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Author Archive by Sérgio Aleluia

Certificados de Aforro: O que fazer quando morre o titular da conta

É uma dúvida comum e, sobretudo por desconhecimento, o dinheiro que os portugueses investem em Certificados de Aforro acaba perdido. Assim, em caso de morte do titular, os herdeiros legais têm direito a pedir o reembolso do dinheiro investido. Podem também tornar-se os titulares das respetivas contas.

Para ter acesso aos Certificados de Aforro, os herdeiros devem iniciar um processo de habilitação de herdeiros numa loja dos CTT. Mas há regras. Em contrapartida, são vários os documentos a apresentar. Primeiramente, é necessário preencher o ‘modelo 706’. Todos os herdeiros (ou quem os represente) têm de assinar.

Documentos necessários:

  • Escritura notarial de habilitação de herdeiros da pessoa que faleceu;
  • Comprovativo de participação de transmissões gratuitas;
  • Cartão do cidadão do titular e de todos os herdeiros que pedem os certificados;
  • IBAN em contas de aforro já existentes.

Divisão de Certificados de Aforro por herdeiros

Se houver mais que um herdeiro, também é possível dividir as unidades de Aforro investidas entre todos, desde que seja assegurado o princípio da divisibilidade de unidades. Os herdeiros devem adicionar mais documentos, entre eles o testamento do titular.

Se o processo avançar, os Certificados de Aforro são imobilizados até que haja uma decisão.

Estado encaixa milhões com Certificados não reclamados

Em 2022, o Estado português arrecadou mais de 2,5 milhões de euros em Certificados de Aforro que não foram reclamados após a morte dos titulares. O dinheiro acabou transferido para o Fundo de Regularização da Dívida Pública. 

Assim, nos últimos cinco anos, foram encaixados mais de 18 milhões de euros pelo Estado porque os pedidos de resgate não foram feitos. Em vários casos, quando os pedidos eram realizados, já estavam fora do prazo de 10 anos previsto na lei.

Ainda não é desta. BCE mantém taxas de juro acima dos 4%

O Banco Central Europeu (BCE) decidiu novamente não mexer nas taxas de juro de referência para a Zona Euro. A decisão saiu da última reunião de governadores, embora já fosse expectável que não houvesse novidades. 

“Prudência” foi a palavra-chave do encontro. O controlo da inflação esteve no centro das atenções. Foi, no entanto, deixada a porta aberta à descida das taxas de juro no verão.

“Embora a maioria das medidas da inflação tenham registado novo abrandamento, as pressões internas sobre os preços permanecem elevadas, devido, em parte, ao forte crescimento dos salários”, explica o BCE em comunicado. Nota, no entanto, que “os anteriores aumentos das taxas de juro continuam a pesar sobre a procura, o que está a ajudar a reduzir a inflação.”

Nas projeções mais recentes, o Banco Central Europeu aponta para uma inflação média de 2,3% em 2024, 2% em 2025 e 1,9% em 2026.

Taxas de juro sem mexidas há 6 meses

Com a decisão do BCE, as taxas de juro diretoras continuam acima dos 4%, com a taxa aplicável às principais operações de refinanciamento a manter-se nos 4,5%, valores historicamente altos.

Screenshot-102-300x200 Ainda não é desta. BCE mantém taxas de juro acima dos 4%

Ciclo de descida? Talvez no verão

A Presidente do Banco Central Europeu (e a maioria dos governadores) ainda não está confiante na sustentabilidade da descida da inflação na Zona Euro. Em conferência de imprensa, Christine Lagarde explicou que, em junho, haverá dados mais fortes que conduzam ao esperado ciclo de descida das taxas diretoras.

“Precisamos claramente de mais provas, de mais detalhes. Saberemos um pouco mais em abril, mas saberemos muito mais em junho”, disse a responsável do BCE.

 

CNE esclarece que cada voto será respeitado nas eleições

A Comissão Nacional de Eleições (CNE) garante que as mesas de voto vão funcionar normalmente em todo o país no dia 10 de março, data em que os portugueses voltam a ser chamados a votar para as eleições legislativas antecipadas.

