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Author Archive by Sérgio Aleluia

O que se sabe sobre o meteoro que atravessou Portugal?

A passagem de um meteoro pelos céus de Portugal não passou despercebida a quem estava na rua. Muitos assustaram-se, outros ficaram surpreendidos e, naturalmente, houve quem conseguisse gravar o momento. Aliás, o clarão e o rasto de luz formados pelo fenómeno devolveram o dia durante alguns segundos a quase todo o país.

Faltavam poucos minutos para a meia-noite em Portugal continental. A rocha espacial irrompeu a atmosfera na cidade espanhola de Badajoz a 166 mil quilómetros por hora (45 km/segundo) e 122 quilómetros de altitude. Dada a velocidade, a passagem pelos céus durou apenas alguns segundos

A “explosão” vista no final dos vídeos publicados não é nada mais que a fase final da desfragmentação do objeto. Aconteceu a 55 quilómetros de altitude e o meteoro acabou por cair no Oceano Atlântico

Meteoro ou meteorito?

A dúvida surge de imediato. Especialistas ouvidos por vários jornais explicam que se tratou de um meteoro (chamado, em primeiro lugar, de “meteoróide” antes de entrar na atmosfera). Assim, a designação “meteorito” é atribuída apenas quando as rochas espaciais atingem o solo, antes de se desintegrarem por completo. Não foi o que aconteceu.

No entanto, foi um meteoro que atravessou os céus de Portugal, dado que o objeto acabou consumido pela atmosfera. Acontece através do atrito provocado pelo ar na rocha espacial. Quanto à magnitude, é classificada como “intermediária”.

Além disso, a Agência Espacial Portuguesa explica à SIC que os detritos do meteoro acabaram por ser projetados para o mar, já acima do norte de Portugal. Por isso, fica descartada qualquer queda de meteoritos em terra.

O significado do clarão do meteoro

Ao Público, o diretor do Planetário – Casa da Ciência de Braga explica que a luminosidade de um fenómeno deste género nada tem que ver com o tamanho do objeto. Aliás, a explicação está na densidade, que determina a intensidade. Já o efeito de luz do rasto é explicado pela composição.

No caso observado, a cor predominante registada foi azul. Segundo João Vieira, a rocha espacial teria magnésio na sua composição. Quanto ao tamanho, não será possível apurar.

A eventual queda em Castro Daire

Os especialistas dizem que não caiu nada em Castro Daire e aconselham mesmo a que se evite procurar o objeto, já que, por um lado, é quase certo que caiu no oceano Atlântico e, por outro, seria muito difícil encontrá-lo se caísse em terra.

A vila do distrito de Viseu surgiu como um eventual ponto de queda uma vez que foi de lá que partiram os primeiros alertas para as autoridades. O primeiro relato dava conta da queda de um objeto na serra de Montemuro. Aliás, chegaram a ser realizadas buscas, mas sem sucesso.

 

Imagem partilhada no @InformaCosmos no “X”

Novo aeroporto será em Alcochete e já tem nome

O campo de tiro de Alcochete é a localização escolhida para a construção do novo aeroporto. O Governo decidiu seguir a orientação da Comissão Técnica Independente e, dentro de 10 a 12 anos, a margem sul do Tejo será o centro das operações aeroportuárias na região da grande Lisboa. 

Assim se espera que aconteça, já que a decisão estava na gaveta há mais de 50 anos. O executivo tomou a decisão ao fim de um mês em exercício e o nome também já está escolhido: Aeroporto Luís de Camões.

O investimento previsto é de 6,1 mil milhões de euros, embora a ANA Aeroportos (a concessionária) admita que poderá chegar aos 8 mil milhões. No entanto, o Governo não se compromete com valores finais. O projeto terá, pelo menos, três fases. A ampliação do atual aeroporto, a construção da nova infraestrutura e, por fim, o desmantelamento da Portela, que há vários anos apresenta problemas de sobrelotação.

“O Governo assume a decisão de um aeroporto único como a solução mais adequada aos interesses do país. Alcochete garante margem para expansão, acomodação de procura até praticamente o triplo da atual, e crescimento possível do “hub” da TAP em Portugal”, explicou Luís Montenegro, numa comunicação feita ao país.

