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Author Archive by Tomás Cascão

Estes alimentos são melhores congelados do que frescos

Muitos consumidores ainda subestimam os alimentos congelados, associando-os a menor qualidade nutricional. No entanto, a nutricionista britânica Rhiannon Lambert, autora de “The Science of Nutrition“, argumenta que essa percepção está desatualizada. Destaca que, em muitos casos, os produtos congelados podem ser mais nutritivos do que os frescos, especialmente quando se trata de carne, peixe e vegetais.

Carne congelada: retenção de nutrientes

A carne fresca perde nutrientes ao longo do tempo e pode conter aditivos para prolongar a sua vida útil. Lambert explica que a carne congelada, seja de vaca ou frango, mantém o sabor e os nutrientes por mais tempo. Ao ser congelada logo após o processamento, evita a perda de vitaminas e minerais, tornando-a uma opção prática e saudável.

Peixe congelado: ómega-3 intacto

Os peixes, como o salmão, são ricos em ácidos gordos ómega-3, essenciais para a saúde do coração. Lambert aponta que o peixe congelado preserva esses nutrientes por até três meses sem perda significativa de qualidade, oferecendo uma alternativa segura e nutritiva em comparação ao peixe fresco que pode perder nutrientes durante o transporte.

Vegetais congelados: mais vitaminas

Os vegetais, como brócolos e espinafres, quando congelados logo após a colheita, preservam vitaminas e antioxidantes essenciais, como a vitamina C e o ácido fólico. Segundo Lambert, esses vegetais congelados podem, muitas vezes, ser mais nutritivos que os frescos, que perdem nutrientes rapidamente. O milho doce congelado, por exemplo, mantém mais vitamina C e açúcar natural do que o fresco, que começa a perder valor nutricional nas primeiras horas após a colheita.

Portanto, os alimentos congelados são uma excelente opção para quem deseja manter uma alimentação rica e equilibrada, ao mesmo tempo que se reduz o desperdício de comida.

Afinal, beber água não ajuda a curar ressaca

É comum acreditar que beber água após uma noite de copos ajuda a evitar os efeitos desagradáveis da ressaca. No entanto, os especialistas acabam de desmistificar essa ideia popular. Investigadores da Universidade de Utrecht, nos Países Baixos, analisaram dados de três estudos que mostram que a desidratação não é a única causa da ressaca. Isso significa que, embora beber água possa aliviar a sede, tem um efeito limitado na recuperação geral.

O estudo observou os sintomas de bebedores que consumiram água antes de dormir em comparação com aqueles que não o fizeram. Embora os participantes que beberam água se sentissem menos desidratados, ainda apresentaram os mesmos níveis de dor de cabeça, náusea e fadiga que os que não consumiram água. Os investigadores concluíram que beber água durante ou após o consumo de álcool não previne a ressaca. Mesmo quando a ressaca já se manifestou, a água não aliviou significativamente os sintomas.

Quanto mais velho, pior a ressaca

De acordo com Johnny Parvani, a ressaca é causada por uma combinação de desidratação e os efeitos do metabolismo do álcool, incluindo o stress oxidativo e a resposta inflamatória do organismo. Embora a desidratação cause sede e boca seca, outros sintomas da ressaca persistem ao longo do dia.

A investigação indica que, com o envelhecimento, o nosso corpo retém menos água e perde massa muscular, o que pode resultar em ressacas mais intensas. A função hepática também diminui, tornando o processamento do álcool menos eficiente, o que pode agravar os efeitos da ressaca.

Apesar de muitas tentativas, ainda não existe um tratamento cientificamente comprovado para as ressacas. Embora a abstinência seja a única forma garantida de evitar os seus efeitos, uma dieta equilibrada e alimentos específicos podem ajudar a atenuar os sintomas após o consumo excessivo de álcool. Beber água pode ajudar a combater a desidratação, mas não é uma solução eficaz para a ressaca. A melhor defesa continua a ser a moderação no consumo de álcool.

Estudo revela as duas bebidas que são o melhor aliado na prevenção da demência

Um novo estudo, publicado na JAMA Network Open, revelou que consumir seis porções diárias de alimentos ricos em flavonoides pode reduzir o risco de demência em 28%, especialmente em pessoas com hipertensão, depressão ou um risco genético elevado. O estudo é da autoria de investigadores da Queen’s University Belfast e acompanhou 122 mil pessoas no durante cerca de nove anos.

