixar a proposta à especialidade mas sem sucesso. Foi rejeitada com os votos do PS, Chega e PCP. A IL esteve ao lado do Governo e a restante esquerda absteve-se.

Os partidos das governação acusam PS e Chega de hipocrisia e incoerência, ao levar ao Parlamento uma coligação negativa, com a discussão propostas que o anterior Governo considerava impossíveis. PS e chega recusam as acusações.

Por isso, se o projeto avançar como previsto, a partir de 1 de janeiro de 2025, deixará de haver portagens na A4, A13 e A13-1, A22, A23, A24, A25 e A28. O custo da medida socialista está projetado em 157 milhões de euros. As concessionárias já pediram explicações. Falam já na criação de medidas de compensação.

As duas primeiras derrotas do Governo terão, naturalmente, custos que o executivo não planeou para a legislatura que agora começa. Mas certo é: prometiam-se quatro anos de Governação tensos. Luís Montenegro diz que o Governo está firme e que vai cumprir o programa, só não esperava, talvez, que houvesse um travão tão forte à governabilidade. Resta saber: Não há duas sem três?

Imagem: parlamento.pt

Finanças alertam para novas burlas relacionadas com o IRS

A Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) alerta para esquemas de phishing e roubo de dados que estão a circular através de e-mails enviados aos utilizadores. As mensagens de correio eletrónico surgem em nome das Finanças, mas com textos sobre alegadas divergências ou erros nas declarações do IRS. É a segunda vez que acontece este ano.

Em primeiro lugar, aparece escrito que os documentos são inválidos ou que até há direito a reembolso. Depois, sugere-se que os utilizadores cliquem num link. A partir desse momento a operação de roubo de dados estará em curso.

“Estas mensagens são falsas e devem ser ignoradas. O objetivo é convencer o destinatário a aceder a páginas maliciosas. Em caso algum deverá efetuar essa operação”, alerta a AT.

Os e-mails fraudulentos são habituais. Muitas vezes, é utilizada uma imagem gráfica muito parecida com a da Autoridade Tributária. Nesta altura do ano, os esquemas de fraude são frequentes, sobretudo na altura da entrega do IRS.

Identifique e-mails falsos das Finanças

No entanto, há pormenores a ter em conta e que ajudam a identificar tentativas de fraude, através de e-mails suspeitos.

A Autoridade Tributária aconselha os utilizadores a verificarem, em primeiro lugar, o remetente. Podem fazê-lo a passar com o cursor por cima do link, mas sem clicar. Aparecerá depois uma hiperligação e será evidente se se trata de um site oficial ou malicioso

Há também outros pormenores em que os e-mails fraudulentos podem ser facilmente identificáveis: Erros de português, a utilização do português do Brasil ou assinaturas com nomes considerados fora do comum. 

Este tipo de e-mail deve ser ignorado e os links nunca devem ser acedidos. Em caso de dúvida, os utilizadores deverão contactar diretamente os serviços do Estado.