Novo aeroporto sem custo para os contribuintes?

É, pelo menos, a intenção do Governo, que se compromete a estudar um modelo de financiamento para a obra que não aporte do Orçamento do Estado. Ou seja, que não implique o investimento de dinheiros públicos.

Escreve o jornal ECO que a obra seria paga com as taxas aeroportuárias cobradas pela ANA. Já as acessibilidades terão de ficar a cargo do Estado.

Porquê um aeroporto Alcochete?

Já não é a primeira vez que Alcochete surge como opção para a edificação do novo aeroporto. Aliás, foi a escolha da Comissão Técnica Independente, quer pela capacidade de acomodar a procura até, e depois, de 2050, como de mitigar os impactos ambientais sentidos na região de Lisboa. 

No entanto, a nova localização precisa de uma nova Declaração de Impacte Ambiental. A atual está caducada.

Terceira travessia e Lisboa a 3 horas de Madrid

O Governo aprovou também outros dois projetos: A construção de uma terceira travessia sobre o Tejo e o projeto de alta velocidade entre Lisboa e Madrid.

O primeiro implica a construção de uma ponte, que deverá ligar Chelas ao concelho do Barreiro e, dessa forma, facilitar a ligação ao novo aeroporto, sem comprometer a circulação na ponte Vasco da Gama. Por decidir está ainda se será uma ligação ferroviária ou rodoferroviária. O custo final depende da escolha.

O segundo projeto, mais ambicioso, prevê a construção de uma linha ferroviária de alta velocidade que vai ligar as duas capitais ibéricas em três horas, com passagem por Alcochete. 

Moedas pede mais efetivos para a Polícia Municipal

O Presidente da Câmara de Lisboa pede ao Governo que tome medidas para reforçar o número de efetivos da Polícia Municipal do concelho. Carlos Moedas fala num sentimento de insegurança e diz ainda que a visibilidade de agentes é essencial para garantir mais qualidade de vida à comunidade.

À margem de uma visita ao Centro de Gestão Integrada do Porto – juntamente com Rui Moreira – Carlos Moedas assume que quer fazer pressão sobre o poder central para garantir mais segurança à cidade.

“Sentimos nas nossas cidades – gostava de reiterar isto à ministra da Administração Interna – a falta de policiamento e essa falta de policiamento é visível ao nível da PSP e da Polícia Municipal. Portanto, os efetivos para nós são essenciais”, disse Carlos Moedas no encontro. 

O autarca pede, por isso, um reforço de 200 elementos para a Polícia Municipal, perfazendo um total de 600. Atualmente há 400 agentes em serviço. Moedas quer ainda alargar as competências dos agentes municipais, até para desfazer a ideia que a Polícia Municipal é apenas administrativa.

Falta de polícias também afeta o Porto

A preocupação com a segurança é partilhada pelo Presidente da Câmara do Porto. Rui Moreira assume que existe um défice e pede ao Governo um reforço de 100 efetivos no contingente da Polícia Municipal. O Porto tem, atualmente, 200 agentes.

“Sabemos que o anterior ministro da Administração Interna anunciou que iria haver um reforço de efetivos, mas até agora não conhecemos o cronograma e estamos à espera”, afirmou Rui Moreira.

“Out Jazz” regressa a Oeiras com música até Setembro

O “Out Jazz” está de regresso a Oeiras e volta a trazer música a vários jardins do concelho até ao final do mês de setembro. A iniciativa, que vai na 18ª edição, arrancou em maio e acontece todos os domingos, sem interrupções. Os espaços e os estilos musicais também mudam. 

Desde Soul, funk, jazz ou hip-hop, o Out Jazz definiu-se nos últimos anos como um festival descontraído, em que os presentes podem acompanhar as atuações da forma que entenderem. Assim, o principal objetivo é fomentar a igualdade e a cidadania.

