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Passe verde: Mais de dois mil títulos vendidos no primeiro dia

Logo no primeiro dia em que ficou disponível ao público, o novo passe verde teve mais de 2.200 assinaturas. A CP avança os dados no dia em que o novo título ferroviário se estreou, em substituição do ferroviário nacional que custava 49 euros. 

Até às 18h00 (de 21 de outubro) foram vendidas 2.230 assinaturas”, avança a empresa.

Além de mais barato, o novo título permite utilizar uma rede mais vasta de comboios. Se, até agora, o passe ferroviário só era válido em comboios regionais, passa assim a abranger também os inter-regionais, intercidades em segunda classe, os comboios urbanos de Coimbra e parte dos suburbanos de Lisboa e do Porto.

Dessa forma, a validade será a mesma até agora praticada: 30 dias. Porém, o passe verde pode ser adquirido em qualquer altura. A validade pode, ainda, ser de 60 dias, por 40 euros ou 90 dias, por 60 euros. Com esta medida, o Governo espera que o novo passe abranja cerca de 29 milhões de passageiros.

A CP vai, por isso, receber 18,9 milhões de euros por ano, tendo em conta a previsão de queda de receitas. No entanto, o Governo reconhece que a nova medida trará mais pressão aos transportes ferroviários em Portugal.

Passe Verde: Onde usar (e onde não usar)

A rede de comboios Alfa Pendular e os Intercidades em primeira classe ficam de fora do leque de oferta. Dessa forma, continua a ser obrigatória a compra de bilhete individual de viagem, seja só ida ou ida e volta.

Já o Intercidades em segunda classe passa a ter uma novas regras. O bilhete tem de ser comprado com uma antecedência máxima de 24 horas para usufruir da vantagem do passe.

O número de viagens em intercidades através do passe verde fica limitado a duas por dia. Os bilhetes são comprados online, em bilheteiras ou nas máquinas automáticas já disponíveis em algumas estações.

Quanto aos comboios urbanos de Lisboa e do Porto, o novo título ferroviário só será válido fora das áreas metropolitanas. Isto porque, dentro destas, são válidos os passes “navegante” e “andante”

No caso de Lisboa, será possível viajar com o novo passe entre o Carregado e Azambuja. Já no Grande Porto, serão permitidas viagens entre Vila das Aves e Guimarães, Paredes e Marco de Canavezes, Paramos e Aveiro e no trajeto Lousado-Braga.

Novo passe ferroviário custa 20 euros mas terá restrições

O Governo aprovou a criação de um novo passe ferroviário nacional e a partir de 21 de outubro haverá novo preço e novas regras. A principal novidade do novo título “verde” é mesmo o custo: 20 euros, que contrasta com os 49 euros cobrados até agora pelo antecessor.

Além do preço, também a oferta sofre uma alteração significativa, para melhor. O novo título da CP passa a ser válido nos comboios Intercidades (em 2ª classe), nos InterRegionais e nos comboios urbanos de Coimbra. Até agora, o passe ferroviário de 49 euros só permitia a utilização da rede regional. Dessa forma, os Alfa Pendular e Intercidades em primeira classe vão continuar de fora.

A validade será a mesma: 30 dias. O passe pode ser adquirido em qualquer altura. A validade pode ser de 60 dias, por 40 euros ou 90 dias, por 60 euros. Porém, a CP alerta que o novo passe verde não terá modalidades de desconto. A CP vai receber 18,9 milhões de euros por ano para compensar a perda de receitas.

Grande Lisboa e Grande Porto fora do novo passe?

No entanto, a grande dúvida do novo passe verde surge nas zonas urbanas da capital e do Grande Porto. Em comunicado, a CP esclarece que o novo título só será válido nos percursos fora das áreas metropolitanas.

No caso de Lisboa, será possível viajar com o novo passe entre o Carregado e Azambuja. Já no Grande Porto, será permitido entre Vila das Aves e Guimarães, Paredes e Marco de Canavezes, Paramos e Aveiro e no trajeto Lousado-Braga.

Dentro das áreas metropolitanas (rede suburbana) a utilização fica, assim, restrita ao bilhete ou ao passe Navegante/Andante.

Utilização do Intercidades

Com o novo passe será possível viajar em segunda classe mas é obrigatória a marcação de viagem com uma antecedência máxima de 24 horas. É, por isso, esperada uma maior adesão ao serviço, pelo que se antecipam constrangimentos na marcação de viagens.