Os alimentos com maior impacto na redução do risco incluem:

  • Cinco porções de chá (preto ou verde);
  • Uma porção de vinho tinto;
  • Meia porção de bagas.

Os investigadores atribuíram uma pontuação de “flavodieta” aos participantes com base no consumo de alimentos ricos em flavonoides, como chá, vinho tinto, maçãs, uvas, laranjas, pimentos doces, cebolas e chocolate preto. Entre os alimentos consumidos, o chá revelou-se o mais popular.

Durante o período de acompanhamento, registaram-se 882 casos de demência. Os indivíduos com as maiores pontuações de flavodieta apresentaram um risco significativamente menor de desenvolver demência. Os flavonóides antocianina, flavan-3-ol e flavona, presentes em alimentos como chá, vinho tinto e bagas, mostraram ter as associações mais fortes com a redução do risco de demência.

Demência: a importância dos flavonoides na prevenção

Liron Sinvani, diretor dos serviços geriátricos do North Shore University Hospital, salienta que as recomendações dietéticas para não mencionam os flavonoides. Porém, este estudo pode ajudar a realçar a importância destes fitonutrientes. Acrescenta ainda que políticas públicas que incentivem o consumo de alimentos ricos em flavonoides podem ser cruciais para a saúde cognitiva.

No entanto, Sinvani destacou que o vinho tinto deve ser consumido com moderação, especialmente por pessoas vulneráveis ou com demência, devido ao risco de quedas associadas ao álcool. Alternativamente, o consumo de flavonoides pode ser obtido através de outras fontes, como frutas e chá.

O estudo reconhece algumas limitações, como a dependência de dados autorrelatados sobre os hábitos alimentares e a possível subnotificação de casos de demência. Ainda assim, a investigação reforça a importância dos flavonoides na prevenção da demência.

Dos bebés aos idosos, eis o número de horas de sono necessárias

O sono é um aspecto fundamental da saúde e bem-estar e as suas necessidades variam ao longo das diferentes fases da vida. Desde os primeiros dias de vida até à velhice, o padrão e a quantidade do tempo necessário mudam significativamente, refletindo as diferentes exigências físicas e cognitivas em cada fase.

Recém-Nascidos

Nos primeiros meses de vida, os bebés necessitam de 14 a 17 horas de sono por dia. Este tempo é essencial para o crescimento acelerado, tanto físico quanto mental. A hormona do crescimento é libertada, permitindo que os bebés tripliquem o seu peso no primeiro ano de vida. Também crucial para o desenvolvimento neural, onde as novas ligações são formadas e as aprendizagens iniciais são consolidadas.

Crianças

À medida que crescem, a necessidade de sono diminui gradualmente. Entre um e dois anos, as crianças precisam de cerca de 11 a 14 horas, reduzindo-se para 10 a 13 horas entre os três e os cinco anos. Nesta fase, as sestas diurnas ainda são comuns, mas começam a diminuir à medida que as crianças envelhecem. Aos 18 meses, a maioria das crianças faz uma única sesta por dia, com uma duração média de uma a três horas. No entanto, por volta dos três anos, algumas crianças já não necessitam de sestas, dependendo do seu ritmo individual.

Adolescentes

A adolescência traz mudanças significativas nos padrões de sono. Com a puberdade, as necessidades de sono situam-se entre oito a dez horas por noite, mas muitos adolescentes lutam para atingir este objetivo devido a atrasos no ritmo circadiano e ao aumento da vigília noturna. A dificuldade em adormecer e acordar cedo pode resultar em privação de sono, que afeta a atenção e o desempenho escolar. Estudos sugerem que sestas curtas durante o dia podem ajudar a mitigar os efeitos da privação de sono nesta faixa etária.

Adultos

Na idade adulta, o corpo entra num “modo de manutenção”, e o sono recomendado é de sete a oito horas por noite. Excesso de sono pode indicar distúrbios, como apneia ou hipersónia. Estudos indicam que uma dieta equilibrada, junto com exercício físico noturno, pode melhorar a qualidade do sono.