“O “Somersby Out Jazz” conjuga cultura urbana e natureza, privilegiando, por isso, os belíssimos jardins e espaços verdes espalhados um pouco por todo o concelho de Oeiras. O convite é para desfrutar das tardes de verão ao ar livre. Todos os domingos, sempre a partir das 17h e até ao sol se pôr, com muita animação e, principalmente, boas energias”, lê-se na página da autarquia.

O festival tem cinco paragens. Começa no Parque dos Poetas e passa depois pelos Jardins da Quinta Real de Caxias, pelo Parque Urbano de Miraflores, pelo Parque do Jamor e ainda pelos Jardins do Palácio Marquês de Pombal. A entrada é gratuita.

Conheça o programa do “Out Jazz”

A programação é extensa mas preenche todos os domingos até 29 de setembro. Conheça agora o programa completo do evento, com datas, locais e os artistas que vão atuar.

MAIO – Parque dos Poetas

19 – Samuel Lercher Trio ‘Fractal’ e Yanagui

26 – Preserved Dreams – Bruno Margalho Trio e Señor Pelota

JUNHO – Jardins da Quinta Real de Caxias

2 – Roque e Nuno Di Rosso Apresenta Pérola Negra

9 – Kolme e Frandisco

16 – Landscape e Baba Soul & Maria

23 – Ricardo Pinheiro Trio 

30 – Pedro Madaleno Trio – Tributo Ahmad Jamal 

JULHO  Parque Urbano de Miraflores

7 – Abajour Nonok e Nuno Efe

14 – Rogério Francisco 4tet e Dupplo

21 – Beat Collectors e Doni Kis

28 – Álvaro Pinto Quartet e Helena Guedes

AGOSTO – Parque Urbano do Jamor

4 – Tinim e Yvu

11 – Marwan e Colorao Som Sistema

18 – Luis Vicente Trio e Ketzal

25 – Duarte Ventura Quinteto e Hélder Russo

SETEMBRO – Jardins do Palácio Marquês de Pombal

1 – Thyra e Hugo

8 – Stealing Canvas e Zef

15 – Bao Biao e Ninguém

22 – Sade Lovers The Tribute e M.dusa

29 – Francisco Nogueira Quinteto e Kaspar

Imagem: outjazz.pt

Queixas contra operadores TVDE continuam a aumentar

Continua a subir o número de reclamações dirigidas aos operadores TVDE (Transporte Individual de Passageiros em Veículo Descaracterizado). Até maio, as reclamações aumentaram 50% face ao mesmo período de 2023. 

Entre 1 de janeiro e 9 de maio, há 511 queixas registadas. Entre janeiro e maio do ano passado, foram apresentadas 342 reclamações.

Segundo o Portal da Queixa, é a Uber que lidera as reclamações, com 62%, e a Bolt segue em segundo, com 38%. A cobrança indevida é a principal denúncia dos passageiros. Mas os motoristas também têm queixas, nomeadamente com problemas na aprovação de documentos.

No entanto, o setor continua a registar elevados índices de insatisfação por parte dos consumidores, que apontam o dedo à qualidade do serviço prestado. 

As principais reclamações contra TVDE

Entre os principais motivos de reclamação reportados pelos passageiros estão a cobrança indevida por viagens não realizadas e problemas com bloqueio e ativação de contas. Em terceiro lugar surgem as queixas pelos valores cobrados pelas operadoras, que nem sempre corresponderam ao estabelecido. Depois há casos em que erros no trajeto são cobrados aos passageiros. 

Em quarto lugar na lista de queixas surge a condução perigosa, referente a acidentes ou a condutores que ultrapassam os sinais vermelhos. Aliás, o comportamento do motorista também é motivo de queixa dos utilizadores.

Queixas dos motoristas disparam

Ao Portal da Queixa também chegam reclamações dos motoristas contra as operadoras TVDE. O número de queixas disparou 53% nos primeiros meses do ano.

A aprovação de documentos, os problemas com as contas, falhas com pagamentos são alguns dos motivos de queixa dos motoristas. 