Num curto comunicado, a CNE esclarece que no seguimento das várias questões levantadas sobre o funcionamento das mesas, “o voto de cada cidadão vai contar exatamente como ele escolheu”. 

“As mesas de voto são compostas por cidadãos indicados por todos os partidos ou coligações que concorrem à eleição. A CNE intervém sempre que tenha conhecimento de situações em que não esteja garantida a pluralidade na composição das mesas de voto”, explica.

Sobre o sistema eleitoral, acrescenta ainda que se caracteriza por uma ampla participação dos partidos e dos cidadãos. “Estas características constituem a razão última para que, nos 50 anos vividos em democracia, nenhum resultado eleitoral tenha sido globalmente contestado.”, conclui.

 

A “piada de mau gosto” que levou ao esclarecimento sobre eleições

Em causa está uma polémica que envolve um militante do Bloco de Esquerda (BE) do círculo eleitoral de Aveiro que, através das redes sociais, prometeu anular os votos que pertencessem ao Chega e à Aliança Democrática. A pessoa em questão tinha sido indicada pelo BE para estar presente na mesa no dia das eleições.

O partido liderado por Mariana Mortágua solicitou depois ao responsável que apagasse a publicação e pedisse dispensa da mesa de voto onde iria colaborar. O Bloco de Esquerda fala numa “piada de mau gosto”.

O Presidente do Chega, André Ventura, admitiu fazer uma participação sobre o caso e chegou a pedir a demissão do porta-voz da CNE.

Legislativas: É ilegal publicar fotos do boletim de voto preenchido?

São cada vez mais os portugueses que, no momento de exercer o direito de voto, publicam fotografias ou divulgam textos sobre o assunto através das redes sociais. Muitos desses posts são acompanhados com imagens dos respetivos boletins de voto. Alguns até aparecem já preenchidos com a cruz numa das forças políticas concorrentes às legislativas ou com mensagens, ilustrações ou com as opções de voto rasuradas. Nestes últimos casos, o voto torna-se nulo no momento da contagem.

É nesta ocasião que surge uma dúvida: é ilegal publicar fotografias do boletim de voto já preenchido nas redes sociais? A dúvida foi esclarecida numa das mais recentes edições do Polígrafo SIC, depois de divulgada uma imagem com um boletim de voto, por ocasião do voto antecipado no estrangeiro.

Na prática, não é ilegal. Mas depende.

Segundo o Código Penal, é proibido tomar conhecimento ou divulgar o sentido de voto de outra pessoa. Sendo secreto, ninguém está obrigado a revelar em quem vota. A violação do segredo de escrutínio pode ser punida “com pena de prisão até 1 ano ou com pena de multa até 120 dias”. 

Neste caso avaliado pelo Polígrafo SIC, como se tratava de um voto exercido antecipadamente, não existiu qualquer violação. Até porque foi a pessoa que decidiu revelar o próprio sentido de voto.

Ou seja, se alguém decidir revelar o sentido de voto não está a cometer infração ou crime. Não. A menos que o faça em determinados dias. Quais?

O esclarecimento da Comissão de Eleições. Legislativas a caminho.

Revelar livremente o voto através de uma publicação nas redes sociais, por exemplo, não é permitido em pleno. Em declarações à SIC, a Comissão Nacional de Eleições (CNE), que fará uma vez mais a monitorização das legislativas deste ano, explica que é proibido divulgar o sentido voto no dia de reflexão ou no dia oficial de ida às urnas (neste caso, a 9 ou 10 de março). 

 

Ponte Salazar? Google já retificou nome e promete estar atenta

Nome da ponte sobre o Tejo foi alterado na aplicação Maps. Empresa assegura que não se tratou de uma falha técnica. Mudança de nome terá sido inserida por utilizadores.