Idosos

Após os 65 anos, a produção de melatonina diminui, resultando num sono mais leve. Com a idade, o sono tende a ser interrompido devido a micções noturnas frequentes e a um ritmo circadiano mais avançado, que leva os idosos a deitar-se e acordar mais cedo. Apesar destas mudanças, o objetivo deve continuar a ser de sete a oito horas de sono por noite para manter a saúde e o bem-estar.

Compreender as necessidades ao longo das várias etapas da vida é crucial para promover um descanso adequado e, consequentemente, uma melhor qualidade de vida.

Pálpebras com tremores? Saiba os motivos e o que fazer

Sente as pálpebras constantemente a tremer? Este incómodo comum, conhecido como mioquimia, pode ser frustrante, mas há maneiras de controlá-lo. Em primeiro lugar, deve saber que há vários fatores que podem espoletar estes movimentos involuntários. O primeiro é a falta de sono. Como tal, deve garantir que dorme entre sete a nove horas por noite. Um sono de qualidade é vital, não só para evitar estes espasmos , mas também para prevenir outras condições graves, como diabetes, doenças cardíacas e depressão.

Se consome muita cafeína, então deve seriamente reconsiderar. A ingestão de café, chá e outras bebidas com cafeína pode agravar os os tremores. Faça o teste e veja se esta simples mudança é suficiente para reduzir ou até eliminar os tremores. Se nada disto resultar, então terá de ponderar tomar outras medidas.

Possíveis soluções

Assim, as injeções de Botox podem ser uma solução eficaz, explica o cirurgião plástico Anthony Youn. O Botox atua de forma a relaxar os músculos que causam os tremores, proporcionando alívio duradouro. Esta opção é especialmente útil para aqueles que sofrem de espasmos persistentes que não respondem a outras formas de tratamento.

Além da falta de sono e da ingestão de cafeína, outras causas do tique nas pálpebras incluem o stress, desequilíbrios eletrolíticos, tensão ocular e certos medicamentos. Em casos mais raros, condições neurológicas, como paralisia de Bell ou esclerose múltipla, podem ser responsáveis.

Durante estes episódios, utilizar gotas lubrificantes para os olhos, massagens oculares no chuveiro ou toalha húmida e quente antes de dormir podem oferecer alívio temporário. Se os tremores persistirem por mais de uma semana ou forem acompanhados de outros sintomas, é recomendável consultar um médico.

Nvidia regista a maior perda de sempre de Wall Street

A Nvidia, gigante no setor da tecnologia e principal fabricante de chips gráficos, registou a maior queda em valor de mercado na história de Wall Street: 250 mil milhões de euros. As ações caíram 2%. Num só dia, a empresa viu o seu valor encolher drasticamente, numa perda que abalou o mercado financeiro global. Isto acontece após ter vindo a público que a empresa recebeu uma notificação do Departamento de Justiça dos EUA (DOJ) sobre uma investigação antitrust.

A questão central reside no domínio da Nvidia no mercado global de chips de inteligência artificial (IA), que restringe significativamente as opções dos clientes. Esta posição dominante dificulta a possibilidade de os clientes migrarem para outros fornecedores, caso optem por não utilizar exclusivamente os produtos da Nvidia.

Nvidia não caiu sozinha

O impacto da queda não foi exclusivo da Nvidia. Isto porque outras empresas conhecidas como as “Sete Magníficas” de Wall Street – um grupo de gigantes tecnológicas que inclui nomes como Apple, Microsoft, Amazon e Alphabet (dona da Google) – registaram também perdas substanciais. No total, estas empresas perderam mais de 510 mil milhões de euros em valor de mercado.

Este recuo generalizado está a ser atribuído a várias incertezas macroeconómicas, incluindo preocupações com a subida das taxas de juro e uma potencial desaceleração do crescimento global. Para já, os investidores permanecem cautelosos, com a atenção focada em potenciais movimentos da Reserva Federal dos Estados Unidos e nas próximas previsões económicas.

Novo teste de sangue pode prever doenças cardíacas com 30 anos de antecedência

Uma nova abordagem na análise ao sangue pode revolucionar a forma como se prevê o risco de doenças cardíacas, nomeadamente ataques cardíacos e acidentes vasculares cerebrais, permitindo uma deteção precoce com até 30 anos de antecedência. Os médicos sugerem que uma análise “tripla” ao sangue, que examina três biomarcadores diferentes, oferece uma previsão muito mais precisa dos riscos cardiovasculares futuros.