Imagem: Pixabay

Eleições Europeias: Será possível votar em qualquer parte do país

Mais de 370 milhões de cidadãos da União Europeia são chamados a eleger 720 eurodeputados ao Parlamento Europeu entre os dias 6 e 9 de junho. Mas, ao contrário das europeias anteriores, o sufrágio em Portugal vai acontecer de forma diferente

O voto em mobilidade está novamente disponível, mas agora em qualquer mesa em território nacional e sem necessidade de inscrição prévia. A medida contempla o regime especial para as Europeias e serve sobretudo para combater a taxa de abstenção historicamente alta que o sufrágio tem em Portugal (68,6% em 2019). Os portugueses votam a 9 de junho.

Como votar em mobilidade para as Europeias?

Assim, o voto em mobilidade é possível com a introdução dos cadernos eleitorais eletrónicos. Ou seja, vai ser possível a consulta dos cadernos e a respetiva validação em qualquer mesa de voto. O direito de voto continua a ser feito presencialmente. Para as Europeias não há círculos distritais. Pelo contrário, o círculo eleitoral é único e nacional e serve para eleger 21 eurodeputados portugueses ao Parlamento Europeu.

Por exemplo, um cidadão residente em Faro e que esteja, no dia 9 de junho, no interior do país, pode deslocar-se a uma mesa de voto da região e votar.  É necessário o cartão de cidadão e a identificação é depois feita através de meios informáticos. Por fim, é disponibilizado o boletim em papel. À partida, todas as tentativas de fraude estão acauteladas.

E quem está fora do país?

Alguém que esteja fora do país (em trabalho ou de férias) também pode votar em mobilidade. No entanto, deve fazê-lo através das representações diplomáticas, consulares ou nas delegações externas do Ministério dos Negócios Estrangeiros. O recenseamento continua a ser automático para todos os cidadãos com mais de 18 anos.

Será possível votar antecipadamente nas Europeias?

Sim, o voto antecipado para as Europeias também está disponível. No entanto, neste caso é necessária inscrição, que pode ser feita no portal do Voto Antecipado entre 26 e 30 de maio. O voto antecipado acontece a 2 de junho.

Para doentes internados, presos e deslocados no estrangeiro também há opção de voto antecipado. As inscrições já estão abertas.

Composição portuguesa no Parlamento Europeu

Em 2019, o Partido Socialista elegeu nove eurodeputados, inseridos no Grupo da Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas no Parlamento Europeu. O PSD e CDS elegeram sete (Grupo do Partido Popular Europeu). O Bloco de Esquerda elegeu quatro e o PCP outros dois (Grupo da Esquerda no Parlamento Europeu). Já o PAN conseguiu a eleição de um eurodeputado, que se tornou depois independente. O Chega concorre pela primeira vez às Europeias.

Reembolso de IRS até 10 euros não será pago

A regra não é nova e aplica-se novamente este ano aos cálculos do Imposto sobre os Rendimentos Singulares (IRS) relativos a 2023. Todos os contribuintes com direito a um reembolso inferior a 10 euros não o vão receber. O fisco relembra que, por lei, o mesmo se aplica às cobranças de IRS inferiores a 25 euros

A campanha de apuramento já decorre e termina a 30 de junho. Ao todo, o Estado espera receber mais de seis milhões de declarações. É, por isso, uma altura em que milhares de portugueses aguardam pelo reembolso de valores pagos a mais em sede de retenção na fonte.

Não faz sentido as pessoas receberem em casa valores pequenos para pagar. Quanto ao reembolso podemos argumentar porque há pessoas a quem nove euros de reembolso é dinheiro”, explica à SIC Gonçalo Rodrigues, Presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos.

Cobrança e reembolso de outros impostos

A Autoridade Tributária e Aduaneira recorda ainda que existem outros impostos que não são cobrados ao contribuinte se o apuramento final resultar num valor inferior a 10 euros.

O Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), o Imposto Único de Circulação (IUC) e o Imposto sobre Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT, no caso de transações de casas) são alguns exemplos.

Valor de reembolso poderá ser menor. Porquê?

Como a TejoMag já recordou anteriormente, o apuramento do IRS é sempre referente ao ano anterior. Ou seja, os cálculos que estão agora a ser feitos são relativos ao ano fiscal de 2023. Logo, as alterações feitas às tabelas de retenção na fonte no ano passado vão ter impacto nas contas de apuramento. 