 

Os utilizadores da aplicação Maps da Google reportaram nos últimos dias – através das redes sociais – que o nome da Ponte 25 de Abril foi alterado para “Ponte Salazar”, precisamente a denominação que a travessia sobre o Tejo teve entre 1966 e 1974, durante o período do Estado Novo.

O tema foi amplamente comentado em diversas plataformas online. A alteração terá surgido depois do debate televisivo que juntou todos os partidos candidatos às legislativas sem assento parlamentar, na RTP.  

Nesse encontro, o candidato do “Ergue-te” (antigo Partido Nacional Renovador), José Pinto Coelho, referiu-se à Ponte 25 de Abril como “Ponte Salazar”. Foi, de imediato, corrigido pelo moderador do debate, mas sem efeito. 

foto_ponte_salazar-1024x683 Ponte Salazar? Google já retificou nome e promete estar atenta

Mudança através de “contribuição” de utilizadores

Não é propriamente uma novidade. A Google Maps permite aos utilizadores a sugestão de mudanças nas diferentes denominações nos mapas (por exemplo: acrescentar locais de interesse, novos negócios, etc.), através de um mecanismo em que a empresa supervisiona e aprova as alterações sugeridas pelos internautas.

Ao que tudo indica, a mudança do nome da Ponte 25 de Abril terá sido um desses casos. Em esclarecimentos ao jornal Público, a Google reconhece que podem surgir, ocasionalmente, erros e imprecisões sugeridas pelos utilizadores. 

Em comunicado, citado pelo jornal, a Google escreve que os “sistemas automáticos e os operadores qualificados trabalham ininterruptamente para monitorizar o Maps na procura de comportamentos suspeitos, incluindo as edições incorretas em locais” e, por isso, já alteraram o nome da ponte para a designação oficial.

 

Legislativas: Abertas inscrições para o voto antecipado

Já estão abertas as inscrições para o voto antecipado em mobilidade. Para quem não tem disponibilidade para votar no dia 10 de março, esta é a única oportunidade para exercer o direito constitucional antes da data oficial das eleições.

As urnas vão abrir no dia 3 de março, uma semana antes da data do sufrágio, das 8h00 às 19h00. Mas atenção: é obrigatório realizar uma inscrição.

O voto antecipado em mobilidade pode ser requerido por todos os cidadãos recenseados em Portugal (incluindo regiões autónomas) e não é necessária qualquer justificação para o pedido. As inscrições encerram a 29 de fevereiro. Nas últiumas legislativas, 285.848 eleitores votaram antecipadamente.

Como funciona o voto antecipado em mobilidade?

O voto antecipado pode ser pedido online (no portal votoantecipado.pt) ou através do envio de uma carta para a Secretaria Geral da Administração Interna, para que seja recebido pelos serviços até à data limite.

Por carta: Deverá ser indicado o nome completo, a data de nascimento, o número de identificação civil, a morada e a mesa onde pretende votar. Além disso, deve ser indicado o endereço eletrónico e o número de telemóvel do requerente.

A forma mais fácil de realizar a inscrição no voto antecipado é através da internet. O processo é feito através de uma plataforma própria, na qual deverá ser indicado o número de identificação civil e a data de nascimento.

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Depois, o utilizador é encaminhado para uma segunda página onde poderá escolher o distrito e o concelho onde deseja votar. Caso haja mais que uma mesa de voto disponível, será mais uma opção a ter em conta.

antecipado2 Legislativas: Abertas inscrições para o voto antecipado

Quase a terminar, é necessário confirmar os dados pessoais, o posto de recenseamento eleitoral e, por fim, o local escolhido para exercer o voto antecipado. É nesta fase que é solicitado o endereço eletrónico e o número de telemóvel. 

antecipado3 Legislativas: Abertas inscrições para o voto antecipado

O portal envia, por fim, uma mensagem com um código de validação e deve inseri-lo no campo onde é pedido.

É recebido depois um comprovativo que deve ser apresentado na mesa de voto onde será exercido o direito de voto antecipadamente, junto com o Cartão de Cidadão (ou outro documento que contenha nome completo, fotografia atualizada e data de nascimento).