Tradicionalmente, o colesterol LDL tem sido o principal indicador usado pelos médicos para avaliar a vulnerabilidade a problemas cardíacos. No entanto, um estudo recente, publicado no The New England Journal of Medicine, vai além desta prática comum. Ao longo de três décadas, os investigadores analisaram, além do colesterol, dois outros biomarcadores importantes: a proteína C reativa (PCR), que aumenta em resposta à inflamação, e a lipoproteína(a), um tipo específico de gordura no corpo.

O que mostram os resultados

Os resultados do estudo mostram que a combinação de níveis elevados de colesterol, PCR de alta sensibilidade e lipoproteína(a) está fortemente associada à ocorrência de eventos cardiovasculares. As pessoas que apresentam altos níveis nestes três biomarcadores têm um risco significativamente aumentado de desenvolver doenças cardíacas.

O estudo foi conduzido com a participação de quase 30 mil mulheres americanas que foram acompanhadas durante 30 anos. Quando o estudo começou, na década de 1990, a média de idades das participantes era de 55 anos. Durante o período de acompanhamento, 13% das participantes sofreram um evento cardiovascular, como um ataque cardíaco ou um AVC.

As mulheres que apresentavam os níveis mais altos de lipoproteína(a) no início do estudo tiveram um risco 33% maior de desenvolver problemas cardiovasculares. Já aquelas com níveis elevados de PCR apresentaram um risco 70% superior. Quando estes dois biomarcadores foram analisados em conjunto com o colesterol, o risco aumentou dramaticamente, com as mulheres nas categorias mais altas das três medições apresentando mais de três vezes a probabilidade de desenvolver doenças cardíacas.

“Os médicos não vão tratar o que não analisam”

À NBC News, Paul Ridker, autor principal do estudo, enfatiza a importância de os médicos começarem a incluir esta análise tripla de biomarcadores em pacientes com 30 ou 40 anos. Explica que a deteção precoce destes fatores de risco, muitas vezes ignorados, pode permitir intervenções preventivas mais eficazes, reduzindo significativamente a incidência de doenças cardiovasculares crónicas. “Os médicos não vão tratar o que não analisam”, alerta.

Em última análise, o estudo sugere que, com a implementação desta análise ao sangue mais completa, muitas doenças cardiovasculares, que são em grande parte evitáveis, poderão ser prevenidas com maior eficácia.

Revolut vai lançar os primeiros empréstimos hipotecários já na primavera

A Revolut, uma fintech de renome global, está a preparar-se para entrar no mercado de empréstimos hipotecários na Irlanda. Esta iniciativa promete desafiar os bancos tradicionais do país. Este banco digital – um dos mais populares a nível mundial – tem mantido conversações com corretores irlandeses para avaliar se vai oferecer esses empréstimos através de intermediários ou diretamente aos seus clientes.

Assim a Revolut, conhecida pela sua plataforma digital que oferece serviços financeiros inovadores, tem atraído milhões de utilizadores em todo o mundo. Fundada em 2015, começou como um serviço de câmbio de moedas, expandindo rapidamente para oferecer uma vasta gama de produtos financeiros, incluindo cartões de débito, investimentos, seguros e serviços bancários tradicionais. A empresa destaca-se pela sua abordagem disruptiva, oferecendo serviços bancários a custos reduzidos e com uma interface totalmente digital.

Revolut promete agitar mercado dos empréstimos

Em julho, o Irish Times foi o primeiro a noticiar que a Revolut planeava oferecer empréstimos hipotecários na Irlanda, com lançamento previsto para algures em 2025. No entanto, de acordo com o The Sunday Times, esse cronograma sofreu uma antecipação já para entre abril e junho do mesmo ano.

A entrada da Revolut neste mercado está a ser observada com grande interesse. Especialmente tendo em conta que a empresa já conta com 2,7 milhões de clientes na Irlanda, quase três quartos da população adulta. Este nível de penetração coloca a Revolut numa posição estratégica para competir diretamente com os gigantes do setor bancário irlandês, como o AIB, o Bank of Ireland e o Permanent TSB. Atualmente são responsáveis por cerca de 93% do mercado de crédito hipotecário no país.

Apesar da crescente expectativa, um porta-voz da Revolut recusou-se a comentar sobre os detalhes da operação. Assim, se a empresa conseguir estabelecer uma oferta competitiva, poderá provocar uma mudança significativa na dinâmica do mercado hipotecário irlandês, oferecendo mais opções e possivelmente melhores condições aos consumidores.