A lógica é simples: Se descontou menos, recebe menos (isto se tiver direito a reembolso). Os especialistas em finanças pessoais recordam que o ideal é não receber nem pagar, pois significa que descontou exatamente o que era devido ao Estado.

Em 2025, as contas voltam a mudar. As alterações ao código do IRS (que ditaram e vão ainda ditar novas descidas na retenção na fonte) vão baixar ainda mais os reembolsos. Alguns contribuintes poderão vir ter de pagar IRS.

Eunice Muñoz homenageada com passeio pedonal em Lisboa

A partir de agora, Lisboa passa a ter um passeio pedonal chamado “Eunice Muñoz”. O espaço localizado junto à margem do rio Tejo homenageia uma das mais célebres atrizes de teatro em Portugal, pouco depois de se assinalarem dois anos sobre a sua morte.

Dezenas de pessoas, sobretudo amigos e familiares, estiveram presentes na inauguração. O descerramento da placa informativa coube ao Presidente da Câmara Municipal de Lisboa.

“É celebrar todos os dias a nossa cultura. É deixar uma marca para que daqui a cem anos aqueles que estiverem por aqui a passear estejam neste passeio Eunice Muñoz. E se há marca que eu quero deixar em Lisboa é o agradecimento aos que trabalham na cultura.”, disse Carlos Moedas na cerimónia de inauguração.

Eunice: uma história junto ao rio

De acordo com a autarquia, o passeio prolonga-se entre o Braço de Prata, em Marvila, e o Parque das Nações. Está localizado ao lado de um conjunto de edifícios da capital. Além disso, o percurso faz-se sempre junto ao rio Tejo.

“A Eunice foi uma mulher de um talento ímpar, uma mulher de dedicação constante à representação e uma mulher que nos recorda o valor da família. Hoje, Eunice Muñoz dá nome a um passeio da nossa Lisboa”, escreveu o autarca na rede social “X”, horas depois da cerimónia.

Eunice Muñoz nasceu na Amareleja, concelho de Moura, a 30 de julho de 1928. Estreou-se em Lisboa, no teatro D. Maria II, com apenas 13 anos. Morreu a 15 de abril de 1922, com 92 anos. Em síntese, deixa uma marca inigualável no teatro e na representação em Portugal.

A Câmara de Lisboa também vai homenagear outros nomes da cultura. O nome da rua E1 em Braço de Prata será atribuído à fadista Teresa Tarouca e a coreógrafa Águeda Sena dará nome à rua G1, na mesma localidade.

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Imagens: @Moedas no “X”

Sporting é campeão. Marquês encheu para a festa

A festa terminou já depois das três da manhã, horas depois do jogo que o Sporting não jogou mas que lhe deu o título de campeão nacional de futebol da época 2023/2024. É a 20ª vez que o clube de Alvalade conquista o campeonato e os adeptos sportinguistas não faltaram à chamada para a festa.

Uma gigante e lisboeta praça do Marquês, porém pequena para as milhares de pessoas presentes. E houve espaço para tudo: Dança, música, um mic drop e algumas alfinetadas aos mais céticos. Rúben Amorim foi a estrela da noite. 

“Disseram que só ganharíamos campeonatos de 18 em 18 anos, que só ganhámos o campeonato porque não tínhamos público ou dizem que jamais seremos bicampeões outra vez. Vamos ver…“, disse o treinador do Sporting, mesmo antes de deixar cair o microfone.

Ruben Amorim conquista assim o segundo título de campeão nacional ao serviço do clube a duas jornadas do fim do campeonato. A última vez foi na época 2020/2021. No fim, feitas as contas, o Sporting arrisca ter um dos melhores registos de rendimento pontual de sempre.

Sporting dependia da prestação dos adversários.

Com a vitória dos leões frente ao Portimonense, um empate dos encarnados bastava para entregar o título, mas o Benfica foi a Famalicão, escorregou e perdeu por 0-2. A probabilidade matemática de ultrapassar o adversário cai assim por terra, quando faltam duas jornadas para terminar a Primeira Liga.