O voto em mobilidade conta para onde?

Mesmo que o direito de voto seja exercido num local diferente e distante do posto de recenseamento, o voto dos eleitores contará para o círculo eleitoral em que estão registados. Por exemplo: um cidadão do distrito de Santarém que decida votar em Lisboa, verá o seu voto contar para o círculo eleitoral de Santarém que, este ano, elege 9 deputados para a Assembleia da República.

Inscrevi-me e não compareci. Perco o direito ao voto?

Não perde. Caso não compareça no local escolhido no dia 3 de março, poderá votar no local de recenseamento no dia oficial das eleições. Esgotada a oportunidade de votar antecipadamente em mobilidade, fica indicado novamente a votar no posto em que está recenseado.

Legislativas: O que foi dito (e o que ficou por explicar) no debate entre PS e AD

Ao fim de várias semanas, a dúvida foi esclarecida. Se perder as eleições, o secretário geral do Partido Socialista (PS) admite viabilizar um Governo da Aliança Democrática (AD), caso a coligação PSD/CDS/PPM vença as legislativas de 10 de março sem maioria absoluta.

A garantia de Pedro Nuno Santos foi dada num dos últimos debates televisivos dedicados às Legislativas, que colocou frente a frente os líderes do PS e da AD. O encontro no cineteatro Capitólio, em Lisboa, durou 75 minutos, mas foi logo nos instantes iniciais que ficou dado o pontapé de saída para esclarecer um dos assuntos mais esperados. 

“O PS, se não ganhar, não apresentará uma moção de rejeição nem viabilizará uma moção de rejeição se houver uma vitória da AD, que nós esperamos que nunca aconteça“, esclareceu o candidato que sucedeu a António Costa na liderança do PS. 

Montenegro pede explicações ao PS

Se, por um lado, Pedro Nuno Santos deixou claro o que o partido vai fazer se for derrotado na noite eleitoral, o mesmo não se pode dizer de Luís Montenegro. Pelo menos, a avaliar pelas declarações no frente a frente.

Questionado se admite viabilizar um governo do PS, igualmente sem maioria – considerando a hipótese da AD terminar a corrida em segundo lugar – o rosto da Aliança Democrática não respondeu. Luís Montenegro mostrou apenas abertura para um cenário de governação em minoria e comprometeu-se a dialogar com os partidos da oposição, em particular o Partido Socialista, em matéria de orçamentos para os anos seguintes.

O secretário-geral do PS foi mais prudente: “Haveria alguém em casa a abrir garrafas de champanhe se nós fechássemos aqui um negócio sobre orçamentos que não conhecemos.”

Mas já depois do debate, numa ação de rua em Lisboa, Luís Montenegro disse estar convencido que a AD vai ganhar as eleições com maioria e não precisará dos socialistas para governar. Em declarações aos jornalistas, disse que não há “ninguém a explicar” a posição assumida por Pedro Nuno Santos durante o debate televisivo.

“Mas eu vou explicar, foi por uma razão muito simples: Pedro Nuno Santos concluiu que a AD vai vencer as eleições e concluiu também que o PS, com o BE e o PCP, não vão ter uma maioria parlamentar igual àquela que tinham em 2015. Portanto, como ficou de mãos atadas, quis dar uma de moderado. A mim não me engana”, concluiu o Presidente do PSD.

“Polícia unida jamais será vencida” 

Já se antevia um debate quente, mas o ambiente aqueceu ainda mais com a presença surpresa de milhares de elementos da PSP e da GNR à porta do Parque Mayer, onde Pedro Nuno e Montenegro se bateram por mostrar que seriam a melhor opção para próximo primeiro-ministro de Portugal.

Os profissionais das forças de segurança estavam em protesto no Terreiro do Paço e acabaram por se deslocar para junto do local onde decorreu o debate político. Não foram registados confrontos, mas a Direção Nacional da PSP já anunciou a abertura de um inquérito para apurar responsabilidades, já que a manifestação estava autorizada apenas para o Terreiro do Paço, na baixa lisboeta.