Demência: quando a mente perde os sentidos

A versão internacional da revista The Lancet apresentou recentemente um relatório com a descrição dos fatores de risco associados à demência. O estudo conclui que que adultos com mais de 65 anos, que apresentam deterioração sensorial ao nível da visão, estão mais vulneráveis ao risco de desenvolver a doença, em cerca de 50%.

Para os especialistas, a perda de visão estar associada a esta síndrome não é uma surpresa. Isto porque, nessa lista, já se encontrava identificada outro tipo de disfunção sensorial, como é o caso da perda auditiva. Outros fatores de risco mencionados são a diabetes, fumar, hipertensão e isolamento social.

Como é que as perdas sensoriais podem contribuir para a demência?

Segundo, o professor de Psiquiatria, Gill Livingston, que liderou esta comissão de prevenção para a Demência, a máxima que se aplica ao tecido cerebral é “usar ou perder”. Isso significa que, quando as pessoas manifestam algum tipo de perda sensorial, como de visão ou audição, o cérebro está a ser menos exposto a estimulação cognitiva, o que pode levar à atrofia cerebral.

Recomendações dos especialistas

Para avaliar a sua saúde ocular, agende uma consulta com um oftalmologista, uma vez por ano. Para um teste de audição, poderá consultar um audiologista ou um médico otorrinolaringologista. Se revelar alguma perda auditiva ou visual, o recomendado é que a trate o mais depressa possível. Ao fazê-lo, estará não só a reduzir o risco de demência, como também a potenciar uma melhor qualidade de vida.

Este é o sintoma de depressão que muitos ignoram

Os anos dourados devem ser exatamente isso – dourados. Para muitos, são. A taxa de depressão entre pessoas com 60 ou mais anos é de cerca de 6%, um valor inferior ao da população em geral. Contudo, é crucial reconhecer que entre idosos com 85 anos ou mais, essa taxa aumenta para 27%. Em muitos casos, a depressão passa despercebida ou não é tratada. Embora sentir-se triste ocasionalmente seja natural, a depressão não é uma parte normal do envelhecimento. Reconhecer os sinais é essencial, pois é tratável.

O sintoma de depressão que muitos ignoram

Um sintoma inesperado de depressão em idosos que frequentemente passa despercebido é a fadiga. “Uma pessoa deprimida muitas vezes carece de energia mental, motivação e tem dificuldades para dormir. Esse sono inadequado resulta em fadiga e cansaço durante o dia”, aponta Faith Atai, especialista em geriatria.

Explica ainda que pessoas deprimidas geralmente não se exercitam, não se alimentam adequadamente e não dormem bem, o que contribui para a fadiga. “A fadiga não é apenas um cansaço normal. É uma falta de energia crónica e extrema em que se pensa que não se consegue fazer nada”, afirma.

Quando a fadiga é um sintoma de depressão, geralmente vem acompanhada de outros sinais, como alterações no sono, apetite, sentimentos de desesperança, inutilidade, culpa, sensação de ser um fardo, e até pensamentos suicidas. Faith Atai destaca que uma pessoa deprimida frequentemente abandona atividades que antes lhe traziam alegria. Essas mudanças podem ser indícios de que a fadiga é um sintoma de depressão.

Como lidar com a fadiga

Se um idoso estiver a sentir fadiga de forma regular, o primeiro passo é consultar um médico. É importante descartar causas médicas para a fadiga, como distúrbios da tireoide, problemas cardíacos, deficiência de ferro ou vitamina B12, que podem impactar a energia e o humor, conforme explica a professora de psiquiatria geriátrica Susan Maixner.

Para depressão leve a moderada, a terapia pode oferecer um espaço seguro para discutir problemas e aprender técnicas de gestão de ansiedade e depressão. Em casos mais graves, a medicação, combinada com aconselhamento, é altamente eficaz, de acordo com Susan Maixner.

Enquanto procura ajuda, há maneiras de gerir a fadiga causada pela depressão. Os médicos recomendam uma alimentação rica em nutrientes para fornecer energia, além de exercícios físicos (quando possível). “Ser social e estar com outras pessoas frequentemente eleva a energia e diminui a concentração na fadiga”, acrescenta.