Puma Rodríguez e Zaydou Youssouf marcaram e garantiram a vitória do Famalicão, ainda que houvesse golos anulados para os dois clubes. Primeiro para o Benfica, logo aos três minutos. Depois, para a equipa da casa aos cinco. A sentença das águias chegou aos 85 minutos.

Os adeptos benfiquistas estiveram quase toda a partida em silêncio. O jogo chegou a estar interrompido, depois várias tochas terem sido lançadas para o relvado. O treinador encarnado, Roger Schmidt, foi alvo de insultos.

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sporting_marques_04-300x203 Sporting é campeão. Marquês encheu para a festa

Imagens: @SportingCP no “X”

IRS e agora as portagens: o que se passa no Parlamento?

E já vão duas. Em apenas um mês em exercício, o Governo já soma derrotas na Assembleia da República. Primeiro com as propostas para redução do IRS e, depois, com a abolição das portagens nas ex-SCUT (Vias sem custos para o utilizador).

Os debates tensos não escondem a divisão que há no hemiciclo. Do primeiro grande teste a Luís Montenegro saiu uma nota negativa. O Parlamento aprovou, na generalidade, as propostas do PS, Bloco de Esquerda e PCP que introduzem alterações ao Imposto sobre Rendimentos Singulares, mas diferentes das que o Governo sugere implementar.

A proposta do executivo, que desceu à especialidade sem aprovação, prevê uma redução adicional entre 0,25 e 3 pontos percentuais nas taxas que incidem do 1.º ao 8.º escalões de rendimento. A maior descida incide assim sobre os rendimentos mais altos

Já a proposta do PS, aprovada com o sim de toda a esquerda e a abstenção do Chega e da Iniciativa Liberal, é construída em moldes distintos. Defende reduções mais acentuadas das taxas do IRS sobre os escalões de rendimento mais baixos, nomeadamente entre os 1.000 e 2.500 euros brutos.

A aprovação aconteceu dado que os os 80 votos do PSD e CDS foram insuficientes contra os 92 da esquerda, já que Chega e Iniciativa Liberal (IL) se abstiveram. A aproximação das propostas do Chega e do PS levaram o partido de André Ventura a abrir caminho à passagem da proposta socialista. O PSD acusa o partido de furar acordos.

Adeus portagens. Há hipocrisia e incoerência?

A segunda derrota do Governo resume-se numa sigla: SCUTS (ou ex-SCUTS). O fim da cobrança de portagens nas antigas autoestradas sem custos para os utilizadores foi também aprovada contra a vontade do executivo. Mas desta vez, o Chega votou ao lado de toda a esquerda e fez aprovar a proposta do PS (Aliás, foi uma das bandeiras de Pedro Nuno Santos durante a campanha eleitoral). 

O PSD e o CDS propunham um desagravamento gradual do valor a cobrar aos automobilistas. Ainda tentaram baixar a proposta à especialidade mas sem sucesso. Foi rejeitada com os votos do PS, Chega e PCP. A IL esteve ao lado do Governo e a restante esquerda absteve-se.

Os partidos das governação acusam PS e Chega de hipocrisia e incoerência, ao levar ao Parlamento uma coligação negativa, com a discussão propostas que o anterior Governo considerava impossíveis. PS e chega recusam as acusações.

Por isso, se o projeto avançar como previsto, a partir de 1 de janeiro de 2025, deixará de haver portagens na A4, A13 e A13-1, A22, A23, A24, A25 e A28. O custo da medida socialista está projetado em 157 milhões de euros. As concessionárias já pediram explicações. Falam já na criação de medidas de compensação.

As duas primeiras derrotas do Governo terão, naturalmente, custos que o executivo não planeou para a legislatura que agora começa. Mas certo é: prometiam-se quatro anos de Governação tensos. Luís Montenegro diz que o Governo está firme e que vai cumprir o programa, só não esperava, talvez, que houvesse um travão tão forte à governabilidade. Resta saber: Não há duas sem três?

Imagem: parlamento.pt