A plataforma que junta os sindicatos da PSP e as associações da GNR mantém a reivindicação do pagamento de um suplemento de missão igual ao que já é pago aos inspetores da PJ. O Governo, por seu lado, diz que nada pode fazer agora enquanto estiver em gestão.

Sobre os protestos da PSP e a GNR, os dois candidatos deixaram claras as posições também durante o debate.

Pedro Nuno Santos disse que “é muito importante chegar a um acordo”, mas lamentou o protesto junto ao Capitólio. “Não se negoceia sob coação”. Luís Montenegro atirou a responsabilidade do descontentamento ao atual governo socialista e comprometeu-se a encetar negociações logo que o governo da AD tome posse.

Saúde, Educação e Impostos: Os dois lados

São algumas das medidas que mais preocupam os portugueses e os dois principais partidos na corrida para formar Governo já apresentaram e esclareceram de que forma as querem ver aplicadas

Tanto PS como AD defendem a subida do salário mínimo nacional até ao final da legislatura. Ambos querem que o rendimento mínimo do trabalho atinja os 1.000€ em 2028. 

Quanto ao salário médio, a Aliança Democrática aponta para 1.750€ em 2030. A AD prevê um crescimento da economia portuguesa de 2,5% em 2025 até 3,4% em 2028, através de um choque fiscal de cinco mil milhões de euros. Já o PS refere uma subida do valor em 20% até 2026.

Na fiscalidade, destaque para o Imposto sobre Rendimentos Singulares (IRS), sobretudo para os mais jovens. O PS promete alargá-lo “a todos”, independentemente da escolaridade. A AD prevê uma taxa máxima de 15% até aos 35 anos, com uma exceção no último escalão. A atualização dos escalões segundo a inflação é uma bandeira comum aos dois partidos.

Na educação, as duas forças políticas fazem coincidir aquela que será a medida mais relevante para a próxima legislatura: A reposição do tempo de serviço dos professores.

PS e AD defendem a devolução integral dos 6 anos, 6 meses e 21 dias aos profissionais de educação, mas de diferentes formas. Enquanto que os socialistas querem uma devolução assente na negociação com os professores, a Aliança Democrática define, desde já, uma devolução a um ritmo de 20% ao ano.

Para tornar a profissão mais atrativa, o PS promete diferentes salários de entrada, de forma a reduzir a diferença com os rendimentos do topo da profissão. A AD quer medidas que possam fixar professores nas zonas de baixa densidade em Portugal. A dedução de despesas de alojamento em IRS é uma das possibilidades.

Greve Geral. Jornalistas vão parar a 14 de março

O Sindicato dos Jornalistas anunciou a convocação de uma greve geral para dia 14 de março. A intenção de realizar uma paralisação que abrangesse todas as redações do país foi tomada, por unanimidade, no 5º Congresso dos Jornalistas, em Lisboa. A data foi agora divulgada.

“Vamos parar no dia 14 de março para exigir contratos de trabalho estáveis. Paramos para exigir aumento geral dos salários. Não é aceitável que uma profissão com esta relevância e exigência seja paga com salários que mal chegam para sobreviver”, explicou Luís Simões, Presidente do Sindicato dos Jornalistas, em conferência de imprensa.

A greve – a primeira em mais de 40 anos – vai abranger todos os Órgãos de Comunicação Social e todos os profissionais do setor em Portugal.

“Chegou o momento de passarmos das palavras aos atos. Há muito que o diagnóstico está feito: degradou-se o exercício do jornalismo. As redações estão reduzidas até ao osso.”, acrescentou Luís Simões.

Entre as reivindicações dos jornalistas estão: contratos estáveis, aumento geral dos salários, pagamento de horas extraordinárias e compensações pelo trabalho noturno e ao fim de semana.

A data foi escolhida para não comprometer a campanha eleitoral para as Legislativas. O sindicato espera uma forte adesão dos profissionais.