Ainda mais, a reserva de lugar pode ser efetuada na bilheteira online, nas bilheteiras físicas ou nas novas máquinas de venda automática na Grande Lisboa. A opção de reserva na app fica disponível em breve.

Passe para menos 23 alargado. O que muda?

O transporte público gratuito para estudantes até aos 23 anos vai ser alargado. Passam a usufruir todos os jovens até essa idade. Dessa forma, a medida entra em vigor em novembro e terá um custo anual de 40 milhões de euros.

Estima-se, assim, que possam usufruir do passe social mais 241 mil jovens.

Gare do Oriente com nova iluminação para mais segurança

A Gare do Oriente, em Lisboa, já conta com um renovado sistema de iluminação. Poderá assim trazer mais segurança aos utilizadores tanto do terminal rodoviário como da estação de comboios no último piso. Inaugurada há 26 anos, a maior estação de caminhos de ferro portuguesa já mostrava profundos sinais de deterioração das instalações elétricas.

Segundo a Infraestruturas de Portugal, o objetivo da intervenção é garantir mais segurança e conforto aos passageiros que utilizam a Gare do Oriente. Além disso, o novo sistema de iluminação proporciona uma solução de maior sustentabilidade e eficiência energética.

“Esta infraestrutura estava dotada de iluminação que se encontrava em final de vida útil e que resultava em várias avarias recorrentes nos equipamentos de iluminação, e que justificavam as sucessivas intervenções de manutenção para garantir a boa iluminação geral da Estação”, explica a Infraestruturas de Portugal, em comunicado.

Intervenção na Gare do Oriente em números

Uma das principais metas da recente intervenção da estrutura foi garantir a segurança noturna dos passageiros. Assim, foram substituídos 8.506 aparelhos de iluminação, divididos entre a estação ferroviária (1.240), a estação rodoviária (352), as zonas comuns da estação (4.696) e o estacionamento subterrâneo (2.218).

A Gare do Oriente conta ainda com novas máquinas de venda de bilhetes.

O investimento na obra de renovação foi de 889 mil euros. A inauguração da Gare do Oriente aconteceu em maio de 1998.

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Imagens: Infraestruturas de Portugal

Passe Ferroviário a 20 euros. Quando? Não se sabe

O Governo anunciou que vai alargar a oferta do passe ferroviário e que este passará a incluir todos os comboios que circulam em Portugal, à exceção do Alfa Pendular. Além disso, o primeiro-ministro já avançou com um preço: 20 euros por mês.

A medida não é nova. De facto, a única novidade é mesmo o novo custo que o passe ferroviário terá para os utilizadores. Até mesmo a abrangência do passe ferroviário já estava inscrita no Orçamento do Estado para este ano (do anterior Governo PS), mas nunca foi executada. Na altura, a medida partiu de uma proposta do Livre e a ideia seria alargar o título de transporte aos comboios urbanos, interegionais e intercidades. O custo manter-se-ia em 49 euros mensais.

Agora, baixa cerca de 30 euros. Quando? O Governo não avança com datas. É expectável que a medida entre em vigor em setembro e, por isso, o executivo promete novidades “para breve”

“Não é uma benesse. É um investimento nas pessoas, no ambiente, no futuro”, afirmou Luís Montenegro na visita à Festa do Pontal, no Algarve, onde anunciou a medida.

Passe ferroviário: o que existe e passa a existir

O atual passe ferroviário tem cerca de 13 mil utilizadores, permite o uso de toda a rede de comboios regionais de norte a sul do país e custa 49 euros. Foi criado em 2023 e nunca chegou a ser modificado. Aliás, o Livre acusou o Governo de anunciar algo que partiu da iniciativa do partido.

Em reação ao anúncio, a oposição lembra a importância do reforço da oferta. A Iniciativa Liberal diz mesmo: “Do lado da oferta não há nada”

Por explicar está ainda o custo que a medida terá para os cofres do Estado e, se porventura, haverá algum mecanismo de compensação à CP por uma eventual perda de receitas. Assim, há outra dúvida: como vai funcionar a gestão de lugares nos comboios intercidades com a aplicação do novo passe.