 

 

NOTA EDITORIAL: A redação da TejoMag está solidária com a greve geral anunciada pelo Sindicato dos Jornalistas para o dia 14 de março. Entende que é urgente garantir melhores condições de trabalho e melhores salários a todos os profissionais, que têm visto a sua condição de vida ser fortemente posta em causa nos últimos anos.

Legislativas: Saiba como, quando e onde pode votar antecipadamente

Com as eleições legislativas marcadas para dia 10 de março, regressa a possibilidade de votar antecipadamente em mobilidade, quer seja em território nacional ou no estrangeiro. Na prática, significa que os portugueses continuam a ter direito a votar caso se encontrem fora do local de recenseamento eleitoral. Porém, há regras e datas já definidas pela Comissão Nacional de Eleições.

A legislação portuguesa prevê o direito ao voto antecipado para os cidadãos em mobilidade dentro ou fora de território nacional, para quem se encontra internado num hospital ou para os reclusos em estabelecimentos prisionais. 

 

Voto antecipado em mobilidade dentro de Portugal

Segundo o Portal do Eleitor, o voto antecipado em mobilidade dentro do país pode ser exercido no sétimo dia anterior ao das eleições. No caso das legislativas de 2024, o voto antecipado realiza-se a 3 de março. Mas atenção: é necessário inscrever-se.

“Existirá uma mesa de voto antecipado em cada município do continente e das Regiões Autónomas. Para tal, deverá efetuar o seu requerimento para votar antecipadamente, através da Plataforma Eletrónica​ ou por via postal à administração eleitoral da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, entre o 14.º e o 10.º dia anterior ao dia da eleição.”

As inscrições para o voto antecipado em mobilidade dentro de Portugal estarão disponíveis entre os dias 25 e 29 de fevereiro. No portal exclusivamente dedicado ao Voto Antecipado, têm de ser preenchidos corretamente os parâmetros e confirmar o pedido. No final, será disponibilizado um comprovativo a apresentar na mesa de voto escolhida para votar.

Voto antecipado fora de território nacional

“Se está inscrito no recenseamento eleitoral português em território nacional e se encontra deslocado no estrangeiro, por imperativo decorrente de funções profissionais, ou em tratamento, e por esse motivo está impedido de se deslocar à assembleia de voto no dia da eleição, pode votar nas representações diplomáticas, consulares ou nas delegações externas das instituições públicas portuguesas, previamente definidas pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, entre o 12.º e o 10.º dia anteriores ao dia da eleição.

O voto antecipado em mobilidade no estrangeiro realiza-se entre os dias 27 e 29 de fevereiro. Confira aqui os locais onde o poderá fazer.

 

Inscrevi-me no voto antecipado e não compareci. E agora?

No caso dos eleitores que se inscreveram para votar antecipadamente em mobilidade e não conseguiram comparecer na mesa de voto que escolheram previamente, ficam obrigados a votar no posto em que estão recenseados no dia da eleição em causa.

Não sei qual é o meu local de recenseamento

É uma dúvida comum a muitos portugueses e pode ser desfeita em menos de um minuto. Para saber qual o local de recenseamento, é necessário enviar uma mensagem (gratuita) para o número 3838 com as seguintes palavras:

– RE (ESPAÇO) Nº Cartão de Cidadão (ESPAÇO) Data de Nascimento (ANO/MÊS/DIA)

É enviada de imediato uma mensagem do remetente ‘REleitoral’ na qual aparece o nome completo e o respetivo posto de recenseamento (Distrito – Concelho – Freguesia).

 

Esta é a melhor forma de estudar eficazmente

Nos últimos anos, com a popularidade crescente da dark academia asthectic, entre outros fenómenos, ter-se-á dispersado, nas redes sociais, uma certa romantização do estudo – mais especificamente práticas de estudo excessivas e obsessivas (por exemplo: estudar de manhã até à noite, sem quaisquer – ou pouquíssimos – intervalos para conviver, relaxar ou sequer dormir). Contudo, além de tais práticas não serem saudáveis e estarem relacionadas com casos de esgotamentos nervosos, depressão e ansiedade, é de fazer notar o facto de que estudar muito não equivale a estudar bem.

Como será explorado no seguinte artigo, os métodos de estudo mais eficazes são sempre aqueles que exigem a atenção total do seu utilizador, desafiando o real conhecimento que este detém do material; por outras palavras: estudo ativo, em vez de passivo. Além disso, certas atividades não diretamente relacionadas com o ato de estudar podem ajudá-lo a alcançar melhores resultados académicos e/ou a aumentar a sua produtividade.

Outras atividades para melhorar o estudo

Dormir 8 horas por dia: passar noites em claro a tentar assimilar, em tempo recorde, a matéria de um semestre inteiro não vai contribuir para a sua educação a longo prazo, além de estar a correr o risco de chumbar. Cientistas da Universidade do Arizona concluíram que, durante o sono, o cérebro treina as tarefas e “revê” os conhecimentos aprendidos ao longo do dia.

Em 2008, a neurologista Teresa Paiva analisou cerca de mil alunos do Instituto Superior Técnico, em Lisboa, tendo concluído que os melhores dormiam 8 horas por noite. Ou seja, o sono é essencial para consolidar conhecimento, então, evite ao máximo fazer diretas antes dos exames – mesmo que tenha adquirido algum conhecimento durante a noite vai estar de tal modo exausto(a) que se poderá esquecer de responder a uma questão, ler mal o enunciado, cometer erros ortográficos ou ter uma “branca” a meio do exame.

Exercício físico: ao realizar atividades físicas de caráter aeróbico (tais como caminhar, correr, nadar ou saltar à corda), aumenta-se a produção de uma proteína chamada BDNF, responsável por formar novos neurónios e mantê-los saudáveis. Como tal, fazer uma caminhada antes dos estudos poderá, em geral, melhorar a sua memória e a capacidade de compreensão.

Repetição espaçada: Herman Ebbinghaus, ao analisar a sua própria memória, desenhou a conhecida “curva do esquecimento”, que demonstra o processo gradual de esquecimento que decorre logo após o nosso cérebro ter captado qualquer evento – o que inclui, naturalmente, a caracterização das personagens d’Os Maias, as queixas do Velho do Restelo (Os Lusíadas) e as tuas fórmulas de química. No entanto, caso reavivemos determinada memória frequentemente – isto é, antes do completo ou total esquecimento da mesma –, é possível mantê-la a longo prazo.

No que concerne aos estudos, pode aplicar a repetição espaçada de diversos modos: desde rever ‘flashcards’ no Metro antes das aulas a discutir múltiplas vezes com alguém sobre o mesmo tópico (de preferência com pessoas diferentes, para que seja obrigado a adaptar os seus argumentos ou a seguir uma nova linha de raciocínio).

Muitos alunos também têm o hábito de rever as notas que tomaram durante as aulas pouco após estas findarem, bem como de as completar enquanto a memória ainda está fresca. Deste modo, é possível recordar diversos factos importantes sem ter de “marrar” a matéria toda na véspera do teste, além de aprender e compreender a matéria em vez de a decorar.

Técnicas para melhorar o estudo

Sistema Leitner: O alemão Sebastian Leitner sugeriu dividir os ‘flashcards’ em 5 caixas. Inicialmente, todos os cartões devem ser depositados na caixa 1. Após rever todos os cartões, aqueles cujo conteúdo não foi memorizado são mantidos na primeira caixa e os restantes cartões passarão para a caixa 2. O processo repete-se até que todos os cartões cheguem à quinta caixa. Normalmente, ao criar flashcards a maioria dos estudantes usa o formato questão-resposta. Caso, durante uma revisão, responda incorretamente à questão de um cartão pertencente à caixa 2, 3, 4 ou 5, o ‘flashcard’ retorna à caixa anterior.  