À partida, o sistema de carregamento e aquisição será semelhante ao já existente

A CP continua em greve: “sempre que haja negociação é possível um entendimento”

O Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ) convocou uma greve que se estende por todo o mês de abril por culpa da “atitude autista e de desconsideração” da empresa. Além disso, até 30 de abril os sindicatos cumprem greve na IP e na CP a partir da oitava hora de serviço.

Por norma, as greves não são totais. No entanto, no passado 6 de abril, foi esse o caso. Quando tal acontece, o Tribunal Arbitral decreta serviços mínimos. Significa isto que, normalmente, apenas circulam cerca de 30% dos comboios previstos. 

À TejoMag, a responsável de comunicação da CP, Sónia Rodrigues, garante que a empresa sofre bastante com as greves. “Quando ocorre uma greve total em dia útil, a CP enfrenta perdas significativas. O impacto direto em termos de rendimentos do transporte de passageiros é estimado em cerca de 500 mil euros. Além disso, há perdas adicionais nos dias adjacentes à greve, devido a constrangimentos operacionais que podem afetar o funcionamento normal do serviço”, assume. 

Além disso, ressalva ser importante “considerar o impacto na notoriedade do serviço público e, em particular, na reputação da empresa, que pode estender-se por um período alargado após a greve.” Como tal, não tem dúvidas de que a imagem da CP é afetada pelas greves. “Greves frequentes e prolongadas resultam em interrupções no serviço de transporte, causando transtornos e insatisfação entre os passageiros. Isso leva a uma perceção negativa do serviço público (…) causando um impacto negativo na reputação da CP”.

As reivindicações dos trabalhadores

As principais reivindicações dos trabalhadores da CP e IP prendem-se com aumentos salariais. À TejoMag, o presidente do Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI), Luís Bravo, explica que “a situação ocorre de um acumular de vários anos em que os trabalhadores têm vindo a perder muito poder de compra”. Acrescenta que “o maior golpe foi em 2022, ano em que a inflação média andou nos 7,8%, mas no que respeita aos produtos essenciais anda nos 20%”. Destaca que, no ano passado, os aumentos não chegaram a 1%. Para este ano era “expectável que os aumentos salariais fossem na ordem dos 7,8%.” Esta percentagem choca com a proposta apresentada pela administração da CP, que aponta para um aumento de 5,1%. Mas o problema é mais complexo. Isto porque necessita de vários pareceres positivos: do Ministério das Infraestruturas, que tutela as duas empresas, e do Ministério das Finanças, responsável pela parte financeira. No entanto, na CP surge outro problema: é que o aumento proposto já engloba aumentos devidos pela progressão de carreira. 

“O que o governo nos aplicou unilateralmente foi um aumento que não chega a 4%. Mais uma vez abaixo da inflação, que se situa acima dos 8%. A juntar à perda salarial dos tempos da Troika, temos ordenados congelados entre 2010 e 2018″. Com tudo a aumentar, Luís Bravo sublinha que estão “numa situação em que os trabalhadores andam a contar o dinheiro até ao final do mês”. Ainda assim, destaca que o SFRCI “tem pautado a sua ação sindical em situações de luta que não têm passado pela greve, tem participado em manifestações e concentrações em movimentos que procuram reabrir as negociações”. Como tal, lembra que o Sindicato só fez uma greve: em 10 de fevereiro. Lamenta a ausência de interesse do Governo nesta pasta. “Não temos ainda nada agendado, quer do sr. primeiro-ministro, quer das tutelas. Continuamos a aguardar uma reunião”. Ainda assim, mostra-se otimista num acordo. “Acredito que sempre que haja negociação é possível um entendimento. Esta é a nossa forma de estar”.

António Salvado, do Sindicato Independente dos Trabalhadores Ferroviários (SINFA), lamenta que na greve de março, a tutela não tenha feito qualquer tentativa de desconvocar a paralisação e de negociar com os trabalhadores. “Nós fizemos uma greve de quatro dias no sentido de que alguém nos oiça”, começa por explicar. Considera ser “inacreditável” não haver qualquer” reação por parte dos ministros das Infraestruturas e das Finanças. Não se percebe como é que não há um pequeno esforço das tutelas para chegar a um acordo”, disse em declarações à agência Lusa. “Não estamos a anos-luz de um acordo. Queremos negociar. Pedimos audiências antes da greve e nada.”