Mas… porque é que isso haveria de facilitar os estudos? Bem, a verdade é que cada caixa exige a revisão do seu conteúdo a cada X dias: ou seja, os ‘flashcards’ que se revelam mais desafiantes terão de ser revistos todos ou quase todos os dias até que interiorize a informação, enquanto aqueles que estão nas caixas 2 a 5 devem ser revistos com progressivamente maiores intervalos de tempo entre si, de modo a derrotar a já referida curva do esquecimento e, assim, construir memória de longo prazo.

Pode seguir o seguinte cronograma:

– Caixa 1: rever todos os dias

– Caixa 2: rever a cada 3 dias

– Caixa 3: rever a cada 5 dias

– Caixa 4: rever a cada 7 dias

– Caixa 5: rever de 10 a 14 dias 

Técnica de Feynman: Este método foi desenvolvido por Richard Feynman, físico norte-americano que revolucionou a eletrodinâmica quântica e foi laureado com o Prémio Nobel. Para colocar esta técnica em prática basta que explique, em voz alta ou por escrito, um conceito da forma mais simples possível, repetidas vezes. Com cada explicação, dar-se-á conta de alguns erros que lhe haviam passado ao lado previamente e, assim, conseguirá, progressivamente, compreender melhor o tópico em estudo. Esta é uma excelente forma de testar o seu conhecimento, evitar o esquecimento de detalhes relevantes e também de compreender melhor a matéria. 

Pomodoro: A técnica pomodoro parte do princípio cientificamente comprovado de que os seres humanos apenas se conseguem concentrar ininterruptamente por períodos de 25 a 90 minutos. Seguidamente, o mais correto é fazer uma pequena pausa para que o cérebro possa recarregar energia e só depois voltar ao trabalho. Após 4 ciclos de estudo e descanso, é recomendável um intervalo maior antes de voltar aos livros. Na internet, existem ‘pomodoro timers’, já com todas estas particularidades incluídas.

Papel e caneta: por mais prático que seja para muitos escrever num tablet ou computador, múltiplos estudos sugerem que estudar com livros e cadernos em formato físico em detrimento do digital é mais benéfico à retenção de conteúdo, particularmente no que concerne a tirar apontamentos durante as aulas.

Leitura ativa: quer esteja o leitor na faculdade e tenha 5 páginas de bibliografia por cadeira, quer precise de ler o Memorial do Convento este ano, ler de forma ativa é essencial para criar, desde já, apontamentos sobre as suas leituras e também para que leia sempre “com olhos de ler”. Isto pois, caso leia enquanto questiona o texto, resume o conteúdo de cada parágrafo, sublinhe e explique por palavras próprias os conceitos mais relevantes,  vai obrigar-se a prestar atenção ao que está a ler, além de tornar a sua vida mais simples quando precisar de estudar para uma avaliação ou de realizar um trabalho sobre a obra.

Intercalar matéria: O título é auto-explicativo. Consiste na prática de alternar o estudo de um tópico com outro, em vez de bloquear um longo período de tempo para apenas um assunto. A literatura científica sugere que esta estratégia é particularmente útil em disciplinas/cadeiras que requerem resolução de problemas, como física, química ou matemática, uma vez que facilita o estabelecimento de ligações, semelhanças e diferenças entre ideias. O mesmo se aplica a qualquer curso minimamente especializado: por exemplo, se está no ensino secundário e escolheu o curso humanístico-científico de línguas e humanidades, deve ter reparado que o que a matéria de História A muitas vezes coincidente com a que está a ser lecionada nas aulas de Português ou Literatura Portuguesa.

Em conclusão, a busca por métodos de estudo eficazes é essencial para potencializar a aprendizagem e, como resultado, maximizar o sucesso académico, sem recurso a medidas extremas e, como foi explicado acima, desnecessárias. No entanto, é crucial reconhecer que a eficácia destas abordagens pode variar de pessoa para pessoa e a personalização do método de estudo às necessidades de cada um é fundamental, particularmente em casos de TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade), dislexia, dentre outros factores.