“A principal reivindicação dos sindicatos, um aumento salarial, não depende diretamente da CP, o que pode complicar o processo de negociação”, alerta Sónia Rodrigues. Para o ministro das Infraestruturas, João Galamba, “a questão salarial é um desafio”, mas assegurou que o Governo, em particular as Finanças, está empenhado “em dar maior autonomia às empresas”. 

“A polícia não está a fazer o seu papel”

Mas não são apenas questões monetárias. Também a crescente insegurança é um motivo de grande preocupação. “O ambiente social nas grandes metrópoles, Lisboa e Porto, está a agravar-se”, começa por apontar. Recorda o episódio recente de extrema violência que teve lugar na praia de Carcavelos. “Todos aqueles grupos fazem-se deslocar para aquelas praias de comboio. Nós gostamos de dizer: ‘vem o verão, vem as férias escolares e vêm os problemas’. Aumenta a pequena criminalidade, o revisor vai ajudar e acaba agredido”, lamenta. “O número de trabalhadores agredidos tem aumentado de ano para ano sem que sejam tomadas medidas para minimizar estas situações.”, alerta.

Luís Bravo deixa ainda críticas à (não) atuação das autoridades. “A polícia não está a fazer o seu papel. Lamentamos que se gastem polícias a vigiar obras. Às vezes vemos dois e três. Aquilo que é a sua função nuclear que é a proteção pública não há. Dizem que não têm efetivos.” Uma das reivindicações passa exatamente pelo reforço de policiamento. “A CP, inclusive, paga gratificados em Lisboa, mas não deveria ser necessário porque são espaços onde se movimentam milhões de passageiros, milhões de cidadãos nacionais”.

Também a organização das escalas de serviço é um dos pontos em discussão. “Os operacionais podem trabalhar entre 6 e 9 horas. Dentro dessas horas, por vezes têm repouso fora da sede, em que ficam a dormir fora de casa e têm despesas suplementares com a alimentação. Temos um subsídio de alimentação de 8.32 euros. Não se come em lado nenhum com menos de 10 euros. De facto, é sempre a perder. Tudo isto acumulado, tem-nos levado a uma situação de maior conflitualidade na CP”, explica. Mas o dever com o cliente não é esquecido. “No dia a seguir a uma greve estamos ao lado dos clientes”, sublinha.

Para onde vai o dinheiro?

As injeções de capital na CP superam já os 3,8 mil milhões de euros desde 2016, incluindo os 1.815 milhões de euros previstos no Orçamento de Estado (OE) para 2023 e que aguardam luz verde de Bruxelas. No período entre 2016 e 2019, os reforços de capital ascenderam aos 1.800 milhões de euros. Ainda assim, sublinha o Observador, só metade resultou em entradas de dinheiro. Grande parte deste bolo serviu, essencialmente, para o pagamento de juros, amortizações e “outros custos”, acrescenta o mesmo órgão. Os restantes 900 milhões foram introduzidos através da conversão de créditos em capital social.

“Este valor foi aplicado principalmente em duas áreas. Primeiro, após a integração da CP no perímetro de consolidação do Orçamento de Estado em 2015, a empresa deixou de recorrer ao financiamento junto das instituições de crédito. As suas necessidades de financiamento passaram a ser colmatadas por empréstimos do Estado português, conforme estipulado na legislação em vigor para as Entidades Públicas Reclassificadas (EPR). Em segundo lugar, no período de 2015 a 2019, foram realizados diversos reforços do capital estatutário e atribuídas dotações para cobertura de prejuízos. Estes recursos foram destinados a suprir as necessidades decorrentes do serviço da dívida histórica (amortizações, juros e outros encargos) e dos investimentos necessários para a continuidade e melhoria das operações da empresa”, explica-nos Sónia Rodrigues.

Dívida histórica da CP

Os dados mais recentes do Conselho das Finanças Públicas (CFP) dão conta de que a CP fechou o ano de 2021 com capitais próprios negativos de perto de dois mil milhões de euros, mais concretamente 1.937 milhões. “Está relacionada com a subcompensação pelo Estado do serviço público prestado pela CP. Isso significa que o valor recebido pela CP em forma de indemnizações compensatórias ou reforços de capital não foi suficiente para cobrir os défices de exploração e investimento, assim como os encargos financeiros relacionados à dívida. Esta situação resultou no acumular de uma dívida ao longo do tempo. Importa recordar que, em 2014, este valor era de 4,1 mil milhões de euros, o que demonstra uma redução significativa da dívida ao longo dos anos”, sublinha.